sexta-feira, 9 de abril de 2010

Proposta para Laboratório de Informática e sua Contribuição no Processo Ensino Aprendizagem

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO








PROJETO PARA O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM


















SEDE ALVORADA – CASCAVEL – PR


1 INTRODUÇÃO

O fato do governo do estado do Paraná entre outros estados, implantar o sistema em rede (Linux) nas instituições públicas de ensino (incluindo ensino fundamental e médio) fez com que tais escolas recebessem certo número de computadores (no mínimo 12 e no máximo 40) de acordo com o porte da escola, para serem usados em rede pelos alunos e educadores em geral. Esse sistema é gratuito e pode substituir facilmente o windows, além de dar autonomia para educandos e profissionais da educação programarem o próprio ambiente computacional.
O governo instalou computadores em rede nas instituições, constituindo o laboratório de informática, além disso, também ampliou o nº de computadores na secretaria escolar. Após a instalação, estes computadores passaram a ser administrados por um profissional indicado da própria escola, responsável por manter a rede ativa.
Assim, para melhor desenvolver e focar os aspectos abordados neste estudo, optou-se pela investigação no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ensino Fundamental e Médio.
No Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, o governo disponibilizou 4 computadores para a secretaria escolar e 12 computadores para constituir o laboratório de informática, possibilitou também o acesso à internet através de uma antena via satélite. Para tanto, além de ter o apoio do Núcleo Regional de Educação, através da Coordenação Regional de Tecnologia Educacional (CRTE), a responsabilidade em projetar a organização e funcionamento do laboratório é da instituição de acordo com sua realidade.
Por esta razão, atento as novas exigências e às rápidas transformações que passa o sistema de informação na educação, este projeto apresenta a importância de uma proposta educacional para viabilizar a utilização do laboratório de informática no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, uma vez que o laboratório deste colégio não possui nenhum plano para seu uso e desenvolvimento.




2 PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA

As informações, o conhecimento e a produção cultural se dão hoje num sistema de redes. O mundo mudou e a escola necessita acompanhar esta mudança. Porém, na prática, percebe-se que a escola ainda continua vertical, parecendo uma linha de produção onde os alunos vão para consumir conhecimento e não para produzi-lo.
Apesar de saber que o computador trata-se de um meio de massa e também individualizado, além de ser uma biblioteca de referência rápida, compacta e passível de atualização, sendo o mais recente veículo de produção de linguagem e de distribuição de informações, muitos alunos apresentam-se desconectados do cotidiano desta contemporaneidade.
Não basta preparar os alunos para a realização de provas/vestibulares (uma vez que as oportunidades de ingressar em cursos superiores estão cada vez mais acessíveis e com maiores oportunidades de ingresso, como por exemplo, financiamentos como o PROUNI (Programa Universidade para Todos) entre outros e a abertura contínua de novas e diferentes instituições) é preciso preparar os alunos para a vida e para o mercado de trabalho que cada vez mais está se tornando competitivo, percebendo facilmente que contratos para empregos bem sucedidos ocorrem mais pela atitude que o indivíduo tem diante do conhecimento do que pelo conhecimento em si.
Para tanto, utilizando-se de maneira correta e criativa o recurso da informática, é possível obter e desenvolver de maneira prática e eficiente uma preparação de qualidade quanto aos dois aspectos acima citados.
O problema não está em o aluno receber conhecimento, a transmissão de conhecimento faz parte fundamental do processo ensino aprendizagem, porém, para o aluno realmente aprender ele precisa lidar diariamente com o prazer da descoberta. O ato de aprender está em o aluno não apenas receber conhecimento, mas principalmente em também produzi-lo ou reproduzi-lo. É necessário e de suma importância dar oportunidades aos alunos para que eles possam buscar, de maneira envolvente e produtiva, diferentes informações e saberes.
É fácil observar que os alunos só retém informações quando estas dão prazer ou tenham utilidade para os mesmos, sem esta visão a escola se torna “chata” e “inútil” para o aluno, devido ao fluxo de informações que os mesmos simplesmente recebem dos professores, tornando o conhecimento rapidamente absoleto, não sendo retido pelos alunos.
Segundo Brito (2006, p. 32) é necessário transformar o processo educacional, reconhecendo e adaptando as tecnologias de acordo com as finalidades educacionais. A tecnologia educacional pode ser entendida como a relação entre a tecnologia e a educação, concretizando um conjunto dinâmico e necessariamente sendo um instrumento mediador entre o homem e o mundo, o homem e a educação, a fim de se apropriar de um saber, redescobrindo e reconstruindo o conhecimento.
Dessa forma, seu simples uso não implica na eficiência ou inovação no processo ensino-aprendizagem, é preciso compromisso de quem utiliza esse recurso. Compromisso com a pesquisa, com a elaboração própria, superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem, a fim de desenvolver o senso crítico, a inovação e a criatividade. Assim como afirma Nóvoa in Brito (2006, p.37) ao dizer que “não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores”.
Ao se falar de recursos tecnológicos na educação, vale a pena lembrar que o processo ensino aprendizagem não envolve apenas o uso da informática, e sim, também a utilização contínua de outros recursos que a escola dispõe, como retroprojetor, vídeo cassete, DVD, mimiógrafo, etc, uma vez que conhecer a devida utilidade de todos esses aparatos tecnológicos é garantir a efetividade das aulas. Contudo, ao se tratar da qualidade do processo ensino aprendizagem utilizando os recursos da informática, é necessário haver um planejamento mais amplo, que integre uma boa organização e funcionalidade, por isso esse projeto pretende identificar: Como utilizar o laboratório de informática de maneira a contribuir efetivamente no processo ensino-aprendizagem.







3 JUSTIFICATIVA

A elaboração de uma proposta para melhorar a aprendizagem através do uso da tecnologia da informática em seus vários aspectos é indispensável para melhorar o rendimento e a qualidade do processo educacional.
Percebendo a necessidade de se implantar um projeto que fizesse o laboratório funcionar de maneira produtiva, iniciou-se este estudo, a fim de integrar educadores e educandos à tecnologia disponível no ambiente escolar, como ferramenta de contribuição para a melhoria ensino aprendizagem.
Com a mudança no espaço físico escolar tem-se em vista a necessidade progressiva de utilizar a tecnologia de informação e comunicação e as novas relações com o saber que estas tecnologias propiciam.
Para potencializar a transformação da escola integrando-a a outros espaços produtores do conhecimento é necessário a formação continuada de educadores. Nesse sentido, o laboratório de informática visa dar condições ao educador para incorporar a tecnologia de informação à sua prática, de modo a favorecer a criação de ambientes de aprendizagem colaborativos, valorizar o seu oriundo de sua experiência profissional, promover a articulação deste saber com teorias que ajudem a refletir e depurar essa experiência e sobretudo favorecer a sua atuação como um profissional crítico reflexivo, comprometido com uma prática transformadora, progressista e prazerosa, na qual professores, gestores e alunos se situam no espaço escolar em sua inteireza de ser humano que aprende durante toda a sua vida.
Usar a tecnologia a seu favor, é promover o desenvolvimento da autonomia em relação à própria formação, adquirindo competências necessárias para assumir a autoformação.
O educador que assume essa atitude de aprendiz pode transferir essa prática para a sala de aula e propiciar uma aprendizagem colaborativa, integrada e redimensionada no espaço escolar. Pode-se então favorecer um estado contínuo de predisposição à aprendizagem e à mudança, colocando-se lado-a-lado com a escola e com todas as pessoas que nela atuam, desenvolvendo uma cultura de formação continuada e contextualizada, fazendo do espaço escolar um articulador de outros espaços de saber.
O dinamismo e rapidez da informação demandam uma nova forma de pensar a aprendizagem e o conhecimento. Quando se pensa no sistema educacional para esta nova era, é impossível ignorar o uso da tecnologia. E, certamente as intenções podem ser as melhores quando se moderniza a escola pela aquisição de equipamentos tecnológicos como computadores ligados à internet. Entretanto isto não é suficiente para modificar o sistema de ensino com vista às necessidades atuais da sociedade.
Nesta perspectiva, verifica-se que o papel do professor é fundamental, sendo preciso investir na formação do professor, propiciando o desenvolvimento de sua capacidade crítica, reflexiva e criativa. Neste sentido, não basta o professor aprender apenas a operacionalizar o computador. Ele precisa vivenciar e compreender as implicações educacionais envolvidas nas diferentes formas de utilizar o computador, de modo a propiciar um ambiente de aprendizagem criativo e reflexivo para o aluno. Saber integrar, conscientemente, o uso do computador na prática pedagógica significa transformá-la e torná-la transformadora do processo de ensino e aprendizagem.


















4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Repensar o papel da escola, do professor, do aluno, do conhecimento e do processo ensino aprendizagem empregando a tecnologia para o desenvolvimento humano, a formação de cidadãos críticos, criativos e com autonomia para construir e reconstruir o conhecimento.

4.2 OBEJETIVOS ESPECÍFICOS

- Demonstrar a importância de incorporar as novas tecnologias de informação à educação.
- Conscientizar e orientar o professor para que ele possa transformar o seu fazer pedagógico, apoiado por um processo de formação contínua, com base em novos paradigmas de atuação, formação e investigação.
- Incentivar alunos e educadores para que extrapolem a função instrumental do computador e passem a irradiar conhecimentos através dele.
- Contribuir com a instituição ao propor ações educacionais que valorizem a utilização da informática como ambiente de aprendizagem.














5 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

5.1 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio está situado na Rua Agibe Rosalino Vivian, s/nº, no Distrito de Sede Alvorada, Município de Cascavel - Pr.
Localizado nas proximidades da BR 467 entre Cascavel e Toledo, atende a alunos do Distrito de Sede Alvorada e de localidades vizinhas (zona rural) tais como: Ipiranga, Chaparal, São Pedro, Esquina Memória, Gramado, São Roque da Lopei e Planaltina. O transporte destes alunos que moram em zona rural até Sede Alvorada é ofertado pelo município de Cascavel, assim, os alunos da Escola Estadual e da Escola Municipal utilizam o mesmo transporte escolar.
A criação da Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet foi autorizada pela Resolução nº. 464/90 em 13/02/1990, pela Secretaria do Estado da Educação, e reconhecida em 17/09/1992 pela Resolução número 3057/92 desta mesma secretaria.
Até 2005 a escola ofertava apenas o ensino fundamental (5ª a 8ª séries), recebendo reivindicações da comunidade para a implantação do ensino médio. Até então, a oferta do ensino médio vinha sendo feita no Município de Toledo, com o transporte dos alunos por parte da Secretaria de Educação do Município de Cascavel. No entanto, a escola foi comunicada de que a partir do ano de 2006 a Prefeitura Municipal de Cascavel, por meio da Secretaria Municipal de Educação, não mais faria o transporte escolar destes alunos.
Neste sentido, o oferecimento do nível de ensino médio aos alunos da comunidade e comunidades vizinhas pela Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet, se tornou uma necessidade, já que a distância de outros estabelecimentos que ofertavam o ensino médio ocasionava a impossibilidade de muitos alunos freqüentarem este nível de ensino.
A partir desta necessidade, foi iniciado o processo de implantação do Ensino Médio da escola, que a partir da implantação, no ano de 2006, passou a se chamar Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio.
Atualmente, o Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, conta com treze professores, uma professora de sala de recursos, uma secretária, um auxiliar administrativo, dois pedagogos (um no período da manhã e outro no período da tarde), um diretor, duas responsáveis pelos serviços gerais e uma merendeira.
O Colégio atende a uma demanda de 190 alunos, distribuídos em sete turmas, sendo uma de cada série a partir da 5ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, mais uma Sala de Recursos.
As turmas de 5ª e 6ª séries têm o seu funcionamento no período vespertino, sendo que as outras turmas têm o seu funcionamento no período matutino. Isto se deve à falta de espaço físico, pois o prédio é compartilhado com a Escola Municipal Arthur Oscar Mombach - Educação Infantil e Ensino Fundamental. A sala de recursos funciona no período da manhã e da tarde, porém, pela falta de estrutura física na escola, a sala utilizada por estes alunos fica no salão comunitário cedido pela Igreja da comunidade.

5.2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO

A partir de 1990, as 04 últimas séries do 1º Grau, até então de responsabilidade do município, da Escola Arthur Oscar Mombach, passaram para a dependência administrativa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, passando a denominar-se então, Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino de 1º Grau, com autorização de funcionamento e criação em 13/02/90, conforme Resolução nº. 464/90 da Secretaria do Estado da Educação. Foi reconhecida em 17/09/92 com o reconhecimento do 1º Grau pela Resolução nº. 3057/92.
Desde 1990, passaram pela direção da Escola Pedro Ernesto Garlet:
- 1990 a 1992: Marlise Schmidt (Indicada pelo Núcleo Regional de Educação).
- 1992 a 1998: Domingos Cappellesso (Indicado pelo Núcleo Regional de Educação).
- 1998 a 2003: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar).
- 2003 a 2008: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar).

5.3 BREVE HISTÓRICO DO PATRONO DO ESTABELECIMENTO

Pedro Ernesto Garlet nasceu no dia 04 de julho de 1915, no município de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. Era filho de Félix e Catarina Daronch Garlet, ambos nascidos na Itália.
No ano de 1964 adquiriu terras em Sede Alvorada, Cascavel, vindo em 1967 para este local com sua família, sendo um dos pioneiros desta localidade.
Durante a década de 70, destacou-se juntamente com outras lideranças, pela implantação de diversos benefícios em prol da comunidade, tais como: escola, igreja, estradas, eletrificação rural, lutou pela implantação e funcionamento dos clubes 4-S, sindicato e cooperativa.
Em 1975 e anos subseqüentes, notabilizou-se juntamente com Arthur Oscar Mombach (in memória) e outros líderes na encampação da luta contra a permuta de Sede Alvorada para Toledo.
Vencida patrioticamente a questão, e continuando a pertencer para Cascavel, eis que, nova batalha os esperava: a criação do distrito administrativo de Sede Alvorada, conquistada anos mais tarde.
Em 1982, constatou-se sofrer de câncer, doença na qual Pedro Ernesto Garlet, combateu com resignação e paciência.
Lamentavelmente, aos 30 dias do mês de agosto de 1989, Pedro Ernesto faleceu em conseqüência do câncer.


















6 HIPÓTESES

O grande avanço das ciências e da tecnologia provocou mudanças profundas na sociedade com reflexos na vida pessoal e das organizações. Tornou-se evidente a relatividade e provisoriedade do conhecimento, exigindo atualização constante. O conhecimento é questão central e a sua apropriação depende de um processo de busca incessante, facilitado pelo fato de as informações estarem disponíveis em toda parte, embora seja preciso saber onde e como obtê-las e selecioná-las.
Por isso, no âmbito educacional, a informática é eficaz quando o professor está envolvido, é capacitado e entende sua utilidade. A atuação do professor é primordial, sendo a ele necessário aprimorar-se nesta tecnologia sem desmerecer as outras formas de transmissão do conhecimento. Ao aluno cabe ser o participante ativo e aprender a navegar nas novas e antigas tecnologias, obtendo daí uma ampla bagagem cultural.
A presença do pai ou professor será sempre necessária no processo do aprender. O computador é apenas uma grande ferramenta de trabalho auxiliar nessa tarefa e não substituirá jamais a presença do professor que precisa estar presente para orientar e incentivar, além de transmitir o conhecimento também por outras formas, associando o uso da informática a um rico conteúdo didático.
Assim, quando o professor traz pronto um material que apenas embute o foco de seu interesse, pode ter dificuldades para encontrar motivação. Então ali está o grande desafio, que envolve negociação, competência didática e muito planejamento. Aliás, quanto mais o professor pretende usar as demandas espontâneas dos alunos, a partir das vivências que eles tenham com filmes, internet ou outros recursos tecnológicos, maior a necessidade de considerar alternativas de ação para diversas hipóteses prováveis quanto ao interesse dos alunos.
Sob esse ponto de vista, hoje, num mundo de transformações tão rápidas, percebe-se que a educação escolar deve integrar-se às tecnologias de comunicação, em especial a informática, cabendo aos educadores, a apropriação dessas mídias e, por sua vez, levando-as para suas práticas em sala de aula ou usando-as como uma extensão.
Para tanto, o professor deve estar familiarizado com as mídias a fim de orientar seus alunos na utilização daquela(s) mais apropriada(s) para os projetos e/ou conteúdos que forem desenvolver. A TV, o rádio, o jornal, a revista, o livro e a informática têm suas funções específicas. Cada mídia se presta a objetivos diferentes de leitura e representação do mundo, o que não impede que sejam integradas na prática pedagógica. Em lugar da leitura estanque de livros, jornais, filmes, a informática e às técnicas tradicionais propiciam uma leitura interativa, na qual cada indivíduo pode buscar a informação e construir o seu saber.
Entretanto, os professores precisam conhecer, manusear, experimentar as tecnologias de comunicação (tradicionais e novas) de forma confortável para que possam incluí-las nos seus planos de aula no momento apropriado e com os objetivos adequados. Não precisam ser “experts”, mas procurar conhecê-las para saber como integrá-las tanto ao seu programa de ensino quanto ao seu programa de formação contínua, autônoma ou na instituição em que atuam.
Após conhecer a tecnologia, não necessariamente a fundo, o professor deve proceder a uma análise técnica, pedagógica e de conteúdo do material informatizado que tem a disposição, sempre considerando a realidade e clientela da escola, os objetivos a atingir, a temática e os conteúdos abrangidos a fim de integrar o material.
Como hipótese é possível citar um professor de História ao propor uma pesquisa a partir de objetos/artefatos, ele deve orientar os alunos em como extrair o maior número possível de informações, orientar a pesquisa sobre o artefato e a sociedade a que pertenceu ou que sites são apropriados para a obtenção das informações.
Outra possibilidade de integrar tecnologias novas às tradicionais é que o conteúdo pode ser observado na seguinte proposta: supõe-se que o professor trabalhe com a História. Ele pode mostrar aos alunos o trecho de um filme, baixado ou não da internet, solicitar que elabore um jogo didático a partir dos conceitos históricos dali extraídos, isto após uma pesquisa dos mesmos no material indicado e previamente analisado pelo professor. Outra estratégia eficaz e sempre adaptável a qualquer conteúdo é a sugestão de uma atividade que incentive a investigação (sites, etc.) antes do assunto ser ministrado pelo professor. Por exemplo, fornecer aos alunos um roteiro com “pistas” que os incite a pesquisar até descobrirem o assunto abordado. O mais importante deste tipo de procedimento - chamado de sensibilização - é fazer com que os alunos estejam cientes dos objetivos a serem atingidos e motivados para o aprendizado.
É possível também, que alunos queiram formar equipes para produzirem trabalhos, jornais ou serem responsáveis por algum projeto da comunidade escolar.
Com base no exposto, ficam evidentes as grandes e promissoras possibilidades de uso da informática integrada às demais tecnologias de comunicação e às práticas tradicionais e a necessidade dos professores se apropriarem das novas tecnologias, de modo a incorporá-las na sua prática pedagógica.
Algumas das vertentes tecnológicas, como a Internet em computadores, ajudam muito o autodidatismo, especialmente após a conclusão da educação básica. Como contraponto, o próprio desenvolvimento tecnológico gera muitas novas necessidades de educação, para que os trabalhadores possam manter-se atualizados e competitivos. Os professores precisam considerar estes dois aspectos, para que sua ação educacional possa viabilizar em seus alunos o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais que lhes assegurem boas chances quanto ao almejado sucesso.
Para aqueles que ainda não se encontram familiarizados com informática, nas primeiras aulas são trabalhadas as tensões e os medos, o computador vai sendo desmistificado lentamente e deixando de ser o “bicho de sete cabeças”. A mão vai assumindo o controle sobre o mouse, que lhes escapa e os dedos adquirem a leveza necessária para o teclado. O computador constitui-se num desafio a ser vencido por aquele indivíduo que ainda não se encontra atualizado nesta área, à medida que isso se realiza, ele se sente capaz e potente.
O ambiente de informática é de cooperação, reflexão e socialização das descobertas entre os alunos. Estão todos aprendendo e ensinando, respeitando-se o tempo e o ritmo de cada um e as suas singularidades. O aprender acontece por meio do fazer e do compreender. A nova linguagem dos ícones, que invade o cotidiano escolar e familiar, através da tecnologia, é interpretada e (re)conhecida, possibilitando a entrada no mundo novo que se descortina.
Os(as) alunos(as) vão, gradativamente, dominando alguns recursos computacionais e simultaneamente, são instigados a criar seus próprios textos. No exercício de escrever, articulam pensamentos e fazem reflexão sobre a vida e sobre si mesmos.
O professor pode, através da informática, por exemplo, trabalhar um tema com os alunos de maneira muita atrativa, usando um dos vários recursos tecnológicos, como dar suas aulas em forma de apresentação com as opções de animação, uma vez que o conteúdo pode ser explorado e salvo no pen drive do professor, sendo apresentado para todos os alunos através da televisão. Além de tornar as aulas interessantes o aluno aprende sem perceber, pois uma aula bem elaborada se torna dinâmica e produtiva.
Contudo, além das inúmeras ferramentas encontradas no computador, que envolvem cores, movimento, boas qualidade gráfica, sons e desafios mais elaborados, tem-se a internet que se torna aliada na difícil missão de ensinar, visto ela ser de fácil acesso a informações atualizadas, oportunidade de troca de dados, consultas a especialistas, tudo isso de forma ágil e confortável, é o que a Internet proporciona. E os educadores não podem perder a chance de aproveitar estas facilidades. Adequar-se à Internet é uma questão de tempo e de pesquisa, e não mera repetição de conteúdos de livros clássicos para o ambiente multimídia, mantendo a relação entre aluno e professor intacta e distante. O uso de tecnologia no ensino não faz, ou não deve fazer do aluno um técnico em determinada área. Saber não é acumular informações, mas sim manuseá-las para compreender criticamente o mundo e as relações que o mantém.
Dinamismo, versatilidade e agilidade de decisões são características e trunfos exclusivos das páginas eletrônicas. Mas há também a liberdade. Poucos meios são tão merecedores desse adjetivo quanto a Internet, e isso antes de ser um problema, é uma preocupação dos que utilizam sites voltados à educação. Páginas e grupos de discussão na Rede devem, sobretudo, chamar e manter a atenção do usuário (aluno) para o tema que se está abordando e também, levá-lo a se interessar por temas transversais a este.
A educação do aluno não se restringe ao espaço e tempo escolar, mas vem em grande parte de sua ocupação exterior à sala de aula. A educação é permanente, exclusiva e intransferível. O professor, conhecendo seu valor e imensa responsabilidade, certamente conseguirá atuar adequadamente, aproximando em muito suas aulas à realidade de seus alunos. E as inovações tecnológicas, cada vez mais fazem parte dessa realidade.
Portanto, mais importante que a internet estar na escola é a escola estar na internet. Afinal, a informática muda a forma da comunidade e das pessoas em geral se relacionarem com as coisas da vida, uma vez que esta tecnologia está fazendo a educação passar por mudanças estruturais e funcionais. Ela não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também na forma como elaboramos conhecimento.

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Ferreira (1995, p. 82), as portas do segundo milênio estão começando a se abrir. O ser humano tem conquistado vitórias significantes em todos os ramos das ciências. As derrotas, inevitáveis, para os otimistas, são vistas como verdadeiras lições de vida. Muitos avanços surgiram depois de seguidas derrotas. Novos produtos surgem nos mercados, tecnologias são geradas aprimorando processos, a informática passou a ser fundamental, novos materiais são empregados e princípios e técnicas são desenvolvidos ou aperfeiçoados.
Slater (1996, p. 43), afirma que o ritmo das mudanças será sentido nas mais diversas áreas e a globalização deixou de se tornar um objetivo para virar um imperativo. À medida que surgem novos mercados as barreiras geográficas vão perdendo a importância. Portanto, serão vencedores aqueles que desenvolverem uma cultura que permita movimentar-se com mais rapidez, comunicar com mais clareza e envolver todas as pessoas no processo de atender uma clientela cada vez mais exigente.
Portanto, o aperfeiçoamento nos processos afeta a organização como um todo e o atendimento com maior eficácia e eficiência é um dos maiores objetivos. O ambiente e o espírito pessoal precisam estar preparados para mudanças ou transformações, é preciso atenção e obtenção de informações sobre este novo modo de fazer as coisas, de transformar processos simples e complicados para processos modernos e eficientes.
Segundo Campos (1992, p. 62), antigamente pensava-se que o salário baixo ou a proximidade com a matéria-prima ou recursos energéticos era suficiente para garantir a vantagem competitiva. Atualmente tem ficado cada vez mais claro que o uso do conhecimento humano (componente informação) é fator muito importante, pois através deste conhecimento pode-se captar as reais necessidades das pessoas, utilizando-se de métodos e instrumentos cada vez mais sofisticados.
Conforme Stair (1998, p. 4), os sistemas de informação tem um papel importante nos negócios e na sociedade atual. Para se entender o que é um sistema de informação é preciso entender primeiro o que são dados, estes são os fatos em forma primária, têm pouco valor. O processo de definição de relações entre dados requer conhecimento. O conhecimento é o corpo das regras, as diretrizes e os procedimentos usados para selecionar, organizar e manipular dados, para torná-los úteis. A organização dos dados, regras e relações entre os mesmos criam informação útil e valiosa.
Para Stair (1998, p. 17) sistemas de informação eficazes podem ter um impacto enorme na estratégia corporativa e no sucesso organizacional. As empresas que utilizam a informática estão desfrutando de maior segurança, melhores serviços, maior eficiência e eficácia, despesas reduzidas e aperfeiçoamento no controle e na tomada de decisões. As pessoas que podem ajudar seus negócios percebem que estes benefícios ainda serão solicitados em breve. A informática ou o sistema de informação são usados em quase todas as organizações e continuarão fazendo carreiras estimulantes.
Desta forma, uma organização empresarial ou educacional pode prestar seus serviços da melhor forma possível, utilizando-se de um sistema de informação adequado, onde as atividades podem ser exercidas através de processos informatizados que trazem melhor resultado por meio da maior rapidez e eficiência no serviço.
Conforme Brito (2006, p.18) as tecnologias interferem em nosso cotidiano, e por isso é primordial que a educação democratize o acesso ao conhecimento, produção e interpretação das tecnologias. A possibilidade da sociedade se transformar está nas novas ferramentas que oferecem novas formas de conhecer, de fazer e talvez de criar. O desenvolvimento tecnológico é traduzido como sabedoria de vida. Nesse sentido, está havendo uma pressão de mudanças na educação, assim como em outras organizações, pois atualmente todos devem aprender a conhecer, a comunicar, ensinar e a integrar o humano, o tecnológico, o individual, o grupal e o social.
A melhoria da qualidade na educação não depende apenas das tecnologias, a escola precisa estar inserida num processo de reflexão e ação significativa em relação as novas tecnologias da informação e da comunicação, tendo uma visão aberta do mundo, incorporando as situações pedagógicas num método de reelaboração e de reconstrução do processo ensino aprendizagem (Brito, 2006, p. 21).
De acordo com Cortelazzo (2006, p.14), a comunicação escolar precisa se transformar em educativa através de uma concepção de comunicação mais interativa e dinâmica, integrando a escola com o cotidiano do aluno. A comunicação precisa ser trabalhada e refletida com os educadores em geral, possibilitando transformar a escola em um ambiente de aprendizagem social, em que a comunicação se articula com a sociedade na qual a escola esta inserida, desenvolvendo a interação entre professores, diretores, coordenação, alunos e pais.
Com a escola equipada de computadores formando um laboratório de informática surge muitas questões entre os profissionais da educação. Muitos membros tem o desejo de mudar, mas ao mesmo tempo tem medo dessa mesma mudança. Entre o querer mudar e o não-querer, o desejar o novo e o temer, cria-se uma situação conflitante possível de ser percebido no cotidiano da escola.
Brito (2006, p. 74) acredita que o computador precisa ser incorporado no dia-a-dia da sala de aula, uma vez que inserir a informática na escola significa disponibilizar computadores para professores e alunos, sendo que estes precisam ter acesso aos equipamentos durante o período de aula, permitindo criar uma tradição de utilização dessa tecnologia.
Segundo Lopes (2002) é importante adaptar a informática ao currículo escolar, utilizando o computador como apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além de melhor preparar os alunos para a sociedade informatizada. A informática não pode ser concebida apenas como uma ferramenta, ignorando sua ampla atuação na sociedade, ela deve ser levada para toda a escola, uma vez que se tem cada vez mais a exigência de um conhecimento holístico da realidade. Por isso ela não deve ser colocada como disciplina que limita conhecimento e fronteiras, tanto de conteúdos como de prática. Ela deve promover a interdisciplinaridade e até mesmo a transdisciplinaridade na escola.
Marçal Flores in Lopes (2002) afirma que “a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino aprendizagem, enfim, ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”.








8 METODOLOGIA

Com a finalidade de atender os objetivos propostos, foi utilizado para elaboração deste trabalho, a pesquisa exploratória, sendo que o procedimento de coleta de dados utilizado, se deu pela observação participativa direta, considerando também, a troca de informações com os colaboradores da instituição, auxiliando na complementação do trabalho.
De acordo com Gil (1999, p. 76), pesquisa exploratória habitualmente envolve levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. As pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Segundo Lakatos & Marconi (1999, p. 58), uma das técnicas da pesquisa é a sistemática ou participativa. A observação sistemática é quando o pesquisador observa sistematicamente aquilo que o interessa, durante um certo período de tempo, podendo ser direta quando observa os fatos pessoalmente no local de trabalho, ou indireta, quando é feita através de outras pessoas. A observação participante, é quando o pesquisador procura permanecer no grupo que estuda, obtendo confiança e sendo participante no grupo, podendo ou não revelar sua condição de observador.
A coleta de dados é realizada através de dados primários e secundários. Como fonte primária é utilizado dados históricos, informações, pesquisas, documentação da escola, registros em geral e como dados secundários, é utilizado a pesquisa bibliográfica, através de livros e periódicos.
Conforme Malhotra (2001, p. 73), os dados primários são gerados por um pesquisador para a finalidade específica de solucionar o problema em pauta. Os dados secundários são coletados para objetivos que não os do problema em pauta. O processo de coleta de dados primários é muito envolvido e os do secundário é rápido e fácil. O custo de coleta de dados primários é mais alto que o secundário. O tempo de coleta de dados primários é longo, enquanto o de dados secundários é curto.
Os instrumentos de coleta de dados são apresentados por uma organização do material de investigação, incluindo também o arquivamento de idéias, reflexões e fatos acumulados no período da pesquisa.

8.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo é realizado no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ensino Fundamental e Médio, localizado em zona rural, distrito de Sede Alvorada, município de Cascavel/PR, no período de fevereiro a setembro de 2008. A área pesquisada relaciona-se ao laboratório de informática desta instituição de ensino, mais especificamente, sobre seu uso para desenvolver o processo ensino aprendizagem.



























9 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

Observa-se que pela realidade da comunidade escolar, alguns alunos e professores ainda não estão familiarizados com o uso diário dos computadores, existindo certa resistência quanto ao uso desta tecnologia. Porém, sabe-se que a informática, cada vez mais, está no cotidiano das pessoas, seja no campo ou na cidade e por isso é de extrema relevância saber utilizar de maneira eficiente seus diversos recursos no campo educacional.
Conforme afirma Ferreira (1995, p. 48), na atualidade, aquele que não usar a disposição da tecnologia nas informações, estará perdendo competitividade, pois o vencedor é aquele que está na modernidade do mercado, acompanhando a tecnologia, atraindo sua clientela pela qualidade do serviço.
Deste modo, fica evidente que um professor que saiba preparar suas aulas e apresentá-las aos alunos utilizando-se dos mais diferentes recursos didáticos, estará propício a desenvolver um processo ensino aprendizagem atraente, dinâmico e de qualidade, será um vencedor como educador. Um vencedor que se preocupa em estar constantemente atualizado, que deseja apresentar aulas agradáveis, produtivas e ricas em conteúdo significativo, que não se entrega ao comodismo e continua a realizar suas pesquisas como educador em busca da formação continuada, procurando sempre fazer com que seus alunos se tornem cidadãos críticos e produtores do conhecimento.
Com a instalação de computadores no colégio, o acesso à informática se torna um direito do educando e do educador, que pode usufruir de uma educação que no momento inclua no mínimo uma alfabetização tecnológica, ou seja, aprender a ler esta nova mídia, assim, ele não deixa de estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar e desenvolver noções espaciais.
Contudo, analisando a realidade da comunidade escolar percebe-se que alguns membros (alunos ou professores) ainda não adquiriram algumas noções básicas desta tecnologia. Portanto, é fundamental a reflexão sobre essa nova realidade, pois o educador precisa repensar sua prática e construir novas formas de ação, lidando com essa nova realidade, apropriando-se dela e introduzindo-a na sala de aula.
De acordo com Almeida (2008) o professor precisa assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações, tornando-se um mediador entre as informações e os alunos, fazendo com que o computador torne seu aliado no processo da aprendizagem, uma vez que ele pode ser muito bem aproveitado se o educador mostrar-se capacitado para a sua utilização como um apoio pedagógico, proporcionando uma aprendizagem mais interativa, com significado e com os alunos construindo conhecimento.
Para tanto, uma coisa é aceitar que na realidade escolar ainda existam pessoas que não dominam a informática, mas que desejam se atualizar e aprender, afinal, nunca é tarde para buscar conhecimento, outra é inaceitável que existam educadores que se recusam a adaptar seu métodos didáticos com a utilização das novas tecnologias.
Não aceitar a informatização é mostrar o despreparo e o medo do novo que permeia as suas didáticas ou talvez a pretensão de acreditarem que seus métodos tradicionais produzem melhores resultados, sem mesmo antes tentarem se adaptar com a nova realidade. Contudo, é preciso que os educadores compreendam a informática na educação como apoio pedagógico e não como um novo método de ensino (Almeida, 2008).

9.1 PRIMEIRAS AÇÕES

Através da realidade encontrada no espaço escolar, um dos primeiros passos está em mobilizar o corpo docente e discente da escola em se preparar para o uso do laboratório de informática na sua prática diária do processo ensino-aprendizagem.
Assim se percebe duas características: por um lado, estão aqueles que já possuem o domínio da informática, pelo menos das noções básicas, e de outro lado, aqueles que ainda não obtiveram essa aprendizagem.
Nessa situação, é necessário propor primeiramente a realização de um processo de adaptação/aprendizagem através de um treinamento para que se possa compreender e usar as diferentes ferramentas referente ao programa Linux, disponível nos computadores do colégio. A proposta está em o treinamento ser realizado no próprio colégio, a clientela a ser atingida são educandos e educadores que ainda não sabem utilizar-se das ferramentas tecnológicas do computador ou que queiram fazer a capacitação com a finalidade de aprimorar seus conhecimentos. Deste modo é possível solicitar à Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE) do município um apropriado assessoramento.
Conscientizando alunos e professores sobre a importância da informática na vida pessoal e profissional, é possível fazer um levantamento do número de pessoas que necessitam passar por esse processo.
Dessa forma, em primeiro momento cria-se a oportunidade de “aprender” para aqueles que ainda não usavam desta tecnologia, permitindo aos mesmos descobrirem o potencial da informática, transformando-os em cidadãos críticos e atualizados e de “aperfeiçoar” os conhecimentos daqueles que já conheciam este recurso tecnológico, podendo fazer da escola um centro irradiador de conhecimento.

9.2 INFORMÁTICA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

É normal que ao introduzir a informática ocorra primeiramente a preocupação em observar o funcionamento das ferramentas do computador. Esse primeiro passo é muito importante, pois não se deve forçar o professor, que está em processo de aprendizagem, a fazer mudanças imediatas no seu processo didático, uma vez que este momento é de contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante da introdução da informática. Assim, ele vai observando a informática como um novo instrumento, ou seja, como um giz diferente.
A mudança surge quando o professor percebe que pode fazer mais do que está acostumado, neste instante, ele começa a refletir sua prática e percebe o potencial da ferramenta.
Depois de conhecer o que cada ferramenta tem a oferecer, o professor vai para o segundo passo da aprendizagem: explorar as ferramentas em suas diferentes situações educacionais, permitindo selecionar as ferramentas tecnológicas e as formas de trabalho como objetivo de uma atuação pedagógica de qualidade.
Familiarizado com as questões técnicas da tecnologia, básicas no processo educacional, e estando capacitado a explorar a informática em atividades pedagógicas com a interação entre os conteúdos de ensino e a desenvolver projetos educacionais com a utilização da informática como apoio pedagógico, o professor saberá desafiar os alunos para que, a partir do trabalho/projeto que cada um desenvolver, seja possível atingir os objetivos pedagógicos que foram determinados no seu planejamento de ensino (Almeida, 2008).
Nessa fase, é possível que o professor ainda esteja preocupado apenas com o conteúdo de sua disciplina, no entanto, logo surge um novo elemento: o prazer de descobrir, e isso o levará a um desafio constante, preocupando-se então com o processo de aprendizagem.
Então, o terceiro momento surge marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade. Ele sente que pode buscar alternativas para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação integral.
Assim inicia-se a superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Os educadores são capazes de articular os conhecimentos para que o todo comece a ser organizado. Essa prática interdisciplinar, certamente contribui para a formação de cidadãos conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade.
Finalmente ocorre o quarto momento, marcado pela transcendência, que ultrapassa os muros da escola. É o momento da troca, da comunicação e participação comunitária, como numa aprendizagem cooperativa. O processo de aprendizagem volta-se para uma interação social. O conteúdo é trabalho dentro de um contexto, a ênfase é dada à coletividade, a participação política e social, à cidadania.
É possível também propor o programa escola aberta, que funciona nos finais de semana para a participação da comunidade escolar.
Como se pode notar é de suma importância que a informática educacional faça parte do projeto político pedagógico da escola, definindo todas as pretensões da mesma em sua proposta educacional.
Contudo, verifica-se que desenvolver o processo ensino aprendizagem com a utilização do laboratório de informática ocorre entre etapas, momentos e processos que vão sendo formados. Além disso, é necessário o apoio da direção que oferece os recursos necessários, introduzidos num projeto pedagógico.
De acordo com Lopes (2002), o ideal é a escola dispor de um coordenador de informática para articular e gerenciar o processo, de modo a buscar os recursos necessários e mobilizar os professores. Conforme a realidade encontrada na escola, ainda não existe a presença deste profissional para sugerir atividades pedagógicas num planejamento curricular que envolva todas as disciplinas num processo informatizado.
No entanto, a escola não pode deixar de agir por falta de recursos, seja eles humanos ou econômicos, diante dos desafios sempre existirão soluções para as escolas públicas enfrentarem as dificuldades e seguir em frente com uma boa gestão escolar, valorizando os profissionais disponíveis na escola, envolvendo uma força integrada da direção, equipe administrativa, pedagógica, corpo docente e comunidade escolar em geral.

9.3 ORGANIZAÇÃO PARA ATIVIDADES NO LABORATÓRIO

O laboratório poderá ser usado para atividades individuais e também para atividades coletivas, em classe, com o acompanhamento do professor, por isso é importante estipular um cronograma de uso no contra turno para aqueles alunos que desejam fazer suas pesquisas, trabalhos ou projetos individuais, a fim dos horários individuais não coincidirem com os coletivos, causando a disputa de computadores para o uso no laboratório.
Como o Colégio oferta a 5ª e 6ª série a tarde e o restante das séries no período da manhã, é possível criar um cronograma estipulando os respectivos períodos de acordo com a série:

5ª e 6ª série - Uso Coletivo (TARDE) Uso Individual (MANHÃ)
7ª e 8ª série - Uso Coletivo (MANHÃ) Uso Individual (TARDE)
1º, 2º, 3º ano - Uso Coletivo (MANHÃ) Uso Individual (TARDE)

Seguindo os períodos disponíveis para cada turma, os usuários dos computadores podem agendar seus horários com o responsável do laboratório, colaborando com a organização da escola.

9.4 ORGANIZAÇÃO DE ACESSO

O acesso aos computadores se procede através da distribuição de senhas criadas pelo administrador da rede e que logo são recriadas particularmente pelo usuário do computador, garantindo a organização de arquivos e uma melhor segurança, tendo acesso único e restrito.
Dessa forma, cada usuário do laboratório de informática (seja educando ou educador) tem seu login e senha para abrir a tela do computador e iniciar seus trabalhos com exclusividade.
O usuário é cadastrado pelo administrador (adm local) que cria uma pasta particular conforme o nome (login) que o usuário desejar usar. Essa pasta é localizada no seu grupo, ou seja, se o usuário é um professor, a pasta é localizada no grupo de professores, se o usuário é funcionário, estará no grupo de funcionário e assim por diante. O fato de cada usuário possuir sua senha impossibilita um usuário acessar a pasta de outro, a não ser que este autorize o acesso fornecendo sua senha.
A vantagem do programa Linux é deixar organizados os arquivos e programas/ferramentas para seu uso eficiente, evitando a inserção de diversos ícones desnecessários na tela do computador.

9.5 DO DESENVOLVIMENTO DE TRABALHOS/ATIVIDADES

Os professores além de poder usar o laboratório para elaborar suas provas, trabalhos e atividades didáticas, poderão fazer pesquisa individual e coletiva, ou seja, levar também os alunos no laboratório durante suas aulas, com a finalidade de investigar algo proposto ou em estudo.
De acordo com Brito (2006, p.87), uma questão levantada por muitos professores é a maneira como poderão trabalhar, ou seja, como poderão proceder para que alunos não façam cópias e entreguem seus trabalhos sem primeiro refletir, ou até mesmo, ler, o que nele está escrito. Aqui então se observa a necessidade do professor inovar a ação pedagógica, pois receber o trabalho do aluno, lê-lo e devolvê-lo não cabe mais na educação do presente. É preciso fazer com que o aluno participe, troque suas experiências e relate o que descobriu, esse método é uma das formas de proporcionar a reflexão dele mesmo e dos demais. Para Moran in Brito (2006, p. 88 ) “A internet pode ajudar o professor a preparar melhor a sua aula, a ampliar as formas de lecionar, a modificar o processo de avaliação e de comunicação com o aluno e os seus colegas”, isso desde que não seja utilizada como recurso de cópia, isto é, o professor precisa aprender a pesquisar antes de ensinar o seu aluno.
Além do recurso da internet, o professor também poderá promover suas aulas planejando e preparando os conteúdos para os alunos de forma precisa e significativa, através do modo de “apresentação” já explanado.
Deste modo, além do trabalho docente, a metodologia aplicada deve sugerir atividades que coloquem o aluno como um manipulador de situações diante do computador, que não substituem os trabalhos de sala de aula e laboratório, mas que podem ser complementos importantes, para visualizar fenômenos do mundo microscópico até os que envolvem grandes dimensões, como por exemplo, o sistema solar.
Durante o decorrer dos trabalhos deve-se favorecer uma aprendizagem cooperativa, permitindo a interação entre alunos, professores e funcionários, no processo de construção do conhecimento, em virtude da possibilidade de compartilhar dados pesquisados, explicações formuladas, textos produzidos, publicação de jornais, livros, revistas.
Conforme relatado anteriormente, através do computador o aluno pode utilizar procedimentos de pesquisas de dados e consulta em várias fontes, seleção, comparação, organização e registro de informações, que manualmente requerem muito mais tempo e dedicação, e também a socializar informações e conhecimentos, apresentando suas produções de forma legível e com boa aparência. Pode também usar recursos rápidos e eficientes para realizar cálculos complexos, transformar dados, consultar, armazenar e transcrever informações.

9.6 DA IMPLANTAÇÃO DE UM REGULAMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

Para um melhor andamento no processo ensino aprendizagem é sugerido criar um regulamento interno, com a função de nortear as ações e procedimentos necessários ao bom funcionamento do laboratório de informática, bem como definir as penalizações para as normas não cumpridas. Analisando a realidade escolar, é possível apresentar as seguintes sugestões:



Do Uso dos Recursos Disponíveis
1. O uso do laboratório deve ser destinado especificamente à realização de aulas, trabalhos, pesquisas e estudos, não sendo admitido em hipótese alguma páginas pornográficas e troca de e-mails sem objetivos na dependência do laboratório.
2. A utilização do laboratório de informática por parte dos usuários alunos somente é permitida nos horários de funcionamento do laboratório (período diurno) com prévia marcação de horário a ser agendado com o responsável do laboratório.
3. A utilização da internet deve ser voltada principalmente para aulas, pesquisas orientadas pelos professores e trabalhos extra classes.
4. Os recursos de impressão colocados à disposição dos alunos devem ser utilizados exclusivamente para atividades ligadas diretamente com o seu aprendizado: trabalhos, pesquisas, programas e outros, conforme autorização do responsável do laboratório.
Das Proibições
5. É expressamente proibido o consumo de qualquer tipo de alimento ou bebida nas dependências do laboratório, inclusive balas e chicletes.
6. A disposição do mobiliário, bem como configuração e disposição dos equipamentos não pode ser alterada.
7. Fica expressamente proibido o emprego de cópias ilegais de programas, bem como a exclusão e instalação de qualquer espécie de software.
Das Manutenções
8. A manutenção, instalação de equipamentos, troca de dispositivos e softwares somente pode ser realizada pelo técnico designado para este fim e pelo responsável pelo laboratório.
9. Qualquer problema encontrado nos equipamentos utilizados pelos usuários do laboratório deve ser comunicado pessoalmente ao responsável pelo laboratório para devidas providências.
Das Responsabilidades
10. Considera-se como responsável pelo laboratório: a direção e o responsável local da rede (adm local).
11. É de responsabilidade do adm local a cedência e controle de horário das atividades no laboratório.
Da Conservação dos Equipamentos
12. Para o bom funcionamento dos computadores, recomenda-se que o aparelho de ar condicionado e/ou ventiladores fique ligado do início até o final das aulas.
13. A limpeza, organização e conservação dos equipamentos e mobiliários, além da zeladora, são também de responsabilidade dos usuários e atendente que estiver cumprindo o seu horário no turno correspondente, ficando o usuário, no caso comprovado de depredação de patrimônio obrigado a ressarcir a despesa correspondente.
Da Estruturação Lógica
14. Cada usuário tem uma pasta específica para salvar os seus trabalhos: dados, arquivos, programas, figuras e outros. Os conteúdos a serem armazenados nestas pastas devem se referir a conteúdos trabalhados em aula, pesquisas ou demais assuntos de cunho educacional. Arquivos em desacordo com estes critérios, como fotos inadequadas, jogos e outros devem ser automaticamente excluídos.
15. Cada usuário tem um espaço limitado para ser utilizado no servidor de dados. Caso este espaço seja ultrapassado os dados são automaticamente excluídos.
Das Penalidades e Restrições
16. Comportamentos inadequados, tal como conversar em voz alta, balbúrdias, sentar em mesas, colocar os pés sobre as mesas ou cadeiras, acarreta ao usuário a suspensão de 14 dias de uso nos horários de laboratório. Havendo reincidência, suspensão de 30 dias, numa terceira ocasião, encaminhamento direto a direção da instituição.
17. O uso de jogos não autorizados, acesso ao bate papo e a instalação de qualquer software sem a devida permissão, a utilização de imagens inadequadas e a exclusão de arquivos que não são de sua propriedade, acarreta ao usuário a suspensão e o registro da respectiva infração. Havendo reincidência, suspensão de 14 dias e o registro da respectiva infração, numa terceira ocasião encaminhamento direto a direção da escola.
Das Disposições Gerais
18. Quaisquer problemas não relacionados no regulamento devem ser decididos em conjunto com o responsável pelo laboratório, coordenação e direção da escola.
Dos Usuários do Laboratório
São atribuições dos usuários:
19. Respeitar o regulamento do laboratório de informática.
20. Cooperar na limpeza e manutenção dos computadores.
21. Prezar pelo bom uso e conservação dos equipamentos disponíveis no laboratório de informática.
22. Conferir o horário de aula e de laboratório e efetuar com prévia antecedência a reserva de um computador na data e horário desejado, apontando o objetivo do uso deste equipamento, junto ao adm local.
23. Respeitar os horários de laboratório disponíveis e às reservas realizadas previamente por professores em horários esporádicos.
24. Efetuar “Ações – Sair” e deixar o computador ligado, mesas e cadeiras devidamente arrumadas, quando em meio aos turnos de atividades agendadas. Caso contrário desligar corretamente o micro.
25. Manter o silêncio e o bom ambiente de trabalho no laboratório de informática.
26. Checar regularmente a pasta individual de trabalho, eliminando arquivos desnecessários.
27. Responsabilizar-se pela guarda e uso do login e senha.
28. Comunicar problemas enfrentados no laboratório ao responsável (adm local ou direção).
Aos Usuários e responsáveis indicados pela direção cabe:
29. Organização e limpeza dos equipamentos do laboratório.
30. Atendimento aos alunos nos horários pré estabelecidos.
31. Acompanhar as atualizações do sistema.
32. Acompanhamento dos alunos, juntamente com o professor, na execução das atividades no laboratório.
33. Efetuar a reserva para o uso do laboratório de informática por parte de professores e alunos.
34. Fazer cumprir o regulamento do laboratório de informática.
35. Limpar arquivos temporários.
36. Checar os sites visitados e bloqueio dos sites pornográficos.
37. Conferir a cada final de turno: ventiladores (desligados), ar condicionado no servidor, ligado e regulado de acordo com a temperatura, computadores desligados, portas e janelas fechadas, internet funcionando.
38. Auxiliar ao suporte técnico.
Das Atribuições dos Professores
39. Auxiliar os alunos na realização de trabalhos.
40. Esclarecer dúvidas de alunos quando solicitados.
41. Não se ausentar do laboratório enquanto os alunos estiverem realizando suas atividades.
42. Zelar pelo comportamento dos seus alunos.
43. Elaborar um plano de uso do laboratório.
Para que estas normas de funcionamento sejam utilizadas sugere-se a discussão com os alunos para possíveis adaptações deste regulamento, uma vez que a participação efetiva dos alunos na elaboração pode trazer maior comprometimento.

9.7 CONTRIBUIÇÃO DA INFORMÁTICA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

As exigências quanto ao uso de informática estão cada vez mais evidentes, fazendo com que os professores sintam a necessidade dos recursos tecnológicos como instrumento para o ensino aprendizagem.
Os bons resultados da nova tecnologia dependem do uso que se faz dela, de como e com que finalidade ela está sendo usada, não se pode esperar que o computador faça milagres, ele traz informações e recursos, cabe ao professor planejar a aplicação deles em sala de aula.
Explorar bem o imenso potencial das novas tecnologias nas situações de ensino aprendizagem pode trazer contribuições tanto para os estudantes quanto para os professores.
Deste modo, os recursos tecnológicos da informática estimulam os estudantes a desenvolverem habilidades intelectuais, também fazem com que os mesmos demonstrem maior interesse em aprender e a se concentrar mais, além de promover cooperação entre os estudantes e estimular a busca de mais informação sobre um assunto e de um maior número de relações entre as informações.
Através das novas tecnologias e de sua exploração eficiente, os professores obtêm rapidamente informação sobre diferentes recursos didáticos, interagindo com os alunos mais do que nas aulas tradicionais, assim, professores começam a ver o conhecimento cada vez mais como um processo contínuo de pesquisa.
Com as novas tecnologias é essencial que o conhecimento esteja disposto para um número cada vez maior de pessoas, e isto ocorre com a disposição de ambientes de aprendizagem em que as novas tecnologias contribuem para uma reflexão crítica, facilitando a aprendizagem de forma autônoma, possibilitando uma educação global que traga novos horizontes à escola.
Com a informática alunos e professores encontram inúmeros recursos que facilitam a tarefa de preparar as aulas, realizar trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno, podendo adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno. O processo de ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.
Com a internet, a aprendizagem se dá através da descoberta e todos são capazes de se tornar criadores de conteúdo, representando um processo de construção, reconstrução e renegociação, que depende dos envolvidos num constante processo de interatividade, promovendo a aprendizagem cooperativa, capaz de preparar o indivíduo para um novo tipo de trabalho profissional que envolva a atividade em equipe.
O trabalho com a Internet possibilita a criação de ambientes de aprendizagem voltados para a socialização, a solução de problemas, a gestão compartilhada de dados, de informações e a criação e a manutenção de uma memória coletiva compartilhada. A Internet não oferece apenas recursos de pesquisa ao interessado em estudar educação, mas se constitui numa poderosa ferramenta de trabalho para se atuar em ambientes educacionais.
Ensinar utilizando a Internet traz resultados significativos quando está integrada em um contexto estrutural de mudança do ensino aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal efetivos. De outra forma, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino.
Sabendo que estão cada vez mais evidentes as exigências quanto ao uso de informática, os professores estão sentindo a necessidade do uso dos recursos tecnológicos como instrumento para o ensino aprendizagem.






10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em geral, a tecnologia de informação pode ser utilizada em todos os níveis e modalidades de ensino para trabalhar diversos conteúdos. Quem faz a diferença é o profissional da Educação que tem compromisso com a formação do cidadão brasileiro, mediante um processo educacional dinâmico, em constante renovação e comprometimento com a qualidade.
O processo de organização e funcionamento de um laboratório de informática tem que ser planejado e não improvisado. A utilização planejada do computador na escola pode propiciar a criação de novas formas de relação pedagógica e de pensar o currículo, podendo também conduzir a mudanças no ambiente escolar. O uso do computador na educação tem um grande potencial que não está ligado diretamente com a máquina, mas sim do profissional professor que firmou um compromisso com a pesquisa, com a própria elaboração, desenvolvendo a crítica e a criatividade, superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem (Brito, 2006, p. 37).
Deste modo, este estudo mostra que desenvolver uma proposta utilizando os recursos da informática educativa de acordo com a realidade escolar, abrange uma série de ações, desde a sua adaptação, da capacitação através do apoio da Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE), do atendimento a alunos em contra turno para adquirirem conhecimentos básicos ou para se aperfeiçoarem na área da informática, da preparação e realização de aulas das diversas disciplinas no laboratório de informática com planejamento e organização prévios, de parcerias para o desenvolvimento de projetos, do uso adequado da Internet com a finalidade de apoio às pesquisas desenvolvidas por alunos e professores e outros trabalhos envolvendo a comunidade escolar.
Não se trata apenas de implantar um projeto de informática, mas sim de enxergar que a sociedade vive num mundo criado de novas formas de comunicação, novos estilos de trabalho, novas maneiras de ter acesso ao conhecimento e de produzi-lo. É necessário compreender toda a dimensão da informática para criar boas práticas de ensino na escola. Conforme cita Brito (2006, p. 93) “a situação professor versus computador não tem mais lugar em nossas escolas. É hora de pensarmos em professor + computador + recursos pedagógicos + livros + quadros-de-giz = professor que age, planeja e integra conhecimentos”.
Romana Andréa Barbian


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Ronaldo Garcia. A Utilização da Informática como Recurso Pedagógico. Disponível em: recursopedagogico>, 2008. (acesso em: 06 maio 2008)

BRITO, Gláucia da Silva & PURIFICAÇÃO, Ivonélia; Informática na Educação. Curitiba: Editora Ibpex, 2006.

CAMPOS, Vicente Falconi. Controle de Qualidade Total. 5 ed. Belo Horizonte: Bloch Editores S/A, 1992.

CORTELAZZO, Iolanda B. C. Multimídia Educativa. Curitiba: Editora Ibpex, 2006.

FERREIRA, José Roberto & GOMES, José Carlos. Gerenciamento de laboratórios. Viçosa: Fundação Arthur Bernardes, 1995.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1999.

GABARDO, Mauro. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio. Cascavel, 2007.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1999.

LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no Ambiente Escolar. Universidade Estadual Paulista – Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Disponível em: , 2002. (acesso em: 11 abril 2008)

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing – Uma Orientação Aplicada. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001.

SLATER, Robert. Liderança de Alto Impacto: 31 Segredos Gerenciais de Jack Welch/Robert Slater. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

STAIR, Ralph M. Princípios de Sistemas de Informação. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1998.

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