sexta-feira, 9 de abril de 2010

Projeto Político Pedagógico (PPP) do Colégio

COLEGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO














PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Volume I






















SEDE ALVORADA
CASCAVEL – PR



SUMÁRIO


Apresentação 03
Identificação 05
Trajetória Histórica da Instituição 06
Objetivos Gerais 08
Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino 09
Marco Situacional 14
Gestão Democrática 28
Marco Conceitual 33
Marco Operacional 35
Avaliação do Projeto Político Pedagógico 40
Qualificação dos Recursos Humanos 41
Referências Bibliográficas 44
Anexo I 45
Proposta Curricular da Disciplina de Biologia 46
Proposta Curricular da Disciplina de Ciências 53
Proposta Curricular da Disciplina de Educação Física 67
Proposta Curricular da Disciplina de Ensino Religioso 87
Proposta Curricular da Disciplina de Filosofia 93
Proposta Curricular da Disciplina de Física 102
Proposta Curricular da Disciplina de Geografia 107
Proposta Curricular da Disciplina de História 125
Proposta Curricular da Disciplina de Língua Estrangeira Moderna 148
Proposta Curricular da Disciplina de Matemática 152
Proposta Curricular da Disciplina de Língua Portuguesa 162
Proposta Curricular da Disciplina de Química 174
Proposta Curricular da Disciplina de Sociologia 182
Anexo II 188 Projetos 189





APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino busca explicitar as ações pedagógicas desenvolvidas pelo corpo de professores, funcionários, equipe pedagógica, área administrativa, alunos e pais, entendendo todos estes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem como integrantes da Comunidade Escolar, e responsável pelo êxito da formação plena dos alunos.
Além de nortear o trabalho do colégio, o Projeto Político Pedagógico visa envolver a Comunidade Escolar no compromisso político e pedagógico da formação dos alunos.
Neste sentido, quanto maior a participação da Comunidade Escolar na elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico, maior será o seu compromisso em levar adiante as prescritivas do mesmo.
Por se tratar de um documento que não se apresenta de forma acabada, uma vez que o trabalho didático-pedagógico precisa constantemente ser reavaliado e repensado, o Projeto Político Pedagógico necessita estar na pauta cotidiana de trabalho dos envolvidos com o processo educativo, para que a contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária possa se efetivar.
Sabemos, contudo de limitações do trabalho da escola, em relação às intervenções na sociedade, pois:

A relação entre ensino e aprendizagem é um fenômeno complexo, pois diversos fatores de ordem social, política e econômica interferem na dinâmica da sala de aula, isto porque a escola não é uma instituição independente, está inserida na trama do tecido social. Desse modo, as interações estabelecidas na escola revelam múltiplas facetas do contexto mais amplo em que o ensino se insere. 1

Mesmo tendo os fatores sociais, políticos e econômicos como seus principais determinantes, a escola é, como afirma Saviani, determinada pela sociedade na qual está inserida, porém também pode apresentar-se como determinante desta mesma sociedade:

... sendo esta determinada de forma absoluta pela sociedade, isso significa que se ignora a categoria de ação recíproca, ou seja, que a Educação é, sim, determinada pela sociedade, mas que essa determinação é relativa e na forma da ação recíproca – o que significa que o determinado também reage sobre o determinante.2

Neste sentido, impõe-se o desafio à Comunidade Escolar, de lutar por condições físicas, materiais, políticas e pedagógicas, a fim de tornar o espaço escolar apto a instrumentalizar e preparar de forma real e possível o educando, para que a escola deixe de ser somente determinada e passe a ser determinante.



























1. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio está situado na Rua Abbi Rosa Lino Vivian, s/n, no Distrito de Sede Alvorada, Município de Cascavel.
Localizado nas proximidades da BR 467 entre Cascavel e Toledo, atende a alunos da sede do Distrito de Sede Alvorada e de localidades vizinhas, tais como: Ipiranga, Chaparal, São Pedro, Esquina Memória, Gramado, São Roque da Lopei ePlanaltina.
A criação da Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet foi autorizada pela Resolução nº. 464/90 em 13/02/1990, pela Secretaria do Estado da Educação, e reconhecida em 17/09/1992 pela Resolução número 3057/92 desta mesma secretaria.
No ano de 2005, a escola recebeu, através dos alunos e seus responsáveis, tanto desta comunidade como de outras comunidades vizinhas, pedidos no sentido de que se tenha a oferta também do Ensino Médio.
Até então, a oferta do Ensino Médio vinha sendo feita no Município de Toledo, com o transporte dos alunos por parte da Secretaria de Educação do Município de Cascavel. No entanto, a escola foi comunicada de que a partir do ano de 2006 a Prefeitura Municipal de Cascavel, por meio da Secretaria Municipal de Educação, não mais faria o transporte escolar destes alunos.
Neste sentido, o oferecimento do nível de Ensino Médio aos alunos da comunidade e comunidades vizinhas pela Escola Pedro Ernesto Garlet, se tornou uma necessidade, já que a distância de outros estabelecimentos onde o Ensino Médio é ofertado ocasionava a impossibilidade de muitos alunos frequentarem este nível de ensino.
A partir desta necessidade, foi iniciado o processo de implantação do Ensino Médio da escola, que a partir da implantação, no ano de 2006, passou a se chamar Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio.
O transporte dos alunos que moram na zona rural até Sede Alvorada continuou sendo feito pela parceria Estado/Município, da mesma forma que já vinha ocorrendo no período Matutino, quando eram transportados os alunos da Escola Estadual e da Escola Municipal.
Atualmente, o Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, conta com treze professores, uma professora de sala de recursos, uma secretária, um auxiliar administrativo, dois pedagogos, um diretor, duas responsáveis pelos serviços gerais e uma merendeira.
o Colégio atende, a partir da implantação do nível de Ensino Médio, a uma demanda de 174 alunos, distribuídos em sete turmas, sendo uma de cada série a partir da 5ª série com 26 alunos, 6ª série com 34 alunos no peri udo vespertino, 7ª série com 28 alunos, 8ª série com 25 alunos, fundamental e o 1º ano do ensino médio com 20 alunos, 2º ano com 20 alunos e o 3º ano com 21 alunos esses frequentam o colégio matutina mente.
As turmas de 5ª e 6ª séries da sala de recursos têm o seu funcionamento no período vespertino, sendo que as outras turmas têm o seu funcionamento no período matutino. Isto se deve à falta de espaço físico, pois o prédio é utilizado pelo Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet e pela Escola Municipal Arthur Oscar Mombach.

1.1 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO

A partir de 1990, as 04 últimas séries do 1º Grau, até então de responsabilidade do município, da Escola Arthur Oscar Mombach, passaram para a dependência administrativa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, passando a denominar-se então, Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino de 1º Grau, com autorização de funcionamento e criação em 13/02/90, conforme Resolução nº. 464/90 da Secretaria do Estado da Educação. Foi reconhecida em 17/09/92 com o reconhecimento do 1º Grau pela Resolução nº. 3057/92.
Desde 1990, passaram pela direção da Escola Pedro Ernesto Garlet
1990 a 1992: Marlise Schmidt (Indicada pelo Núcleo Regional de Educação
1992 a 1998: Domingos Cappellesso (Indicado pelo Núcleo Regional de educação)
1998 a 2003: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar)
2003 a 2007: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar)




1.2 BREVE HISTÓRICO DO PATRONO DESTE ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Pedro Ernesto Garlet nasceu no dia 04 de julho de 1915, no município de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. Era filho de Félix e Catarina Daronch Garlet, ambos nascidos na Itália.
No ano de 1964 adquiriu terras em Sede Alvorada, Cascavel, vindo em 1967 para cá com sua família, sendo um dos pioneiros desta localidade.
Durante a década de 70, destacou-se juntamente com outras lideranças, pela implantação de diversos benefícios em prol da comunidade, tais como: escola, igreja, estradas, eletrificação rural, lutou pela implantação e funcionamento dos clubes 4-S, sindicato e cooperativa.
Em 1975 e anos subseqüentes, notabilizou-se juntamente com Arthur Oscar Mombach (in memória) e outros líderes na encampação da luta contra a permuta de Sede Alvorada para Toledo.
Vencida patrioticamente a questão, e continuando a pertencer para Cascavel, eis que, nova batalha os esperava: a criação do distrito administrativo de Sede Alvorada, conquistada anos mais tarde.
Em 1982, constatou-se sofrer de câncer, doença na qual Pedro Ernesto Garlet, combateu com resignação e paciência.
Lamentavelmente, aos 30 dias do mês de agosto de 1989, Pedro Ernesto faleceu em conseqüência do câncer.













2. OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio oferece atualmente o Ensino Fundamental e Médio. O tipo de formação perseguida pela Comunidade Escolar está explicitada ao longo deste documento.
Todavia, muitos dos objetivos em relação à formação pretendida aos alunos do Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio, vão de encontro aos itens citados na LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/1996, que postulam em relação ao Ensino Fundamental3:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Quanto às finalidades do Ensino Médio4:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.



3. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, e se apresenta como momento privilegiado deste processo, na forma de reflexão sobre o trabalho didático-pedagógico e posterior mudanças para melhorias.
No que se refere ao retorno para o próprio educando, a avaliação se traduz como instrumento necessário para a condução e acompanhamento dos seus estudos.
No entanto, buscando a superação dos modelos pontuais de avaliação e que, tem vistas somente na classificação do aluno, ela deve ser implementada dentro da escola de maneira a contemplar os avanços na transmissão e apreensão dos conhecimentos das várias disciplinas por parte do aluno.
A avaliação é um dos elementos do processo de construção da aprendizagem e por isso deve ocorrer de forma diagnóstica, contínua, permanente, cumulativa, criteriosa e qualitativa.

A avaliação diagnóstica consiste no fato de que o processo de efetivação da aprendizagem deve fornecer dados e informações essenciais à tomada de decisões a respeito das condições de continuidade e/ou retomada do ensino, bem como atribuir juízo de valor à aprendizagem efetivada, oferecendo condições para análise e julgamento dos aspectos quantitativos e qualitativos do processo construído (capacidade de análise crítica, associação, generalização e síntese manifesta em sua compreensão e reflexão sobre a realidade).
Processual, significa conceber a avaliação enquanto um dos elementos do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que se vincula diretamente aos objetivos, à metodologia, à seleção e organização dos conteúdos, à relação professor-aluno, à construção do saber.
Contínua porque se estende por todo o processo de mediação e de construção da aprendizagem, fornecendo elementos para sua análise e julgamento e pressupõe uma estrutura e uma organização curricular que possibilitem a continuidade/retomada do processo de ensino-aprendizagem, assim como formas contínuas de acompanhamento.
Cumulativa por oferecer um acompanhamento gradativo da complexidade do trabalho pedagógico e do processo de construção da aprendizagem, oferecendo elementos para análise dos avanços obtidos com relação à compreensão e reflexão sobre a realidade.
Critérios porque pressupõe a definição clara e objetiva dos critérios utilizados para análise, julgamento de qualidade e atribuição de valor à aprendizagem.
Esses critérios por sua vez, devem ser elaborados a partir das expectativas político-sociais, com relação à finalidade do trabalho pedagógico escolar, à função social do conjunto de conteúdos, à abordagem metodológica e à especificidade da área do conhecimento do nível e modalidade de ensino.
Qualitativa, tendo em vista que une qualidade e quantidade, pois estes são atributos inalienáveis, havendo uma combinação de aspectos qualitativos (capacidade de análise crítica, elaboração intelectual, estabelecimento de relações, etc.) e quantitativos (intensidade, tempo, valor, etc.) na avaliação.
O rendimento escolar mínimo exigido para aprovação é 6,0 (seis vírgula zero) por matéria ou disciplina, respeitando a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a aprovação.
O regime bimestral de notas para o controle da vida escolar do aluno é utilizado, de maneira a proporcionar ao educando condições de acompanhamento de seu aproveitamento dos conteúdos e de sua frequência.
Ao aluno que apresentar o rendimento escolar insuficiente serão fornecidas condições que lhe possibilite a apreensão dos conteúdos básicos necessários para o acompanhamento da turma. Isto ocorrerá através da recuperação paralela, que é oportunizada a cada avaliação, na qual não for atingido o objetivo proposto com a assimilação do conteúdo.
Dentro do processo avaliativo no trabalho do colégio, os outros envolvidos com o ensino-aprendizagem também terão ter seus momentos avaliativos.
Desta forma, o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores, também é avaliado, através da auto-avaliação por instrumentos como textos e questionários colocados à disposição dos professores na hora-atividade, além de outros momentos importantes destinados a avaliação do trabalho pedagógico, como reuniões pedagógicas e conselhos de classe, uma vez que este último também deve destinar-se à análise do trabalho desenvolvido pelo corpo docente, e não somente do desempenho dos educandos.
Os alunos e pais também terão seu espaço de avaliação do trabalho desenvolvido pelo colégio, assim como avaliar as ações por parte do poder público e mantenedor da educação pública, uma vez que a análise somente do trabalho desempenhado internamente por parte do colégio, não abrange todo o complexo sistema escolar.
As reuniões de pais e eventos proporcionados pelo colégio, são momentos importantes para os pais e alunos estarem avaliando o trabalho pedagógico desenvolvido, entendendo também, que os mesmos fazem parte do bom desempenho do processo de ensino-aprendizagem.

3.1 Avaliação
Em relação à avaliação, buscar fazê-la de forma qualitativa e não quantitativa, valorizando o trabalho de sala de aula, e através de grupos de estudo e discussões entre os professores, encontrar melhores metodologias avaliativas, evitando somente classificar e excluir os alunos considerados “não aptos” a aprender.
Os demais envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem (professores, equipe pedagógica, direção, equipe de apoio) também necessitam de momentos avaliativos, como reuniões e encontros para haver uma socialização intermediada por materiais bibliográficos que fundamentem e orientem suas ações, de forma que toda a comunidade escolar também possa ser avaliada.

3.2 Avaliação Institucional:
A Avaliação Institucional tem sido desenvolvida pelo mantenedor do colégio, através de instrumentos de avaliação e orientação da SEED/SUED/CEPE enviados e discutidos pela comunidade escolar, em reuniões e espaços apropriados para este fim com todos os envolvidos no trabalho do colégio.
Além da avaliação advinda do Estado, a escola tem concomitante a este processo a sua avaliação institucional que se dá através de questionários, onde é avaliada toda a comunidade escolar, bem como a prestação de serviços e espaço físico.
Fazem parte do conjunto de aspectos, serviços e setores avaliados:
a)- Espaço Físico
b)- Direção
c)- Equipe Pedagógica
d)- Professores
e)- Funcionários
f)- Qualidade da prestação dos serviços oferecidos nos diversos setores da escola (professores, merenda, biblioteca, secretária, direção, equipe pedagógica)
g)- Além dos itens a que todos são submetidos dentro dor processo de avaliação, todos, ou seja, avaliado e avaliadores devem fazer as suas próprias auto avaliação.
Os professores avaliam a Direção e equipe pedagógica, biblioteca, condições físicas e materiais para do trabalho pedagógico, e demais setores, da escola.
Os alunos realizam avaliação semelhante dos professores, avaliando o trabalho dos mesmos e auto avaliando-se.
A todos que participam da escola, quer seja, alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e direção, são solicitado que façam sua auto avaliação como forma de aperfeiçoamento pessoal e da instituição.

3.3Recuperação Paralela:
É um direito do aluno e é um dever do colégio oportunizar a recuperação paralela, não apenas da nota, mas sobre tudo dos conteúdos em que não foram atingidos de modo integral dos objetivos. Nos casos das avaliações que decorram da recuperação paralela observe-se o que rege o regimento interno, no qual exige que, o aluno em caso de falta, justifique a mesma, através das formas legais, ou seja, atestados médicos ou odontológicos, ou declaração de fé, por parte dos pais no caso de outros motivos de força maior. A recuperação paralela deverá estar acontecendo em período mais próximo possível do que conteúdo tenha sido apresentado pela primeira vez. Pede-se que o professor procure oportunizar ao aluno outras formas de apreensão e verificação do conteúdo em defasagem.

3.4 Dos Conselhos de Classe:
No ano de 2008 serão em número de quatro distribuídas ao longo do ano, precedidos de pré-conselhos os quais serão realizados na hora atividade de cada professor. As datas dos conselhos serão: 30 de Abril; 11 de junho; 29 de Setembro e 12 de Dezembro. A participação no conselho é de caráter obrigatório e as datas foram programadas para que todos os envolvidos possam participar.


3.5 Das Reuniões Pedagógicas:
Aconteceram neste ano de 2008, uma reunião pedagógica no dia 29 de fevereiro; Este momento constituem-se em espaço privilegiado de formação, troca de ideias e experiências além de uma oportunidade singular de avaliação do trabalho pedagógico.







4. MARCO SITUACIONAL

O Distrito de Sede Alvorada está localizado entre duas importantes cidades do Oeste do Estado do Paraná: Toledo e Cascavel. A primeira fica aproximadamente a 15 km e a segunda, aproximadamente a 25 km da sede do distrito.
Na sede do Distrito de Sede Alvorada, a população conta com uma modesta rede de serviços e casas comerciais, sendo que as atividades que marcam a vida social da comunidade concentram-se no Salão Comunitário da Igreja Católica no Clube 12 de Outubro.
O Distrito de Sede Alvorada possui uma área de solos férteis na ordem de 9.000 alqueires, onde mais ou menos 70% desta área são ocupados por pequenos e médios produtores rurais.
Destacam-se na produção agrícola local produtos como soja, trigo e milho. Já na pecuária, temos a avicultura, a suinocultura e o gado leiteiro. Em algumas propriedades, destaca-se também a piscicultura.

4.1 Perfil sócio-econômico-cultural da comunidade escolar.

O perfil sócio-econômico-cultural da Comunidade Escolar do Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio foi evidenciado através da aplicação e tabulação de um questionário junto aos alunos que frequentam o colégio.
No questionário aplicado, foram respondidas questões relevantes à caracterização da Comunidade Escolar, buscando fatores sócio-econômico-culturais que influenciam no trabalho pedagógico desenvolvido pelo colégio.
A seguir, serão evidenciados os principais dados obtidos em cada pergunta respondida no questionário pelos alunos e suas famílias, enfatizando as três ou quatro maiores incidências nas respostas (dependendo da importância da pergunta para as possíveis intervenções didático-pedagógicas):



Em relação ao estado civil dos pais, 80% são casados, 7% amigados e 5% separados.
Quanto ao número de filhos, 54% das famílias são constituídas de 01 a 02 filhos e 44% possuem de 03 a 05 filhos.
O levantamento da escolaridade do pai mostra que 50% possuem de 1ª a 4ª; 31% de 5ª a 8ª e somente 19% concluíram o ensino médio.
Em relação à escolaridade da mãe, 44% possuem de 1ª a 4ª série; 33% de 5ª a 8ª e somente 14% têm o ensino médio.
A maioria das famílias tem como responsável pelo sustento o pai, seguido da mãe.
Sobre a profissão do pai, 54% são agricultores, 6% operadores de máquinas e 4% motoristas, 4% auxiliar de produção, 4% serviços gerais.



Em relação à profissão da mãe, 32% são do lar, 18% são agricultoras e 10% domésticas.
No levantamento a respeito do meio de sobrevivência das famílias, 62% dependem da agricultura, 27% são empregados diversos e 23% são da pecuária. (Nesta questão, alguns responderam mais de uma opção).



Quanto à renda familiar, 43% recebem de 1 a 2 salários mínimos, 28% de 3 a 5 salários e 11% recebem mais de 5 salários mínimos.

Em relação ao desemprego das famílias da comunidade, 23% estão nesta situação.
Na comunidade, segundo os questionários, 67% dos alunos não trabalham.
Sobre fazer parte ou não de programas sociais do governo, 81% das famílias não fazem parte de nenhum programa e 10% fazem parte da Bolsa Família.
A respeito da moradia, 67% possuem casa própria, 20% moram em casas cedidas e 7% moram em casas alugadas.










Sobre o tamanho das famílias, 67% são constituídas de 4 a 6 pessoas e 23% de 1 a 3 pessoas.
Em relação aos benefícios que a residência dos alunos possui: 96% possuem luz, 73% possuem telefone, 65% utilizam água de poço/mina, 40% utilizam água tratada, 20% possuem rede de esgoto, 18% têm acesso à internet e 7% têm asfalto em frente da residência.
Sobre aparelhos/máquinas nas residências, 96% possuem televisão, 97% geladeira, 91% máquina de lavar roupa, 91% rádio, 71% têm aparelho de som, 37% DVD, 35% computador em casa e 24% vídeo cassete.
Em relação às atividades de lazer e cultura das famílias, 52% vão ao clube da sede, 49% fazem passeios, 24% pescam, 11% tem outras atividades de lazer. (Nesta questão, alguns responderam mais de uma opção).
Quanto ao atendimento médico, 91% utilizam os serviços públicos (SUS), 17% usam convênios médicos e 7% utilizam atendimento particular. (Nesta questão, alguns responderam mais de uma opção).
A respeito da religião, 89% são católicos e 7% são luteranos e 4% não responderam a esta questão.


Em relação à localização da residência das famílias, 55% residem na sede do distrito, e 45% não residem na sede do distrito.
Quanto à locomoção até o colégio, 60% utiliza o transporte escolar e 37% vêm a pé.

Em se tratando da continuidade dos estudos, 80% dos alunos pretendem ingressar no ensino superior. Os principais cursos citados nas respostas foram: veterinária, agronomia e medicina.
Das famílias dos alunos que necessitam de serviços fora da sede de distrito, 64% vão até Cascavel e 50% vão até Toledo. (Nesta questão, alguns responderam mais de uma opção)
Quanto aos serviços que procuram fora da sede de distrito, as maiores incidências nas respostas foram mercado, lojas/comércio e saúde.
No que se refere à descendência da família, 71% são alemães, 45% são italianos, 6% poloneses e 12% outras descendências. (Nesta questão, alguns responderam mais de uma opção).



Em relação há quanto tempo às famílias residem na comunidade, 72% moram a mais de 05 anos, 14% de 01 a 02 anos e 10% de 02 a 04 anos.

Através da observação das informações obtidas pelo questionário sócio-econômico-cultural aplicado, podemos verificar alguns fatores.
A sede do distrito de Sede Alvorada é constituída por uma pequena comunidade, na maior parte formada por descendentes de alemães e italianos, ainda que vivam na região pessoas de outras etnias, atraídas pelos empregos ofertados, sobretudo, nas atividades ligadas à agricultura.
A agricultura é a base econômica do Distrito de Sede Alvorada, sendo que a colonização desta região, que veio a torna-se Distrito de Cascavel, data do final da década de 1950, quando tiveram início os primeiros movimentos de colonização, via derrubada da mata e mecanização da terra para cultivo.
Os alunos que constituem a demanda da escola são em sua maioria filhos de agricultores e/ou funcionários de empresas ligadas ao ramo agropecuário e/ou pecuário.
A situação sócio-econômica da maioria dos alunos que frequentam o colégio é caracterizada pela classe média, com alguns alunos carentes, sendo que são advindos de famílias de proprietários de terras de pequeno e médio porte, responsáveis pela renda familiar.
Por se tratar de um colégio de pequeno porte, inserido numa comunidade pequena5, uma das características que permeiam as relações entre professores e alunos, é o conhecimento entre as famílias, especificidade esta, pertencente às comunidades pequenas.
Como os integrantes da comunidade são em sua maioria moradores antigos, as famílias acabam se conhecendo, até mesmo através de encontros em atividades fora da escola, como festas, eventos, cultos religiosos, etc., formando em muitos casos, laços estreitos de ligação.
Em relação às famílias dos alunos, são em sua maioria de relacionamentos estáveis, sendo que a maioria dos alunos mora com pais legalmente casados.
Por ter sua base econômica na agricultura, a vida econômica dos habitantes do distrito, fica condicionada às variações do mercado agropecuário, que oscila em relação às políticas de governo para a agricultura, ao mercado externo, à taxa cambial, entre outros.
Outro aspecto relevante é a necessidade de manutenção periódica das estradas vicinais que interligam a sede do distrito com localidades vizinhas, já que mais da metade dos alunos matriculados no colégio necessita do transporte escolar.
Desta forma, se as estradas não oferecem condições de tráfego, em dias de chuva o transporte acaba não passando em muitos pontos, impossibilitando a vinda de muitos alunos até o colégio.
A compreensão da realidade social na qual o Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet está inserido, é essencial para o entendimento dos aspectos sócio-econômico-culturais que influenciam na aprendizagem e formação dos alunos.
Desta forma, muitas informações contidas nos questionários respondidos pelos alunos e suas famílias, tem relação direta com o contexto social mais amplo, este, determinante também do processo educativo do colégio.
Em relação à totalidade global da qual o Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet faz parte, entendemos a sociedade atual como uma sociedade letrada, altamente industrializada, com grande desenvolvimento científico, tecnológico e informacional, com economia e finanças globalizadas, com trabalho e produção re-estruturados e com uma diversidade cultural ampla.
Porém, esta sociedade apresenta grande desigualdade social, com uma massa de população marginalizada pelo sistema capitalista que tem como base principal a propriedade privada.
No contexto brasileiro, a grande concentração de renda por uma minoria elitizada da população, gera problemas sociais que interferem diretamente no espaço escolar, como o desemprego, a falta de saúde, alimentação, moradia, dentre outros.
Apesar de dispor de altas tecnologias que historicamente foram construídas pela capacidade de transformação da natureza pelo trabalho do homem, a nossa sociedade atual impede o acesso a estas tecnologias por parte da grande maioria da população, ficando restrito o seu acesso a uma minoria que detém uma enorme acumulação de renda.
Assim, o montante da população que não detém os meios de produção, necessita vender sua força de trabalho, sendo esta sua única fonte de sobrevivência.
Outra característica de nossa sociedade atual é o individualismo e o consumismo, influenciado pelos meios de comunicação e pela mídia, fornecendo ao sistema capitalista condições de reproduzir-se, já que uma de suas bases fundamentais é a produção e consumo. Desta forma, quanto mais consumidores alienados, melhor será sua implementação e continuidade.
Assim, a escola necessita promover através da transmissão e apropriação dos conhecimentos historicamente acumulados, a instrumentalização do aluno, de maneira que este possa intervir na realidade em que vive, superando com criticidade, o papel de consumidor que o sistema capitalista prescreve.
O contexto social onde a escola deverá atuar caracteriza-se pela própria prática social, esta entendida como as relações sociais pautadas pelas contradições existentes na interação entre os homens e o meio social no qual estão inseridos.
Questionar “o quê”, o “por que” e o “para que” da ação docente, é ampliar a compreensão da ação pedagógica articulada com o contexto social.
O professor deve desenvolver o ato educativo fazendo o diagnóstico dos conhecimentos que os alunos possuem, para a partir daí, fazer a articulação com o que eles não sabem, articulando o conhecimento local com o universal.
A educação como prática social incorpora significado social também na prática docente, implicando em compromisso, cientificidade, coletividade, competência e comunicabilidade entre os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.
Assim, um dos principais papéis da escola está em propor objetivos de ensino articulados às necessidades sociais, de maneira que possa formar alunos aptos a interagirem na sua própria prática social, de maneira a transformá-la.
Como a escola será um espaço democrático, ela servirá a todas as crianças, jovens e adultos que necessitam do acesso à educação, de maneira a alcançar o propósito de melhorar os níveis de escolarização da população como um todo, para sua autonomia como pessoas críticas e conscientes, e para muitos, de sua situação de explorados, como ponto de partida, na busca da superação desta situação.
Para este processo de formação emancipatório do ser humano, a escola oferecerá ferramentas aos alunos, ferramentas estas, que se caracterizam no conhecimento científico produzido historicamente pela humanidade, envolvendo toda Comunidade Escolar e também sua mantenedora (o Estado), para sua mobilização e organização.
Cada agente educativo tem o seu papel no processo da transformação social.
A família deve oferecerá o suporte educativo aos alunos, lhes repassando valores, tipos de condutas, compromisso e responsabilidade.
Já o professor e envolvidos diretamente com o processo educativo, têm o papel de fornecer, através da mediação, os vários saberes necessários para uma formação científica que propicie ao aluno, a capacidade de enfrentar os desafios que se impõe para a transformação social.
A escola oferecerá aos alunos experiências referentes ao desenvolvimento das capacidades de comunicação, cognitivas, as de técnicas operacionais por meio das várias disciplinas trabalhadas para lhes propiciar condições de interação na prática social em que vivem de maneira crítica e consciente.
O contato com a escola faz o aluno desenvolver sua capacidade de aprender e de compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade.
Enfim, o aluno adquirirá uma experiência integrada, que favoreça seu desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, estimulando o enfrentamento de suas incertezas.
Atualmente a escola apresenta um ambiente heterogêneo, caracterizado pela diversidade cultural e pluralidade entre as pessoas.
Dessa forma, o professor de hoje necessita de uma formação global para trabalhar com toda essa complexidade, tendo que desenvolver a capacidade de confrontar-se com problemas e buscar alternativas para o êxito da relação ensino-aprendizagem, já que cada aluno é singular, tem seus valores, crenças, hábitos, saberes, padrões de conduta, trajetórias peculiares e possibilidades cognitivas em relação à aprendizagem.
Além disso, é necessário investimento nas instalações físicas, recursos materiais pedagógicos, tecnológicos e informacionais, biblioteca, laboratórios e mobiliário.
A escola necessita de condições físicas, materiais, equipamentos adequados e suficientes para o desenvolvimento de todas as atividades pedagógicas, bem como de profissionais formados e valorizados.
Os processos de aprendizagem passarão pela ação baseada na reflexão sobre a prática pedagógica, através da qual o professor deve tomar consciência das dificuldades que enfrenta nas suas práticas educativas para repensar sobre estas mesmas práticas, sobre situações conflituosas na relação com os alunos e para melhorar as metodologias de trabalho.
Para desvendar as causas da evasão e repetência escolar é necessário fazer uma análise coletiva, onde os problemas possam ser acompanhados por todos os professores e profissionais buscando alternativas e sugestões de melhoria, podendo apontar as mudanças necessárias para se obter uma aprendizagem de qualidade.
É necessário desenvolver processos mentais de auto-regulação e de promoção da aprendizagem com emprego de novos processos de pensamento: hipotético, problematizador, crítico, criativo, capazes de sistematizar as informações.
Exige-se ainda do professor e envolvidos no processo educativo, o preparo para trabalhar em grupo, de maneira a terem iniciativa e propor novas alternativas para os desafios do cotidiano escolar.
Há uma necessidade de dividir com a família o compromisso e apoio necessários para o bom andamento da aprendizagem dos alunos.
A participação dos pais e o compromisso por parte da família e principalmente por parte do aluno, são essenciais no processo de transformação social, utilizando a escola como elemento determinante para a aquisição de conhecimentos necessários para este intento.
A formação inicial e continuada dos profissionais da educação, de modo geral, necessita ser repensada em função da evolução das condições de trabalho, das tecnologias ou do estado dos saberes.
A formação inicial dos professores com ênfase ao compromisso político e social do trabalho educativo, integrará as transformações da profissão docente que se encontra cada vez mais em vias de profissionalização, uma vez que uma boa formação docente propicia aos alunos condições mais adequadas para sua formação plena.
É preciso reconhecer os aspectos humanos no processo formativo do professor para que este possa desempenhar o seu papel de mediador de maneira mais empática, ou seja, com vistas a compreender os processos psicológicos e emocionais pelos quais os alunos passam na sua vida escolar e social.
Atualmente, a escola possui um alto índice de professores e funcionários com formação inicial adequada. O quadro de docentes e gestores apresenta-se com formação em nível de ensino superior e o quadro de serviços gerais apresenta-se com formação em nível de ensino fundamental e médio. Portanto, a escola corresponde com as necessidades específicas de cada segmento de professores e funcionários.
A formação continuada apresenta-se bastante diversificada, contando com concepções, conteúdos e métodos que implicam no trabalho pedagógico, seja no aspecto político, culturais e/ou profissional.
A formação continuada contribui para a melhoria do ensino, além da profissional. Portanto, os programas de formação continuada incluirão saberes científicos, críticos, didáticos, relacionais, saber-fazer pedagógico e de gestão; podem ser realizados nas modalidades presencial, semi-presencial ou à distância.
De acordo com a realidade escolar, muitos professores e gestores tiveram ou estão tendo uma formação continuada em cursos de pós-graduação e cursos de capacitação. Porém, sabendo que a formação continuada é uma exigência para os tempos atuais, sendo fundamental a reflexão constante, muitos profissionais da educação reivindicam formação contínua e melhores condições de trabalho, seja através de estudos em cursos, programas, projetos e valorização salarial.
A avaliação dos programas de formação continuada para a educação precisa considerar as características dos participantes, o ambiente em que se realizam as atividades e sua duração, assim como aos propósitos do programa e quais mudanças pretende realizar na prática pedagógica e na organização escolar.
Viabilizar um tempo maior para reuniões, encontros entre os professores e demais profissionais que atuam na escola para discussões e sugestões do próprio trabalho desenvolvido no espaço escolar, também é essencial para possíveis intervenções nas ações pedagógicas desenvolvidas.
A formação continuada é um direito de todos os trabalhadores em educação, na perspectiva da especificidade de sua função.
Para um ensino qualificado, além da formação adequada, também são necessários concepções de metodologias e materiais didáticos adequados, assim como os equipamentos físicos necessários para a realização das atividades pedagógicas.
Observa-se que os materiais pedagógicos mais utilizados pelos professores são os livros didáticos aplicado às respectivas séries. Além deles, os professores fazem uso de outros materiais ou recursos didáticos como mapas, jornais, revistas, cartazes, retro-projetor, vídeo-cassete, DVD, quadro negro, giz e jogos educativos em geral.
É necessário que cada material seja utilizado de maneira adequada, planejada, criativa e organizada de acordo com o conteúdo proposto.
Definida uma avaliação estrutural composta pela parte física e material da escola, tem-se uma compreensão do processo metodológico aplicado e da importância no uso adequado dos diversos recursos, visando à melhoria no aprendizado.
Valorizar de maneira intelectual o significado do uso de equipamentos físicos e pedagógicos no espaço escolar é entender as várias estratégias cognitivas presentes no processo de humanização da criança ou adolescente, já que estão articulados às necessidades de conhecimento do real para o aluno e não apenas como atividades lúdicas.
Portanto, as condições de trabalho precisam ser mais valorizadas, pois os trabalhadores em educação necessitam de recursos didáticos, físicos, materiais, valorização salarial, entre outros.
São necessárias melhorias contínuas, investindo no porte físico e estrutural da escola, adquirindo equipamentos tecnológicos mais modernos, além da manutenção, ampliação, ajustes e mudanças quanto à estrutura, distribuição física e material da escola.




5. GESTÃO DEMOCRÁTICA

Quanto às relações de trabalho desenvolvidas na escola, estas são democráticas, havendo respeito pela diversidade cultural e valores de cada um, assim como o respeito ao caráter ético da atividade de ensino.
A gestão da escola é realizada de forma integrada a fim de alcançar um objetivo comum através da cooperação e coordenação aos colaboradores.
O trabalho do professor abrange funções pedagógicas, sociais e políticas, além da transmissão do conhecimento aos alunos.
Enfim, o trabalho na escola exige e articula a participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores, alunos, funcionários, pais e outros, para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, e isto se dão através de reuniões, encontros e eventos promovidos pelo colégio em conjunto com a APMF.
O trabalho na escola é um processo de construção contínua, nunca é pronto e acabado. Fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas: econômica, social, política, educacional e cultural.
Portanto, as relações de trabalho na escola são caracterizadas por um processo coletivo, onde todos contribuem para a construção de um futuro a fazer.
As relações de trabalho devem ser calcadas nas atitudes de solidariedade, reciprocidade, participação coletiva, dialógica, descentralizada do poder, emancipatória, transformadora e ética.
A participação dos pais ou responsáveis pelos alunos, articula a socialização do poder e seus pressupostos, eliminando o individualismo e formando cidadãos capazes de participar na vida sócio-econômica, cultural e política da escola e da sociedade.
Esta participação dos pais deve ser instigada através de momentos onde os pais ou responsáveis possam se sentir como parte do conjunto da comunidade escolar, como eventos, reuniões e encontros com os outros integrantes da comunidade escolar.
Desta forma, a participação dos pais pressupõe a concepção de uma sociedade mais democrática, justa, igualitária, formando um cidadão mais crítico, participativo, responsável, criativo, considerando a existência de uma escola transformadora, autônoma, emancipadora, num mundo com igualdade para todos.
Além disso, a participação dos pais assegura a transparência das decisões e legitimidade da participação na construção de instrumentos de gestão democrática, através de eleições para diretores, constituição de Conselhos, APMF e aplicação dos recursos financeiros.
A participação de todos no processo de tomada de decisão leva a uma descentralização deste processo, proporcionando uma redistribuição do poder.
A teoria é decorrente da análise da prática, e, portanto, as categorias da historicidade, totalidade, movimento e contradição devem passar por um processo de conscientização, fazendo com que o professor reflita sobre o seu trabalho, por que faz e como faz, estabelecendo o confronto entre como está sendo desenvolvida à ação pedagógica e como reconstruí-la para fazer coisas diferentes do que sempre faz.
E isto somente é possível articulando o espaço-tempo escolar, de modo a promover a troca de experiências e informações úteis ao trabalho pedagógico, principalmente entre os docentes. A hora-atividade e grupos de estudo são espaços de tempo importantes para a contínua avaliação do trabalho desenvolvido em sala de aula.
O discurso deve ficar mais próximo da prática, uma vez que assume papel didático como possibilidade de compreender esta mesma prática, constituindo indicativos teóricos sobre o saber docente e a possibilidade de contribuir com a profissionalização e autonomia do professor e do aluno.
A discussão integrada dos profissionais faz a prática pedagógica tornar-se também um processo de reflexão e aprendizagem, ou seja, o professor ensina e aprende. É um processo interativo entre professores, que envolve alunos e conhecimento.
A prática docente é contextualizada historicamente, ou seja, os determinantes sociais interagem nas relações pedagógicas e por isso precisam ser discutidos.
Contudo, em nossa escola, a prática está caracterizada de acordo com as relações entre conteúdo e forma, objetivo e avaliação, efetivadas pelos professores durante as aulas.
Há uma interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente.
Produção, transmissão e assimilação dos conhecimentos são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do trabalho pedagógico, ou seja, o currículo propriamente dito.
A prática docente não pode ser separada do contexto social. É preciso buscar novas formas de organização curricular visando a reduzir o isolamento e a fragmentação entre as diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais amplo.
Desta forma, é necessário desenvolver um processo de ensino-aprendizagem aperfeiçoando as metodologias de ensino.
À hora-atividade, reunião pedagógica e os conselhos de classe são espaços privilegiados para discussão e análise das práticas educativas da escola.
De acordo com a situação atual da escola, as carteiras são distribuídas e organizadas em fileiras (método tradicional), e o quadro negro é instalado na parede como principal recurso disponível para o professor em sala de aula.
As turmas são organizadas e distribuídas por turno, onde cada professor ministra suas aulas de acordo com sua especificidade.
O funcionamento dos turnos está classificado em diurno (matutino e vespertino) atendendo o ensino fundamental e médio.
Os professores geralmente utilizam a hora-atividade para realização de outras atividades fora da sala de aula, como a preparação de provas, seleção de materiais de ensino, registros de avaliação, comunicação com os pais, planejamentos de aulas, etc.
O fazer cotidiano dos professores durante as aulas, quando tomado pela rotina das atividades propostas, umas após outras, sem aprofundar-se em implicações desse fazer, fica restrito a essas ações, ou seja, é uma descrição da rotina do professor como se resumisse em formar as filas dos alunos, explicar a matéria, propor exercícios e corrigi-los.
O trabalho docente é muito mais que isso. Portanto, os professores podem construir uma prática mais aproximada da realidade, sabendo utilizar-se do tempo para articular suas ações com as finalidades de uma educação mais emancipadora no contexto social.
Neste aspecto, é essencial aos envolvidos pelas práticas pedagógicas, administrar o tempo e o espaço onde atuam, de maneira a transformar suas práticas pedagógicas e sociais.
Na prática, a administração do espaço-tempo escolar deve ser organizado de maneira a proporcionar um maior aproveitamento das contribuições que cada um pode dar ao bom andamento do processo ensino-aprendizagem.
Assim, a hora-atividade e encontros com grupos de estudo deverão ser realizada de forma integral no colégio para um melhor aproveitamento pelos envolvidos no trabalho pedagógico do colégio, com a disposição de textos e materiais importantes para os professores, equipe pedagógica e direção.
Para uma melhor organização interna ficará fixado em mural o cronograma de Hora Atividade de todos os professores, bem como o registro das ações pedagógicas, em folha própria no livro ponto do colégio.


6. MARCO CONCEITUAL

Os esforços despendidos pela nossa Comunidade Escolar, vão em busca de uma sociedade mais justa, igualitária, democrática, autônoma, emancipadora, que deve servir a todos os cidadãos, com alunos responsáveis, críticos e participativos.
Sabemos da existência de determinantes sociais, políticos e econômicos que influenciam diretamente no trabalho da escola, porém, se compreendemos a prática social como ponto inicial da ação educativa da escola, faz-se necessário que a escola possa intervir, dentro de suas especificidades, nesta prática social.
Assim, fugindo de uma análise re produtivista do papel da escola, onde esta é determinada em última instância pela sociedade, uma visão dialética de relação entre a sociedade e a educação deve embasar o trabalho pedagógico, uma vez que a educação é determinada pela sociedade, mas de maneira recíproca, também pode ser sua determinante.
Nas afirmações de Saviani, a educação “... ainda que elemento determinado, não deixa de influenciar o elemento determinante (a sociedade). Ainda que secundário (o papel da escola), nem por isso deixa de ser instrumento importante e por vezes decisivo no processo de transformação da sociedade”.6
A escola que queremos deve ser transformadora, e para desempenhar este papel, deve repassar os conhecimentos historicamente acumulados, através dos vários saberes, instrumentalizando o aluno de maneira a torná-lo um cidadão crítico, que tenha autonomia para intervenções na sociedade que vive.
A instrumentalização do aluno com o conhecimento, deve ser um dos principais objetivos da educação, pois “... O conhecimento nos diferentes âmbitos do saber é uma poderosa ferramenta para analisar e compreender as características, os determinantes e as consequências do complexo processo de socialização reprodutora.” 7
Neste sentido, buscamos formar um aluno capaz de repensar a sociedade de modo geral, emitindo suas opiniões e tendo ações transformadoras para a melhoria desta mesma sociedade onde vive e atua.
A prática social deve ser o ponto de partida do trabalho pedagógico desenvolvido no âmbito escolar, para que haja uma leitura crítica desta prática por parte dos alunos e envolvidos com o trabalho escolar.
O conhecimento é construído a partir do trabalho do homem no processo histórico de transformação do mundo e da sociedade, inclusive com a reflexão sobre esse processo.
Desta forma, “... o conhecimento se origina na prática social dos homens e nos processos de transformação da natureza por ele forjados. [...] Agindo sobre a realidade os homens a modificam, mas numa relação dialética, esta prática produz efeitos sobre os homens, mudando tanto seu pensamento, como sua prática.”8
Para haver a intermediação entre os conteúdos adquiridos pelos alunos no espaço escolar com a realidade global, a totalidade da prática social e histórica, faz-se necessário a teorização sobre a prática social.
Através da teorização sobre a prática social, passa-se do senso comum particular para os conceitos científicos e universais que permitem a compreensão dessa realidade em todas as suas dimensões.
A análise da prática social e sua teorização proporcionam aos professores e alunos, retornarem à prática social, mas com uma melhor compreensão dos fenômenos sociais, com a possibilidade de transformação desta prática, ao mesmo tempo em que o sujeito envolvido com esta transformação também se transforma.
Entendemos necessárias algumas mudanças nos conteúdos curriculares, valorizando as disciplinas humanas, buscando maior interdisciplinaridade entre todas as disciplinas, de modo que a formação do aluno possa estar vinculada à realidade social em que vive, para que esta possa ser transformada.
Ter uma escola inovada, prescreve em muitos aspectos, ir no caminho contrário da escola atual que temos, esta que se apresenta sem muitas condições, sem espaço físico adequado, materiais pedagógicos, laboratórios, computadores, biblioteca, recursos humanos especializado, etc.
Faz-se necessário uma melhor valorização do professor, para que este inclusive tenha condições de aperfeiçoamento através de cursos e especializações.
A mantenedora da escola pública, ou seja, o Estado deve fazer maiores investimentos na educação, não fugindo de sua responsabilidade de fornecer uma educação de qualidade.
A qualificação do professor pode proporcionar melhores aulas, além de trazer conhecimentos necessários para que o professor faça sua escolha política e ideológica de educação, que embase sua prática pedagógica.
Uma vez que atua na educação pública, freqüentada pela massa trabalhadora, o professor deve ter uma opção ideológica que resgate ao aluno, através da transmissão e apropriação do conhecimento, a possibilidade de entendimento da prática social em que vive, para o aluno buscar a transformação desta prática, resultando numa prática social transformada.
Neste sentido, inculcar no aluno o compromisso social que a escola desempenha, principalmente no sentido de fornecer a ele condições de libertação de sua situação alienada na sociedade, é uma das grandes tarefas do trabalho desenvolvido pelos professores e demais envolvidos no processo educativo.

A formação do aluno será incrementada com a convivência e interação social, resgatando a importância da formação humanizadora, onde receberá concomitante a este processo a valorização de conteúdos e reflexões propostos pelas disciplinas como Filosofia e Sociologia, as quais passaram a partir de 2007 fazer parte da Base Nacional Comum .
Na situação atual do cotidiano escolar, é preciso resgatar no aluno o compromisso pelo estudo, de maneira que ele entenda o papel social da educação, e não como uma obrigação dos pais ou das leis vigentes.



8. MARCO OPERACIONAL

A partir dos apontamentos explanados até aqui, que em linhas gerais explicitam os principais aspectos que envolvem as práticas pedagógicas desenvolvidas no colégio, e também entendendo as possibilidades e limitações impostas pelo sistema educacional vigente, determinado em grande parte pelas políticas públicas para o setor social, citamos a seguir alguns itens a serem perseguidos pelo trabalho de toda comunidade escolar, a fim de propiciar condições físicas e pedagógicas para a implementação do trabalho didático-pedagógico do colégio.
Desta forma, a comunidade escolar dispensará esforços coletivos para a efetivação dos seguintes itens:

8.1 Gestão democrática:

Almejamos para nosso colégio, uma gestão democrática e participativa, ouvindo a opinião de toda Comunidade Escolar, para buscar cada vez mais, melhorias que propiciem o desempenho das ações formativas do aluno até aqui propostas.
É preciso construir práticas coletivas que possibilitem a participação nas decisões por parte dos envolvidos diretamente com o processo educativo, horizontalizando as relações de poder, pois através da gestão democrática, todos são considerados sujeitos no processo educativo, devendo ser tratados como tais.
Uma gestão democrática capaz de intermediar as relações e contradições existentes também no espaço escolar, contradições estas que também permeiam as relações sociais, e fundamentam a própria sobrevivência do homem em sociedade.
Apesar de formações diferenciadas por parte dos professores, a gestão democrática intermediará as concepções filosóficas e ideológicas dos envolvidos no processo educativo, de maneira a canalizá-las para objetivos comuns, traçados coletivamente por toda Comunidade Escolar.
Assim, a gestão democrática necessita ser colocada em prática nos pressupostos do Projeto Político Pedagógico da escola, tornando possível sua implementação de maneira concreta e material, uma vez que trata-se de um documento elaborado a partir da realidade concreta e material do colégio.
O envolvimento coletivo no desenvolvimento do trabalho da escola tem de ser cobrado e implementado pela gestão democrática, com vistas a proporcionar a formação plena do aluno, lhe oferecendo condições de continuidade nos estudos, com a possibilidade de uma maior participação na transformação e melhoria do meio em que vive.



8.2 Formação continuada dos trabalhadores em educação:

Para que o professor tenha uma maior autonomia nos encaminhamentos dados aos conteúdos trabalhados, sendo o grande mediador do trabalho em sala de aula, é necessário lhe proporcionar espaços e momentos de qualificação profissional de maneira contínua, para que o professor também possa desempenhar o seu trabalho de maneira crítica e com uma opção ideológica clara.
Resgatar o compromisso por parte da mantenedora da escola Pública de proporcionar estes espaços e condições de formação continuada através de ações reivindicatórias, também deve ser uma ação visando à melhoria da qualidade de ensino ofertada.
A valorização dos profissionais de educação por meio de melhorias salariais e incentivos, além de promover mais cursos de capacitação e momentos de estudos deve ser cobrada da mantenedora da escola pública.
Da mesma forma, o professor deve ter o compromisso político-pedagógico de aproveitar os momentos de reuniões, conselhos e grupos de estudo, para trocar experiências e refletir sobre sua prática em sala de aula.
A troca de experiências didático-pedagógicas pelas diversas disciplinas existentes, deve ser proporcionada, inclusive constando no calendário anual do colégio, de maneira a contemplar uma necessidade que hoje se apresenta no que se refere ao espaço-tempo dentro das escolas.
Também poderão ser viabilizadas parcerias com universidades, de maneira a possibilitar a formação continuada dos trabalhadores em educação.
Cursos, palestras, seminários, discussões e reuniões entre os profissionais atuantes em universidades e os envolvidos diretamente com o trabalho educativo do colégio, podem proporcionar importantes momentos de reflexão sobre a prática educativa, para sua melhoria e transformação.
Para que isto se concretize, é necessário a readequação e planejamento do tempo disponível no ambiente escolar, possibilitando no calendário escolar anual, momentos para esta formação continuada dos trabalhadores em educação.
Esta readequação deve ser feita com a intervenção e auxílio do Conselho Escolar, envolvendo toda a Comunidade Escolar, para criar possibilidades de disposição de tempo-espaço no calendário escolar, uma vez que os 200 dias letivos devem ser garantidos aos alunos.
8.3 Qualificação dos Espaços e Equipamentos:

Quanto à qualificação dos Espaços e Equipamentos, buscaremos em conjunto com a Comunidade Escolar, possibilidades de trazer melhorias para o colégio, inclusive reivindicando à mantenedora ampliação e readequação dos espaços hoje existentes, pois com a implantação do Ensino Médio, há necessidade de ampliar salas e demais dependências no colégio.
Deste modo, colocamos aqui as principais necessidades, estas que poderão ser superadas, a partir do compromisso e trabalho coletivo entre escola, pais e governo:
Ampliação da estrutura física do colégio, com espaços adequados para a direção, coordenação, biblioteca, laboratórios, ampliação do número de salas de aula, sala de hora-atividade, dentre outros.
Uma biblioteca com acervo ampliado de livros, revistas, materiais pedagógicos, mapas e demais materiais didático-pedagógicos, com funcionário do Estado responsável pelo atendimento à comunidade escolar.
Equipamentos de informática como computadores, impressora, scanner, máquina fotográfica digital, internet, bem como espaço físico apropriado para sua utilização por alunos e professores (laboratório de informática).
Laboratório e equipamentos para laboratório de físico-química/química/biologia de uso pelos professores e alunos, auxiliados por um(a) laboratorialista, sendo este, responsável pela manutenção e preparação dos equipamentos utilizados nas experiências e demonstrações.
Aquisição de materiais pedagógicos para utilização do processo ensino-aprendizagem, como mapas, livros, dicionários, jogos didáticos, acervo de fitas de vídeo, DVD, materiais escolares para os alunos, dentre outros.
Aquisição de mobiliários para os espaços físicos utilizados no colégio, como mesas, cadeiras, armários, estantes, dentre outros.
Entendemos, desta forma, a importância de existir um espaço físico mínimo necessário para que os profissionais e alunos envolvidos diretamente com o processo de ensino-aprendizagem possam desenvolver adequadamente um trabalho de qualidade.


8.4 Linhas gerais:
Com o auxílio dos professores, será feita a distribuição dos alunos por sala, garantindo a heterogeneidade;
Planejar organizadamente e proporcionar de forma proveitosa, momentos de confraternização, de palestras sobre temas atrativos e importantes para os pais ou responsáveis dos alunos, de forma a instigar nestes, o compromisso em participar da vida escolar dos filhos;
Garantir aos alunos atividades atrativas, pedagógicas, vinculadas a uma postura política crítica e emancipadora, tanto no cotidiano da sala de aula quanto nos eventos periódicos da escola, sendo estes últimos momentos de integração e união de toda Comunidade Escolar;
Elaborar projetos em parceria com todos os professores, equipe pedagógica e direção, sobre temas importante como: meio ambiente, paz, drogas, álcool, direitos e deveres, ética, consumismo, patriotismo, valorização das culturas regionais brasileiras, dentre outros temas pertinentes à formação plena do educando;
Formular um plano de ação para conscientizar a comunidade local e regional sobre a necessidade de preservação do meio ambiente em que vivemos, de forma que esta proposta envolva o colégio, subprefeitura, prefeitura, câmara de vereadores, empresas e instituições de Ensino Superior;
Organizar o cardápio do lanche do colégio promovendo um enriquecimento da dieta alimentar, inclusive aproveitando a horta do colégio, com projetos interdisciplinares. No espaço disponível existente no colégio, uma horta com temperos e legumes poderá ser cultivada, com o auxílio dos alunos, através de projetos nas disciplinas de ciências, biologia, educação física, e outras, de forma a enriquecer o conteúdo nutritivo da merenda do colégio;
Requerer às autoridades competentes, em conjunto com a comunidade, melhorias nas estradas, possibilitando aos alunos o acesso ao colégio, inclusive nos dias de chuva;
Trabalhar com a diversidade cultural, valorizando a predominância cultural da região, através de projetos envolvendo danças, contos, pratos típicos, vestuário, dentre outros.

Queremos ressaltar aqui, traçamos linhas de ações de maneira geral, apresentando as principais possibilidades de interferência na realidade escolar.
Porém, no decorrer da aplicação das mesmas em termos práticos, estão passíveis de complementação e alterações, adequando-se a novas necessidades que possam surgir no trabalho educativo (inclusive por segmentos, com fins á melhoria em todos os segmentos do estabelecimento).

9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Como documento norteador do trabalho desenvolvido por todos na escola, o Projeto Político Pedagógico não se apresenta de modo acabado, assim como o trabalho político e pedagógico desenvolvido pela escola.
O movimento dialético de buscar a prática social, teorizá-la e retornar a ela de maneira intervencionista, permeia todo o processo ensino-aprendizagem.
Da mesma forma, o movimento de colocar os pressupostos aqui explicitados também se apresenta de forma dialética, pois a necessidade de refletir sobre estes pressupostos leva a possibilidade de mudar até mesmo as ações educativas desenvolvidas pelos principais envolvidos no processo educativo.
Assim, serão necessários constantes momentos de parada no trabalho educativo, para muitas vezes repensar e mudar os rumos deste trabalho.
Pretendemos colocar este Projeto Político Pedagógico em prática, de maneira coletiva, da mesma forma com que foi elaborado pela Comunidade Escolar, bem como repensá-lo coletivamente, para que o compromisso seja assumido por todos aqueles que fazem do espaço escolar, um lugar possível de melhorar a sociedade na qual vivemos.
Desta forma, buscaremos fazer a avaliação do Projeto Político Pedagógico ao menos semestralmente, aproveitando o espaço das reuniões pedagógicas, utilizando materiais de apoio como: textos, livros, e outros, para fundamentar as discussões acerca do PPP.

10. QUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
1 - PESSOAL TÉCNICO E ESPECIALISTA

DOMINGOS CAPELLESSO
Graduação e Licenc. História
Pós-Graduação em História Social na Historiografia Contemporânea
DIRETOR

ROMANA ANDRÉA BARBIAN HOFF
Graduação em Administração e Pedagogia
Pós-Graduação em Recursos Humanos
e Gestão Empresarial
SECRETÁRIA

IRENE A DE CASTILHO SOUZA
Graduação em Pedagogia
PEDAGOGA


10.2 - Pessoal Docente
QUADRO DOCENTE - BASE NACIONAL COMUM

ARTES, ESPANHOL, PORTUGUÊS
IMÉLIA LURDES B. TONOLO
Letras – Licenciatura em Português e Inglês com
Pós-Graduação Didática e Metodologia de Ensino

BIOLOGIA, CIÊNCIAS, MATEMÁTICA, QUÍMICA
NANCI N. TESTE
Graduação Ciências Biológicas


MATEMÁTICA E FÍSICA
JANETE LOCH HOFF
Graduação em Ciêncas Biológicas

EDUCAÇÃO FÍSICA
CARLOS E PASTR
Graduação em Educação Física

EDUCAÇÃO FÍSICA
DELIANE EFFGEN
Graduação em Educação Física

EDUCAÇÃO FÍSICA
FÁBIO J SAUIM
Graduação em Educação Física

ARTES
SILVIA T PAZ DE GOES
Graduação em Artes visuais

ARTES
MAURICIO M DE LIMA
Graduação em Artes visuais

GEOGRAFIA
NERCI MARIA WESTENHOFEN TURATTO
Estudos Sociais com Licenciatura Plena em Geografia
Pós-Graduação em Didática e Metodologia de Ensino.

PORTUGUÊS
IMÉLIA LURDES B. TONOLO
Letras – Licenciatura em Português e Inglês com
Pós-Graduação Didática e Metodologia de Ensino


MATEMÁTICA
EDEVALDO JOÃO BEWANGER
Ciências com Habilitação em Matemática com
Pós-Graduação em Didática e Metodologia de Ensino

SOCIOLOGIA
MARCOS R DA SILVA
Graduação em Filosofia


HISTÓRIA
GILSON DE AMORIN
Graduação em Filosofia

COMPLEMENTAÇÃO CURICULAR
ALEMÃO BÁSICO
EUNICE BILLER


PROGRAMA VIVA ESCOLA
NERCI M TURATTO


SALA DE RECURSOS
ARIANE P MOREIRA
Graduação em Educação Especial








REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB: lei nº.9.394 de 1996. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

CAPPELLESSO, Domingos. No Oeste uma história de abandono. Monografia, Cascavel: Unioeste, 1998.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 16 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 32 ed. Campinas: Autores Associados, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.




















ANEXOS


COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou a homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de biologia no Ensino Médio não representa o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem que representa o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a vida tem sua origem registrada desde a Antigüidade.
Na Idade Média, sobre a influência do cristianismo, o conhecimento do universo foi associado a Deus.
Sobre essa influência houve a necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido pelo homem, surgindo às primeiras universidades medievais do século XII.
Mesmo sobre essa influência rompeu a visão teocêntrica e com a concepção filosófico teológico medieval, os conceitos sobre o homem passam para o primeiro plano e a explicação para tudo que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.
Nos séculos XV-XVI encontra-se também um período marcado por contradições. Ao mesmo tempo em que Leonardo da Vinci introduz o pensamento matemático que permitia interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos botânicos eram realizados com a perspectiva descritiva com observação direta de fontes originais.
Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolve. Os animais eram analisados de forma comparativa com preocupação maior sobre a classificação.
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia considerando a comparação das espécies coletadas em diferentes locais.
Neste mesmo período, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método científico a ser utilizado para compreender a natureza.
Os princípios da origem da Vida também são questionados. A geração espontânea é contrariada pelos estudos do físico italiano Francesco Redi que introduz idéias sobre a biogênese e com a invenção e aperfeiçoamento do microscópio trazem grandes contribuições para as ciências biológicas.
Para entender o funcionamento da Vida, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as relações causa e efeito do funcionamento de cada uma de suas partes.
Evidências sobre a extinção de espécies foram forjando no pensamento científico europeu proposições para a teoria da evolução, confrontando as idéias anteriores à luz dos novos achados.
No fim do século XVIII e início do XIX, a imutabilidade da Vida é questionada com as evidências de processo evolutivo dos seres vivos.
Para Lamarck, a classificação era importante mas artificial pois deveria haver uma “seqüência natural” para todas as criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo ambiente.
No início do século XIX, o naturalista Charles Darwin apresenta suas idéias sobre a evolução das espécies. Entretanto as espécimes coletadas na viagem pelas ilhas Galápagos começaram a fornecer evidências de um mundo mutável.
Para consolidação de sua Teoria, Darwin utilizou-se de evidências evolutivas, as quais foram consideradas provas que a sustentava: “o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos domesticados”.
Mendel, em 1865, apresenta sua pesquisa sobre a transmissão de características entre os seres vivos. Na época, não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários.
É importante destacar que a Biologia fez grandes progressos no século XIX, com a proposição da Teoria Celular.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os Trabalhos de Mendel provocando uma revolução conceitual da biologia.
Com os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) a Genética se desenvolve como ciência.
A Biologia começou, então, a ser vista como utilitário pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas.
Em meados dos anos 70 do século XX, a busca pelo entendimento de como a Ciência progride e como ocorre o trabalho científico no interior das instituições de pesquisa, expõe a fragilidade da concepção positivista presa a uma epistemologia empírica.
Assim a Ciência abandona o paradigma do determinismo lógico, ao propor que diferentes formas de abordar o real coexistem, e sua coexistência deixa evidente a necessidade de se rever o método científico como instrumento que confere as ciências físicas e naturais o status de cientificidade questionado.
Assim, para a Biologia, com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças em virtude da manipulação genética.
Essas mudanças geram conflitos filosófico, científico e social, e põem em discussão o fenômeno Vida.
Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao que hoje chamamos de ensino médio foi à criação do Colégio D. Pedro II no Rio de Janeiro em 1838.
Na década de 30 do século XX, com a criação dos cursos de Ciências Naturais, os currículos escolares sofrem ampliação na abordagem dos conhecimentos biológicos relacionando-os aos fatores sociais e econômicos.
Na década de 60 foram produzidos um material curricular norte-americano em três diferentes cadernos, o azul, o verde e o amarelo, que abrangiam os conteúdos bioquímicos, ecológicos e celulares tendo como característica o principio unificado destes conhecimentos.
Ainda na década de 60 três fatores provocaram alterações no Ensino de Ciências no Brasil: o progresso da biologia, a constatação internacional e nacional da importância do Ensino de Ciências como fator de desenvolvimento, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 4024, de 02 de dezembro de 1961, transferindo as decisões curriculares da administração federal para um sistema de cooperação entre a União, os Estados e Municípios.
Paralelamente, ainda na década de 60, surgem os Centros de Ciências. Estes centros trabalharam inicialmente com o objetivo de treinar professores, produzir e distribuir textos didáticos e materiais de laboratório para as escolar de seus respectivos Estados.
Sob o impacto da revolução científica-técnica, na década de 70, as questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o Ensino de Ciências. Passou-se a discutir as implicações sociais do desenvolvimento científico.
O Ensino de Ciências é reorganizado. A escola secundária deve servir agora não mais a formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento.
Em meio à crise dos anos 80 começaram a surgirem várias críticas às concepções que prevaleceram nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências.
Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base da observação, a partir da qual, os mesmos poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados pela experimentação.
Nos anos 90, ainda relacionado a essa abordagem surge um outro campo de pesquisa, o da Mudança Conceitual. Os estudos voltam-se para a compreensão de explicações previamente existentes. O Ensino de Biologia, nesta perspectiva, sofre a influência do pensamento construtivista.
Em virtude das críticas ao contexto educacional, ao findar os anos 80 e iniciar os anos 90, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propõe o Programa de Reestruturação do Ensino de 2º grau.
Os conhecimentos da Biologia expressos no PCN apontaram como objeto de estudo da disciplina o fenômeno vida, em toda sua “diversidade de manifestações”, porém os conceitos básicos da Biologia são apresentados de forma reducionista, com ênfase nos resultados da ciência e omissão do seu processo de produção, sem a abordagem histórica, permitindo uma pedagogia de projetos para assuntos que não contemplam o conjunto de conhecimentos historicamente construídos para a Biologia.
Entretanto, as mudanças ocorridas no cenário político nacional e em especial no Estado do Paraná apontaram novas perspectivas para a Educação Básica.
Ao analisar a situação do Ensino Público em 2003, percebeu-se a descaracterização do objeto de estudo da disciplina de Biologia e a necessidade de sua retomada. Estabeleceu-se assim, a construção das Diretrizes Curriculares considerando-se a concepção histórica da Ciência articulada com os princípios a Filosofia da Ciência.
Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com o atual contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da concepção de Ciência enquanto construção humana.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Priorizar conteúdos, estabelecendo metodologia que levem o aluno à compreensão dos fenômenos químicos, físicos e biológicos que regem a vida, levando-o a uma flexão crítica de sua interação com os demais seres vivos e o ambiente em que vive.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1º ANO

1)Organização dos seres vivos
2)Mecanismos biológicos
3)Contribuições dos povos afro-brasileiros e africanos para os avanços da ciência e tecnologia
4)Origem da vida
5)Origem do Universo
6)Método científico
7)Bioquímica celular
8)Citologia
9)Histologia animal e vegetal
10)Reprodução e Embriologia

2º ANO

1)Biodiversidade
2)Características e classificação dos seres vivos
3)Vírus (epidemias e endemias dos povos afro-brasileiros e africanos)
4)Monera
5)Protista
6)Fungi
7)Plantae – Fisiologia vegetal comparada
8)Animália – Fisiologia animal comparada
9)Contemplar a Lei 10.639/03, referente à História e cultura afro-brasileira e africana
3º ANO

1)Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida
2)Fisiologia humana
3)Reprodução humana e desenvolvida
4)Genética (herança biológica, biótipo dos diversos povos)
5)Biotecnologia e Bioética
6)Evolução
7)Ecologia
8)Contemplar a Lei 10.639/03, referente à História e cultura afro-brasileira e africana

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A partir de uma metodologia que valorize a criatividade do aluno, o raciocínio lógico e a capacidade de percepção e concepção de conceitos usando a prática aliada à teoria em sala de aula com exemplos do dia-a-dia vivenciados pelo aluno oportunizando a todos dentro de seu próprio ritmo, conceber a Biologia como disciplina essencial na formação de cidadãos conscientes das inter-relações e troca de energia que ocorrem no ambiente onde vivem.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação ao longo do ano deverá contemplar todos os conteúdos essenciais para elevação do aluno a serie seguinte de forma variada abrangendo todos os aspectos do ensino aprendizagem (cognitivas e psicomotores...), usando como ferramentas as aulas expositivas, os trabalhos individuais e em grupo, as pesquisas, seminários, provas escritas, debates, observação, experimentos, relatórios, textos diversificados, filmes, participação do aluno, realizações de atividades diversificadas, como visitas a parques, universidades, etc.






BIBLIOGRAFIA

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, ano 1, nº. 0, ago./2005.
FUTUYAMA, D. J. Biologia Evolutiva. São Paulo: Ática, 2004.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.




















COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

As ciências para o Ensino Fundamental é a disciplina integrante do quadro curricular, podendo e devendo cooperar na transformação da sociedade ao tratar dos conhecimentos que lhes são inerentes. Portanto, a concepção que se pretende é que se aprenda os conteúdos construindo, reconstruindo ou desconstruindo os conhecimentos, fato que requer a implementação de um amplo repertório de metodologias e estratégias de ensino e avaliação que se complementam.
Dessa forma, os alunos poderão adquirir uma compreensão realista do significado da ciência e tecnologia e das suas relações com a sociedade, e que a ciências seja caracterizada como uma atividade não-neutra, onde o aluno perceba que não há verdades absolutas e inquestionáveis e que a produção cientifica é coletiva, direito de todos, e não privilégio de poucos.
Ensinar como o conhecimento é produzido exige pensa-lo numa dimensão de historicidade, considerando que o processo de produção é determinado, principalmente pelas condições sociais desta forma não há que se desvincular o social do científico, dando-se a devida importância a cada momento sócio-economico-cultural da construção deste conhecimento.
Para tanto é necessário oportunizar os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propicie uma maneira critica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da perpetuação cientifica. Além de oferecer a compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio, provocando reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, possibilitando ao aluno condições para que assimile os conhecimentos científicos básicos da química e física, a partir dos quais poderá entender fenômenos naturais tecnológicos e a inter-relação homem-homem e homem-natureza.
5ª SÉRIE

1-
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Astronomia e Astronáutica
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Sol: fonte de luz e calor; Radiação; Instrumentos construídos para estudar os astros; astrolábio, lunetas, telescópios, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio; Planeta Terra: movimento de rotação (dias e noites) e movimento de translação (estações do ano); Inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da órbita; Força gravitacional; Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano para marcar os dias o tempo e o espaço: relógio de sol, ampulhetas, relógios analógicos, digitais e calendários; Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações; Telecomunicações: satélites, Internet, ondas fibra óptica, dentre outras; Exploração aerofotogramética (monitoramento por imagens de satélites); Utilização dos satélites na meteorologia; investigação do espaço sideral por meio de foguetes, sondas espaciais, ônibus espacial e estação espacial; Estrelas: constelações e orientação; Sistema Solar: posição da Terra e dos demais planetas.
Sol: composição química; sistema solar: composição da Terra.
Planeta Terra: Biosfera; Sol: produção de vitamina D; Movimentos da Terra e suas conseqüências – ritmos biológicos; A lua como satélite natural da Terra: influencias sobre a biosfera, marés; Diagnóstico, tratamento e prevenção dos efeitos das radiações do sol sob o corpo humano: queimaduras, insolação e câncer de pele; O ser humano no espaço: astronautas; Relação de adaptação do homem às viagens espaciais; Sol: fonte de luz e energia,: Fotossíntese: processo e armazenamento de energia; Estrutura da Terra – atmosfera, litosfera e hidrosfera.

2

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Transformações da Matéria e da Energia
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção; Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;
Magnetismo: imãs; Bússolas.
Fotossíntese; Fermentação; Respiração; Decomposição; Combustão.
Cadeia Alimentar; Teia alimentar; Relações de interdependência; seres vivos – seres vivos; seres vivos – ambiente; Energia na célula; produção, transferência , fontes, armazenamento, utilização; Nutrientes: tipos e função.
Obs.: Priorizando os conhecimentos Biológicos, pois os físicos e químicos serão enfatizados na 8ª série.

3
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA – TECNOLOGIA
Solo no ecossistema
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo;
Composição do solo; Tipos de solo: arenoso, argiloso, calcário e húmus; Agentes de transformação do solo: água, ar, seres vivos; Utilidades do solo; Adubação: orgânica e inorgânica (compostagem e fertilizantes); correção do pH dos solos; Processos que contribuem para o empobrecimento do solo: queimadas, desmatamento e poluição, dentre outros;
Combate à erosão: tipos de erosão; Mata ciliar; Contaminação do solo: doenças – prevenção e tratamento; Condições para manter a fertilidade do solo: curvas de nível, faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas;
4
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA – TECNOLOGIA
Ar no ecossistema
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Existência do ar; Ausência do ar: vácuo; Aplicação do vácuo; Atmosfera: camadas; Propriedades: compressibilidade, expansão, exercer pressão; Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de ventos, brisa terrestre e marítima; Velocidade e direção dos ventos; Resistência do ar; Pressão atmosférica; aparelhos que medem a pressão do ar; Pressão atmosférica e umidade; Meteorologia e previsão do tempo; Eletricidade atmosférica; Ar como recurso energético; Tecnologia aeroespacial e aeronáutica; Força de atrito; Aerodinâmica; Deslocamento de veículos automotores; Velocidade; Segurança no trânsito: prevenção de acidentes;
Composição do ar; Oxigênio (O2) e Gás Carbônico (CO2)- fotossíntese, respiração e combustão; Ciclos biogeoquímicos; Outros elementos presentes no ar;
Gases nobres: suas propriedades e aplicações;
O ar e os seres vivos; Pressão atmosférica e a audição; contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus - prevenção e tratamento; Poluição do ar: agentes causadores; Causas e conseqüências: efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes; Medidas para diminuir a poluição do ar;


5

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA – TECNOLOGIA
Água no ecossistema
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Estados físicos da água; Forças de atração e repulsão entre as partículas de água; Mudanças de estado físico da água: ciclo da água; Densidade; Pressão exercida pelos líquidos; Empuxo; Água como recurso energético;
Composição da água; Potencial de Hidrogênio (pH); Salinidade; Água como solvente universal; Pureza; Soluções e misturas heterogêneas;
Ciclo da água; disponibilidade da água na natureza; Água e os seres vivos; Hábitat aquático; Contaminação da água: doenças-preservação e tratamento; Equilíbrio ecológico;


6ª SÉRIE

1
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Unidades de medida; Equipamentos para observação e descrição de células: microscópios e lupas;
Unidades de medida; Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas;
Aspectos morfo-fisiológicas básicos das células; Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo); Divisão celular: mitose (células somáticas)- câncer; divisão celular: meiose (gametogêneses) – anomalias cromossômicas; Aspectos morfofisiológicas básicos dos tecidos animais e vegetais; Conceitos básicos: biosfera –ecossistema – comunidade – população – indivíduo – sistemas – órgãos – tecidos células – organelas –moléculas – átomos;






2
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam;
Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclos biogeoquímicos, teias e cadeias alimentares); Fotossíntese: importância do processo e armazenamento de energia química (glicose);
Seres vivos – Seres vivos;
Seres vivos – ambiente;
Biosfera – Ecossistema – Comunidade – População –Indivíduo; Habitat e nicho ecológico; Divisões da Biosfera: biociclos terrestre, marinho e de água doce, Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores; alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos, nutrientes;


3
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA – TECNOLOGIA
Biodiversidade – Características básicas dos seres
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Temperatura; Calor; diferenças entre os conceitos de calor e temperatura; Equilíbrio térmico; Transferência de calor; Transmissão de calor; Isolamento Térmico; Movimento e Locomoção.
Metabolismo – Transformação da matéria e da energia: fotossíntese; respiração; fermentação; decomposição; combustão.
Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos; Relações de interdependência: seres vivos - seres vivos – seres vivos – ambientes; adaptações e controle da temperatura corporal nos organismos; Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de água e temperatura.
Obs. Além dos conteúdos do quadro acima, serão trabalhados: Doenças causadas por animais e microorganismos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Biodiversidade – classificação e adaptações morfo-fisiológicas
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Capilaridade; Fototropismo; Geotropismo: Movimento e locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração;
Osmose; Absorção; Fotossíntese; Respiração; Transpiração; Gutação; Fermentação; Decomposição; Hibridação;
Modos de agrupar os seres vivos; Critérios de classificação; Cinco reinos dos seres vivos; Biosfera: adaptações dos seres vivos (animais e vegetais); nos ambientes terrestres e aquáticos; Biotecnologia da utilização industrial de microorganismos e vegetal: indústrias farmacêuticas, químicas e alimentícias:
(organismos geneticamente modificados) dentre outras; Vegetais: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente; Vegetais: reprodução e hereditariedade – polinização, fecundação, formação do fruto e semente, disseminação; Animais: digestão
(alimentação), respiração, circulação, excreção, locomoção, coordenação, relação com o ambiente, reprodução e hereditariedade;

Obs.: Níveis de organização dos seres vivos – organização celular e doenças transmitidas por animais e causadas por microorganismos.


7ª SÉRIE

1
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Unidades de medida; Equipamentos para observação e descrição de células: microscópios e lupas;
Unidades de medida; Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas;
Aspectos morfo-fisiológicas básicos das células; Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo); Divisão celular: mitose (células somáticas)- câncer; divisão celular: meiose (gametogêneses) – anomalias cromossômicas; Aspectos morfofisiológicas básicos dos tecidos animais e vegetais; Conceitos básicos: biosfera –ecossistema – comunidade – população – indivíduo – sistemas – órgãos – tecidos células – organelas –moléculas – átomos;
Obs.: Será enfatizado o estudo da organização celular humana.

2

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Doenças, infecções, intoxicações e defesa do organismo
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Diagnósticos: exames clínicos por imagens; Tratamento: radioterapia; Intoxicações por agentes físicos: elementos radioativos, pilhas, baterias, dentre outros.
Imunização Artificial: soros, vacinas, medicamentos; Diagnósticos: exames clínicos; Tratamento: quimioterapia; Intoxicações por agentes químicos: agrotóxicos, inseticidas e metais pesados, dentre outros.
Doenças causadas por animais: parasitoses, zoonoses e verminoses; Doenças causadas por microrganismos: parasitoses, infecções bacterianas, viroses, protozoozes e micoses; Intoxicações causadas por plantas tóxicas; Diagnósticos: exames clínicos; Prevenção e tratamento: alopatia, homeopatia, fitoterapia, dentre outros; Efeitos das intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo; Sistema imunológico: imunidade, barreira mecânica, glóbulos brancos (fagocitose), anticorpos.

3
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimentos peristálticos; Transporte de nutrientes; Pressão arterial; Inspiração e expiração; tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial: Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs - AIDS; Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco; Tecnologias associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica; tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos; A luz e a visão; Propagação retilínea da luz e a formação de sombras: Reflexão da luz e as cores dos objetos: olho humano como instrumento óptico; Modelo físico do processo de visão; Espelhos, lentes e refração; Poluição visual; Fibras ópticas; Propagação do som no ar; Velocidade do som; O som e a audição; A qualidade do som; Reflexos sonoros: eco, poluição sonora; Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo; Aparelhos e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas deficiências físicas; Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências e órgãos dos sentidos; Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular), genital, digestório, respiratório, cardiovascular e urinário: Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central: radiação. Metais pesados, drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de trânsito, automedicação, dentre outras; Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões.
Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares; Alimentos diet e light; Ação química da digestão: transformação dos alimentos; aproveitamento dos nutrientes; Reações químicas; equações químicas; transformação energética; Eliminação de resíduos; Hemodiálise; Sabores, odores e texturas; Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações; pH de diversos produtos e substâncias; óxidos e sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido sulfúrico, dentre outras; Substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes, inseticidas, dentre outras; Substâncias tóxicas de uso doméstico: detergentes, sabões, ceras, solventes, lustra-móveis, tintas e colas, dentre outras; Composição química do álcool; Teor alcoólico das bebidas; Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de neurormônios, como por exemplo a adrenalina.
Sistema digestório (digestão); Disfunções do sistema digestório: prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia e da bulimia, dentre outros; Sistema cardiovascular; Disfunções do sistema cardiovascular: prevenção; Aspectos preventivos do Acidente Vascular cerebral (AVC), do enfarte, da hipertensão e da arteriosclerose, dentre outros; Sistema Respiratório; Disfunções do sistema respiratório: prevenção; Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da bronquite, dentre outros; Sistema urinário: disfunções do sistema urinário: prevenção; Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária, dentre outros; Sistema genital feminino; Disfunções do Sistema Genital Feminino: prevenção; Sistema Genital Masculino; Disfunções do Sistema Genital Masculino: prevenção; métodos anticoncepcionais – tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e conseqüências do uso; tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial; Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – AIDS; Manipulação genética: clonagem e células tronco; Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica; Doação de sangue e órgãos; Reprodução – hereditariedade; Causas e conseqüências da gravidez precoce – prevenção; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): prevenção; Defesa do organismo; Sistema Sensorial; visão, audição, gustação, olfação e tato; portadores de Necessidades Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida (causas, conseqüências e prevenção); Sistema nervoso: central, periférico e autônomo. Disfunções do sistema nervoso: prevenção; Efeitos das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso; prevenção ao uso de drogas; Sistema endócrino; Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas; Disfunções do sistema endócrino: prevenção; Sistema esquelético; Disfunções do sistema esquelético: prevenção; Sistema muscular; Disfunções do sistema muscular: prevenção.

8ª SÉRIE

1
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Transformações da Matéria e da Energia
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção; Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;
Magnetismo: imãs; Bússolas.
Fotossíntese; Fermentação; Respiração; Decomposição; Combustão.
Cadeia Alimentar; Teia alimentar; Relações de interdependência; seres vivos- seres vivos; seres vivos-ambiente; Energia na célula; produção, transferência, fontes, armazenamento, utilização; Nutrientes: tipos e função.
Obs. Com ênfase nos conhecimentos físicos.
2
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Segurança no trânsito
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Movimento, deslocamento, trajetória e referencial; Velocidade, velocidade média e aceleração; Distância; Tempo; Inércia; Resistência da ar; Força de atrito, Aerodinâmica, Equipamentos de segurança nos meios de transporte; A relação entre força, massa e aceleração; Máquinas simples;
Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito.
Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool) – causas e conseqüências; Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não ingeriu drogas (álcool) e um embriagado; Efeitos do álcool e outras drogas no organismo; prevenção de acidentes;

3
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Poluição e contaminação na água, do ar e do solo
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Poluição térmica; Poluição sonora; Medidas contra a poluição – fontes alternativas de energia: energias eólicas, hidrelétricas, solares entre outras; Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio (alterações de temperaturas e mudanças de estado físico da matéria).
Gases tóxicos, resíduos industriais, materiais pesados, chuva ácida, elementos radioativos, dentre outros; Causa e conseqüências da poluição e contaminação da água, do ar e do solo: efeitos nocivos nos seres vivos e no ambiente; Prevenção e tratamento dos efeitos nocivos resultantes do contato com agentes químicos; Prevenção e recuperação de áreas degradadas por agentes químicos; Substâncias puras, misturas homogêneas e heterogêneas; Densidade das substâncias; Separação de misturas; fase química do tratamento da água; Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e poluentes responsáveis;
Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e solo; Agentes causadores da contaminação e poluição da água, ar e solo; Agentes causadores e transmissores de doenças; Prevenção e tratamento das doenças relacionadas à poluição e contaminação do ar, da água e do solo; Saneamento básico: estações de tratamento da água (ETA), de esgoto (ETE) e do lixo (aterros sanitários, reaproveitamento e reciclagem do lixo); Doenças relacionadas à falta de saneamento básico e prevenção; Biodigestor;
Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e seus efeitos nocivos aos seres vivos e ao ambiente.


4
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO e SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA e ENERGIA - TECNOLOGIA
Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimentos peristálticos; Transporte de nutrientes; Pressão arterial; Inspiração e expiração; tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial: Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs - AIDS; Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco; Tecnologias associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica; tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos; A luz e a visão; Propagação retilínea da luz e a formação de sombras: Reflexão da luz e as cores dos objetos: olho humano como instrumento óptico; Modelo físico do processo de visão; Espelhos, lentes e refração; Poluição visual; Fibras ópticas; Propagação do som no ar; Velocidade do som; O som e a audição; A qualidade do som; Reflexos sonoros: eco, poluição sonora; Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo; Aparelhos e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas deficiências físicas; Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências e órgãos dos sentidos; Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular), genital, digestório, respiratório, cardiovascular e urinário: Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central: radiação. Metais pesados, drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de trânsito, automedicação, dentre outras; Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões.
Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares; Alimentos diet e light; Ação química da digestão: transformação dos alimentos; aproveitamento dos nutrientes; Reações químicas; equações químicas; transformação energética; Eliminação de resíduos; Hemodiálise; Sabores, odores e texturas; Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações; pH de diversos produtos e substâncias; óxidos e sais; Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido sulfúrico, dentre outras; Substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes, inseticidas, dentre outras; Substâncias tóxicas de uso doméstico: detergentes, sabões, ceras, solventes, lustra-móveis, tintas e colas, dentre outras; Composição química do álcool; Teor alcoólico das bebidas; Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de neurormônios, como por exemplo a adrenalina.
Sistema digestório (digestão); Disfunções do sistema digestório: prevenção; Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia e da bulimia, dentre outros; Sistema cardiovascular; Disfunções do sistema cardiovascular: prevenção; Aspectos preventivos do Acidente Vascular cerebral (AVC), do enfarte, da hipertensão e da arteriosclerose, dentre outros; Sistema Respiratório; Disfunções do sistema respiratório: prevenção; Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da bronquite, dentre outros; Sistema urinário: disfunções do sistema urinário: prevenção; Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária, dentre outros; Sistema genital feminino; Disfunções do Sistema Genital Feminino: prevenção; Sistema Genital Masculino; Disfunções do Sistema Genital Masculino: prevenção; métodos anticoncepcionais – tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e conseqüências do uso; tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial; Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTs – AIDS; Manipulação genética: clonagem e células tronco; Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica; Doação de sangue e órgãos; Reprodução – hereditariedade; Causas e conseqüências da gravidez precoce – prevenção; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): prevenção; Defesa do organismo; Sistema Sensorial; visão, audição, gustação, olfação e tato; portadores de Necessidades Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida (causas, conseqüências e prevenção); Sistema nervoso: central, periférico e autônomo. Disfunções do sistema nervoso: prevenção; Efeitos das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso; prevenção ao uso de drogas; Sistema endócrino; Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas; Disfunções do sistema endócrino: prevenção; Sistema esquelético; Disfunções do sistema esquelético: prevenção; Sistema muscular; Disfunções do sistema muscular: prevenção.
Obs. Serão trabalhados os conhecimentos químicos.



ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

O momento atual em que vivemos ressalta a importância conferida a educação, representando a ferramenta para melhorar a qualidade formativa do indivíduo, possibilitando atuação eficiente, produtiva, competitiva e emancipatória. Nesta perspectiva, há exigência de um encaminhamento metodológico articulado com os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em que os envolvidos no processo comunguem a ciência como construção humana, ou seja, que estabeleça parceria com outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo.
Assim pretende-se que, os conhecimentos físicos, químicos e biológicos estejam articulados de modo a favorecer a compreensão dos fenômenos estudados, uma vez que esses conhecimentos são contribuições dos diferentes campos que envolvem a ciência.
Ao tratar os conteúdos específicos, a partir dos conteúdos estruturantes serão explorados aspectos relacionados com a historicidade da produção do conhecimento em questão, através do qual, será possível conhecer em que contexto tal conhecimento foi produzido, como também identificar a intencionalidade da produção científica, e a aplicabilidade deste conhecimento, visualizando as intenções implícitas existentes nessa produção científica e sua utilidade para a sociedade. É importante também, focar a idéia de que a ciência é provisória, pois no decorrer do tempo os conhecimentos se superam, surgindo opções mais viáveis e renovadas.
Os conteúdos abordados tanto do ponto estruturante como dos específicos, poderão ser explorados ainda, privilegiando diferentes aspectos como: políticos, econômicos, sociais, éticos e históricos gerando assim, a possibilidade de análise e reflexão, numa perspectiva crítica.
Pensando ciências assim, entende-se que não é possível a aplicação de um único método, há que empregar diferentes formas para subsidiar os educandos, como: a observação, o trabalho em campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas a indústrias, fazendas, museus, projetos individuais e em grupos; palestrantes convidados, redação de cartas para autoridades, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, e outras atividades que estimulem os educandos ao trabalho coletivo como musicas, desenhos, poesias, livros, jogos, dramatizações, historias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.
Para atingir o objetivo geral da disciplina, em função do conteúdo específico apresentado, poderão ser utilizados os seguintes recursos metodológicos: utilização do livro didático; TV e Vídeo; Cartazes; Textos de jornais e revistas; Laboratório de Ciências; Materiais alternativos (frascos, embalagens e utensílios domésticos, dentre descartáveis e/ou reutilizáveis).
Entende-se que a disciplina de Ciências tem a principal função de estudar os fenômenos naturais por meio do tratamento de conteúdos específicos, de forma crítica e histórica e que todos os partícipes do processo de ensino aprendizagem possam colaborar para propiciar ao educando a busca da construção de sua autonomia intelectual.


AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento que permite a escola analisar a eficiência de sua prática, é um recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e de seu melhor modo de ser na vida.
Não é uma fase no ciclo da aprendizagem, mas se constitui um processo, ou seja, uma seqüência de eventos que devem ocorrer ao longo do desenvolvimento das atividades escolares. E a efetivação desse processo ocorrerá mediante os princípios da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, porque é fundamental contemplar as necessidades de todos os educandos.Portanto serão inúmeras as estratégias de avaliação que podem ser desenvolvidas como:
Avaliar o envolvimento do educando nas atividades executadas;
Consolidar a avaliação diagnóstica;
Selecionar conteúdos específicos para as provas, sendo eles, reflexivos, relacionais e compreensíveis;
Empregar os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas do cotidiano.
A avaliação ainda contemplará os eixos em que se baseiam a filosofia da escola, sendo eles:
Assiduidade – observa-se a freqüência diária dos educando, bem como a participação nas aulas.
Compromisso e seriedade – observam-se a atitude do educando com relação, as responsabilidades a ele atribuídas, como por exemplo: tarefas diárias, trabalho de pesquisa feito em casa, estudo prévio para a realização das provas, trabalho integrado, auto-avaliação e participação nos conselhos de classe, envolvimento nos projetos que a escola realiza, entre outras. Notando-se também o nível de profundidade que ocorre durante o envolvimento nos estudos propostos.
Família na escola – participação efetiva dos pais ou responsável, nos momentos escolares, para acompanhar o desenvolvimento e desempenho dos filhos.
Por fim, a avaliação determina um caráter que julga resultados da aprendizagem no contexto da sala de aula e para além dela, sendo importante recorrer à recuperação paralela nos momentos em que a aprendizagem revelou-se pouco efetiva, estabelecendo principalmente a dialogicidade como forma de auto-sustentação para determinar o grau de autonomia conquistado no espaço e no tempo e avançar para novas conquistas que se graduam pelo amadurecimento da cidadania organizada.


BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/ SEF, 1998.
DEMO, P. Desafios Modernos da Educação. Ed. Vozes. Petrópolis, 1993.
FAZENDA, I.C.A. Práticas interdisciplinares na escola. 4ª edição. Ed. Cortez. SP-1997.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU: Ed. Da Universidade de São Paulo,1987.
PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. 3 Ed. Curitiba, PR SEED. 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar, julho – 2006.
























COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARRET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

A Educação Física tem sua parte na história brasileira, desde início do século XIX, passando por transformações ao longo dos tempos, com reformas que em cada época valorizava os interesses de cada classe sobrevivendo a todas as transformações ocorridas dentro da história de nosso país. E acompanhando essas transformações foram realizadas muitas reformas que nos permitiu certa autonomia e que veio a ser componente obrigatório dos currículos escolares, onde a burguesia atribuiu à ginástica a responsabilidade de promover a saúde dos corpos e criando hábitos de pudor e que conduzisse para uma vida saudável através dos Exercícios Físicos.
As práticas pedagógicas escolares da Educação Física, tiveram fortes influências militares, e pala medicina com receitas que foram trazidas da Europa, e onde se estabeleceu estudo das ciências biológicas criando assim um modelo de eficiência mecânica para manter e restabelecer a saúde.
A partir da década de 30 a Educação Física se consolidou no contexto escolar, passando a ser utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos das classes populares, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Passou a ser considerada a partir daí como higienista onde o mais importante era os corpos fortes, saudáveis, robustos, delineados para a defesa e proteção da família e da pátria para os homens, e para a mulheres a sua forma feminina e as exigências da maternidade futura.
A Educação Física também foi utilizada para promover políticas públicas nacionalistas, valorizando a pátria através do esporte, criando assim grandes centros esportivos, e importando especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades esportivas.
Com a promulgação da Lei Orgânica do ensino secundário a Educação Física foi ampliada para até 21 anos objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho, obrigando o jovem além da defesa da nação, teria deveres com a economia do país. Através de acordos internacionais a Educação Física passou por transformações e o método utilizado nesse período foi o tecnicista centrada na competição e no desempenho formando atletas para representar o país nas competições internacionais.
Com a Lei 5692/71 no artigo 7º e, pelo Decreto 69.450/71, a disciplina passa a ser atividade escolar regular e obrigatória nos currículos de todos os cursos de níveis dos sistemas de ensino. Sendo ainda aos olhos do regime militar, como importante momento de formação do homem que serviria ao projeto do Brasil.
Nessa época os fundamentos da psicomotricidade foram defendidos em contraposição às perspectivas teórico-metodológicas direcionadas a automatização e ao rendimento motor, vindo para valorizar a formação integral da criança, ficando subordinada a outras disciplinas, sendo apenas um meio para se ensinar outras disciplinas esquecendo dos conteúdos próprios da disciplina.
Em meados dos anos 80 surgiram comunidades científicas que discutiam a Educação Física visando à construção de um movimento renovador da disciplina surgindo assim às tendências progressistas, destacando-se várias tendências, entre elas:
Desenvolvimentista: que defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física.
Construtivista: a psicomotricidade influenciou a perspectiva com vistas à formação intelectual incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.
As duas tendências não se vincularam a uma teoria da educação.
No Estado do Paraná na década de 90 foi elaborado o Currículo Básico pautado na tendência na pedagogia histórico crítica da educação, tendência essa denominada pelos teóricos como Educação Física Progressistas, revolucionário e crítica, com os fundamentos teóricos pautados no materialismo histórico-dialético, revolucionária e crítica ele se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar a formação humana do aluno em todas as suas dimensões. Sem uma formação continuada os professores recaem na prática das dimensões tradicional dando ainda enfoque biológicos, mecânico ou nas dimensões psicológicas.
Houve no mesmo período também a reestruturação da proposta curricular de ensino de 2º grau que representou um marco para a disciplina. Todo esse avanço sofre um retrocesso quando da aprovação da nova LDB onde os PCN’s confundiam as idéias e saindo do foco principal, priorizando assim uma abordagem psicológica e sociológica dos conteúdos.
Considerando o contexto histórico citado até o momento onde a Educação Física transitou por diversas perspectivas desde as mais reacionárias até as mais críticas torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A Educação Física tem como objetivo a participação dos alunos nas atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas, reconhecendo e respeitando as características físico-emocionais, sexuais e sociais, adorando postura de dignidade, solidariedade e cidadania.
Vivenciar os esportes individuais e coletivos dentro de um contexto participativo e competitivo, participando e executando vários tipos de papéis dentro do esporte.
Conhecer, organizar e interferir no espaço físico, reconhecendo estas ações como necessidade do ser humano e um direito do cidadão em busca de uma melhor qualidade de vida.
Promover a integração social e desportiva dos alunos portadores de necessidades especiais.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5as e 6as SÉRIES

Manifestações esportivas
Voleibol: histórico, origem e fundamentos básicos: toque, manchete, saque e rodízio educativos com e sem bola, contagem de pontos, noções básicas de regras e jogos recativos da modalidade.
Atletismo: corridas, saltos educativos e brincadeiras.
Handebol: histórico e origem, fundamentos básicos, passes, recepção, progressão e arremessos, educativos com e sem bola, jogos pré desportivos.
Basquetebol: histórico e origem, fundamentos básicos: recepção, passes, recepção, drible e bandeja, jogos pré desportivos.
Futsal: histórico e origem, fundamentos básicos, deslocamentos com e sem bola, jogo simplificado, iniciação dos fundamentos técnicos.
Xadrez: jogos pré enxadristas e história do xadrez, posição do tabuleiro, colocação das peças, peças e seus movimentos e jogo.

Manifestações de ginástica
Origem, história, elementos básicos da ginástica e acrobacias.

Manifestações estéticas e corporais da dança
Definições, expressão corporal e ritmos.
Diferentes tipos de danças, danças tradicionais e folclóricas.

Brincadeiras, brinquedos e jogos
História do brinquedo, construção coletiva, diversas manifestações e tipos de jogos

7as e 8as SÉRIES

Manifestações esportivas
Voleibol, handebol, basquetebol e futsal: táticas e técnicas, educativos, jogos com regras, arbitragem.
Atletismo: corridas, saltos, arremessos, educativos e brincadeiras.
Xadrez: jogos, anotações, súmulas, tipos de xeques e algumas jogadas utilizadas.

Manifestações de ginástica
Diferentes culturas da ginástica, acrobacias, malabares, etc.

Manifestações estéticas e corporais da dança
Formas de danças e manifestações folclóricas, mímicas e imitações, representação e expressão corporal.

Brincadeiras, brinquedos e jogos
Oficinas e construção de brinquedos diferentes, manifestações e tipos de jogos e brincadeiras.


METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia de trabalho utilizada pelo professor deve ser dinâmica e flexível, capaz de produzir uma otimização na transmissão dos conteúdos. Os procedimentos de ensino e aprendizado, devem subsidiar o professor na avaliação de seu próprio trabalho através de aulas práticas, aulas teóricas (explicativas e expositivas), trabalho individual e em grupos, seminários, debates e discussões. Nesse sentido, temos como meta alcançar os objetivos propostos neste estudo, trabalhando com conteúdos do mesmo.
Oportunizar aos alunos atividades de construção de seus brinquedos ou jogos, ofertar a todos os alunos da escola sem discriminação social ou cultural e valorizar a melhora na aprendizagem, e assim criando cidadãos críticos e que saibam valorizar a saúde física, mental e emocional, combatendo o ócio e melhorando a qualidade de vida.
Os alunos devem ser capazes de superar limites e respeitar a característica individual de cada educando, sem discriminação de raça, porte físico ou sexo.
Através desses conteúdos que enriquecerão o currículo do aluno e contribuirão para o crescimento do mesmo como ser humano consciente e responsável, perante a sociedade e ajudando a elevação da auto-estima e contribuindo na construção, transformação, produção e transmissão do conhecimento sistematizado.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação entende-se como um processo contínuo e sistemático que contribui para obter informações, diagnosticar capacidades e habilidades dos estudantes, contribuindo para a orientação com fins de superação de suas dificuldades e para que façam uma apreciação crítica de seu próprio trabalho.
Entende-se que a avaliação deve ser registrada para acompanhamento do progresso do aluno no processo ensino-aprendizagem, tornando-se um momento de investigação, de pesquisa, que visa à transformação, onde o professor era redimensionar sua prática, deixando de ter a conotação de medir, de julgamento que leva a classificação
O aluno tem necessidade de sentir-se reconhecido. Tornando o processo de avaliação significativo e aceito pelo mesmo, pois além de estimular a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento, adquirir a maturidade favorecendo a maior compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento.
O Professor de Educação Física é a pessoa chave, a qual possibilita operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo, sua ação criadora e inovadora, deverá dinamizar o trabalho contribuindo para a conscientização de seu grupo, para a Educação Física consciente, contribuindo para a Educação do indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de movimentação corporal dentro dos conteúdos propostos.
O aluno deverá apropriar-se gradativamente das diversas modalidades esportivas, danças, exercícios físicos, jogos recreativos, intelectivos, existente em nossa sociedade e serão avaliadas de acordo com o grau de apropriação, envolvimento e participações na ação educativa.

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A disciplina de Educação Física na tentativa de situar se historicamente optou se por retratar os fatos ocorridos á partir do século XIX, pela transformação social que os Pais estava passava, dentre elas, o fim da escravidão e as políticas a incentivo a imigração, principalmente o crescimento das cidades exigindo umas séries medidas com vista de ampliar a moralidade, bem como instaurar a ordem social, adaptando o modo de viver dos novos cidadãos das cidades á nova configuração da sociedade.
Com a proclamação da republica, entra as muitas propostas de mudança, veio á tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticado pelo antigo regime. Ainda no século XIX, Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, emitiu um parecer sobre o projeto denominado “reforma do Ensino Primário e varias instituições complementares da instrução Publica”.
Em 1882 declarou a importância da ginástica para a formação do cidadão, equipando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir daí a Educação Física tornou-se matéria obrigatória dos currículos escolares.
A organização social dominante neste período ofereceu grande resistência á introdução da ginástica nas escolas, por acharem desprovidas de valores intelectuais, como a matemática, o calculo integral ou a mecânica racional. Apesar da forte resistência social, contra o curso de ginástica, este repúdio não foi suficiente para conseguir eliminar dos currículos escolares.
As praticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios elaborados pela instituição militar foram reelaborados pelos conhecimentos médicos numa perspectiva pedagógica. Foram importadas da Europa praticas conformativas, como modelo de saúde e os sistemas ginásticos para atender os objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio de exercícios físicos. Estes foram fundamentais para o surgimento e incorporação da Educação Física nos currículos escolares.
Plano nacional de Educação Física, a pratica nas escolas se dava pelo método Francês de ginástica adotado pela Forças Armadas e tornando obrigatório a partir de 1931.
A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir da constituição de 1937, sendo, então, utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem.
O ensino da Educação Física, paralelo ao processo educacional, mas efetivando-se dentro da instituição escolar, deve ser analisado hoje, conforme as tendências pedagógicas que a educação brasileira apresentou em sua história, todas elas marcadas por uma concepção positivista. Dentre ela temos a Escola Tecnicista ou competitiva, temos o desporto como conteúdo na escola, indicando a subordinação da Educação Física aos códigos da instituição desportiva (federação, confederação). À escola é colocada a tarefa de fornecer a base no treinamento esportivo, para o desporto de alto nível.
A conservação da divisão das turmas para as aulas de Educação Física por sexo (M e F) é também, em parte, um reflexo da divisão existente na instituição desportiva. São selecionados os melhores alunos para a formação de equipes de elite, dentro das escolas, privilegiando o bem dotado e em condição de competir em nome do país.
A avaliação era feito sobre os objetivos propostos: atingido – não atingido, ressaltando a rentabilidade esportiva do aluno.
Com a promulgação da lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também conhecida como Reforma Capanema, instituiu-se, no ensino secundário, um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos e um segundo ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o cientifico. Essa reforma ampliou a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos de idade, objetivando formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação especifica. Instituiu-se, assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Ainda nesse período, a Educação Física era perspectiva, aos olhos do militar, como importante momento de formação do homem que serviria ao projeto de Brasil. A disciplina estava ligada à aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar os pais uma potência olímpica.
A psicomotricidade foi uma das primeiras referências ganharem destaque entre os profissionais da área, surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Tal perspectiva, centrada na educação “pelo movimento”, fez com que a disciplina ficasse subordinada a outras disciplinas escolares.
Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade cientifica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou correntes, suscitando os primeiros debates voltados á uma criticidade. Boa parte desta comunidade constituiu, em seus trabalhos, discursos e publicações só a denominação de “progressista”, visando à construção de um movimento renovador da disciplina. Dentre as correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens:
Desenvolvimentista – defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física. Constitui-se no ensino de habilidades motoras de acordo com uma seqüência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.
Construtivista – no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a perspectiva construtivista-interacionista com vistas à formação integral, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Esta abordagem, embora preocupada com a cultura infantil, fundamenta-se também na psicologia do desenvolvimento.
As duas abordagens citadas acima não se vinculam a uma teoria critica da educação, no sentido de fazer da critica de papel da educação na sociedade capitalista, uma categoria central. As duas propostas seguintes estão mais diretamente vinculadas ás discussões da pedagogia critica brasileiro, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da sociologia e filosofia da educação.
Critica superadora - baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico - critica desenvolvida por Demerval Saviani. Nessa proposta, o objeto da área de conhecimento da Educação Física é a Cultura Corporal, concretizando-se nos seus diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma historicizada e espirada, considerando o grau de complexidade.
Critico Emancipatória – parte de uma concepção de movimento denominada de dialógica. O movimentar-se humano é entendido como forma de comunicação com o mundo. A critica se dá através de uma ressignificação do movimento, sem considerar questões sócio-econômicas.
No inicio das décadas de 90, um movimento significativo para o Estado do Paraná foi elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação pública do Paraná, no sentido de responder ás necessidades sociais e históricas da Educação brasileira no primeiro grau.
No Currículo da Educação Física houver algumas contradições internas nos documentos, necessitando de implementação da proposta, posteriormente as mudanças de políticas públicas de educação assumida pelas novas gestões governamentais no estado, vindo a enfraquecer a força política pedagógica do Currículo Básico. Em função desse contexto a prática de ensino da Educação Física na escola recaia ainda com ênfase nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na dimensão psicológica.
No mesmo período foi elaborada a reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de segundo grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também se fundamentou na concepção histórica - critica da educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava-se a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária.
Esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e também uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos á ginástica, á dança, aos desportos, aos jogos, bem como, ás atividades que correspondem ás características regionais.
Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso na década de 90 quando após a discussão e aprovação da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) para a disciplina de Educação Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do ensino Fundamental buscaram romper com as perspectivas da aptidão física. Porem, o documento não apresenta uma coerência interna de proposta curricular, há elementos da pedagogia construtivista piagetiana, abordagem tecnicista com idéia de eficiência e eficácia e também a perspectiva da saúde e qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.
Nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, Há a descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos, ao propor temas amplos que desviam a centralidade e importância dos conhecimentos próprios de cada conteúdo de tradição da Educação Física, Verifica-se, portanto uma descaracterização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das competências.
Por fim pode se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio, trazem uma proposta confusa e acrítica com uma relação aparentemente progressista. As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas atendem a interesses que visam a um processo de individualização e adaptação á sociedade, ao invés da construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Portanto podemos dizer que a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais criticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes, com vistas á avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando á Educação Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer o corpo.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLOGICOS

A historia da Educação Física, apresentada no histórico, nos aponta importantes marcos, ou seja, momentos de maturidade, de senso crítico que contaram com ampla participação da comunidade cientificam e educacional.
As diretrizes, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio, buscam superar as concepções fundadas nas lógicas instrumentais, anátomo funcional e esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas, principalmente, no modelo de inspiração positivista, originário das ciências da natureza.
A Educação Física tem avançado para preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento do corpo em muito de sua complexidade, ou seja, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das praticas corporais, juntamente por sua constituição interdisciplinar.
As aulas de Educação Física não pode ser apêndice das outras disciplinas e atividades escolares, nem um momento deve servir de aulas compensatórias para a dureza das outras aulas. A Educação Física é um projeto geral da escolarização, portanto deve estar articulada no Projeto Político Pedagógico da escola sempre em favor da formação humana.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A partir desta demandas, foram definidos os conteúdos estruturantes, como aqueles saberes (conhecimentos de grande amplitude conceito ou praticas) que identificam e organizam os campos de estúdios de uma disciplina escolar.
Os alunos do Ensino Fundamental começa a reconhecer o seu corpo e suas diferenças manifestações, o aluno do Ensino Médio já possui condições de manter relações entre essa expressividade com os diversos problemas que envolvem a sociedade e seus conteúdos estruturantes.
Portanto o conteúdo estruturantes do Ensino Fundamental é a expressão corporal e no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são Ginástica, Esporte, jogos, danças e lutas.

JOGOS

JOGOS INTELECTIVOS, RECREATIVOS LUDICOS E DE LAZER
propostas de desafios
compreensão das regras e normas de convivência social
analise critica e criação de novas regras
jogos sensoriais, visuais, auditivas, perceptivas, táteis e olfativas.
raciocínio lógico, memorização, concentração, iniciativa, imaginação, criatividade, interpretação, expressão corporal, dramatização, socialização, senso de equipe como resgate e potencialização de valores e como possibilidade de recriação.
valorização de jogos locais e regionais
análise do jogo através da historia

ATIVIDADES RÍTMICAS E DE IMITAÇÃO
formas básicas de movimento
condutas neuro-motoras
expressão Corporal
o ritmo próprio do corpo
postura
atitude
respiração
coordenação ampla
análise sobre o comportamento juvenil.

ESPORTE COLETIVO E INDIVIDUAL (voleibol, basquete, handebol, atletismo, futsal, tênis de mesa e outros)
conhecimento dos fundamentos de cada esporte
suas manifestações sociais
compreensão das regras e normas de convivência sócio-desportiva
conhecimento das regras oficiais
exercícios táticos e técnicos
conhecimento da arbitragem
competição
esporte como Profissionalização
respeito, compromisso, solidariedade, cooperativismo e outros.
modelo de sociedade que produziram

GINÁSTICA
exercícios de respiração
coordenação ampla e fina
Relaxamento, alongamento, flexibilidade, lateralidade, equilíbrio, força
organização e orientação espacial.
importância da ginástica laboral para trabalhadores
análise sobre o modismo
ginástica aeróbica (baixo impacto)

LUTAS
valorização da cultura popular e nacional
participação dos alunos nas lutas de forma recreativa competitivo. (ex. cabo de guerra, braço de ferro, etc.)
compreensão do limite

DANÇA
dança popular, regional, folclórica
brinquedos cantados, cantiga de roda
ritmo
relações histórico-social dos movimentos folclóricos
análise critica dos costumes
consciência corporal
dança em geral

ELEMENTOS ARTICULADORES

A partir dos conteúdos específicos de Educação Física, Esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginásticas dança, surgem alguns elementos articuladores que interagem e interligam as praticas corporais, visando um maior aprofundamento e dialogo com diferentes expressões do corpo. Ganham destaque nestas diretrizes:
o corpo que brinca e aprende
manifestações lúdicas
desenvolvimento corporal, construção da saúde
o corpo no mundo do trabalho

DESPORTIZAÇÂO
Buscar e discutir o motivo que influenciaram e o processo diverso da praticas corporais que ocorreram.

A MÌDIA
Compreender a influência da mídia no vestuário sem levar em consideração o clima, a saúde e o respeito.
Reconhecer os malefícios da busca irracional do corpo perfeito.
Buscar o resgate dos verdadeiros valores humanísticos.
Desenvolver consciência de auto proteção contra os relacionamentos sexuais coercitivos e exploradores.
Como estratégia para análise critica dos alunos, podemos usar artigos de revistas artigos de jornais, filmes, documentários para compreensão da lógica mercantilista do esporte espetáculo.

A SAÚDE
NUTRIÇÃO
Reconhecer o valor dos bons hábitos alimentares e estabelecer uma reeducação quando necessário.
Entender a importâncias das vitaminas para o organismo na realização de determinada pratica corporal

ASPECTOS ANATOMO-FISIOLOGICOS DA PRÁTICA CORPORAL
Identificar fatores que ponham em risco seu bom estado de saúde e prevenir-se contra ele.
Reconhecer os limites do próprio corpo nas atividades físicas.

LESÕES E PRIMEIROS SOCORROS
Prestar assistência em primeiros socorros
Apontar as lesões mais freqüentes na pratica corporal
Conseqüências e seqüelas do treinamento de alto nível

DOPING
Causa e influências que levam o uso de doping
Conseqüências no decorrer de suas utilizações.

O CORPO
Discutir o corpo na finalidade de determinar período histórico
Reconhecer a leitura corporal das diferentes escolas literárias.
Valorizar as diferenças culturais presentes no país, reconhecendo a sua contribuição no processo da construção da identidade brasileira.

A TATICA E A TECNICA
Demonstrar a influencia sofrida por diverso aspectos da esfera social
Devem se contemplar o universo tático e técnico dos esportes, das lutas, da dança e da ginástica e sua transitoriedade.
Permitir ao aluno recriar técnicas próprias para execução dos variados movimentos.

O LAZER
Valorizar a qualidade de vida reconhecendo a saúde e o lazer como direitos do(a) cidadão(ã).
Desenvolver nas aulas de Educação Física espaço e tempo de lazer e diferentes formas de estar presente no seu dia a dia.

DIVERSIDADE (etnia-racial, sexual, indígena, alunos com necessidades educacionais especiais)
Promover a integração social e desportiva dos alunos portadores necessidades especiais.
Repudiar todas as discriminações baseadas nas diferenças de raças e sócio-econômicas
Resgatar a cultura brasileira com suas etnias
Fazer uso dos movimentos corporais dentro dos limites do respeito a si próprio e as outras pessoas

ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

Os pressupostos do materialismo histórico-dialética configuram a Cultura Corporal, objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento humano, historicamente constituído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais. Portanto utilizaremos da metodologia Critica-Superadora.
Esta metodologia permite aos alunos ampliar sua visão de mundo por meio de cultura corporal, superando a anterior que era a tecnicismo e na esportização. Como exemplo, ao se tratar do histórico de determinado modalidade, na perspectiva tecnicista apresenta-se os fatos de forma anacrônica e acrítica. Já a proposta Critica-Superadora, este mesmo conhecimento é transmitido, levando em conta o momento político, histórico, econômico e social.
Os conteúdos não precisam ser organizados numa seqüência de pré-requisitos, mas do princípio de complexidade crescente, onde os mesmo conteúdos podem ser discutidos tanto na 1º ano quanto no 3ºano do Ensino Médio, mudando o grau de complexidade que possivelmente irá apresentar.
No Ensino Fundamental ao trabalhar com o Conteúdo Estruturante o professor apresenta ao aluno as formas variadas de jogo, considerando suas regras mais elementares, as possibilidade de apropriação e recriação, conforme a cultua local. Podemos discutir a diferença do jogo com o esporte, e quanto à liberdade de regras, No Ensino Médio no professor ao trabalhar o mesmo Conteúdo Estruturante poderia inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais, através de jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.
Considerando o conhecimento assimilado no Ensino Fundamental. O professor poderá problematizar as relações de poder que evidenciaram, que semelhanças à atividade proposto pode apresentar em outras esferas da sociedade, conflitos surgiram no decorrer de sua prática e como foram solucionados.
A metodologia crítica-superadora aponta para as seguintes estratégias de ensino: pratica social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.
A PRATICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. È uma primeira leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.
PROBLEMATIZAÇÃO trata-se de um desafio. É a criação de uma necessidade para que o educando, por meio de sua ação, busque o conhecimento. É o momento que a pratica social é oposta em questão, analisada, interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de ampliação desse conhecimento. (Gasparim, 2002, p. 35-36)
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por qual o conteúdo sistematizado é posto á disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo, transformem em intrumento9 de construção pessoal e profissional. (Gasparim, 2002, p.53)
Uma vez incorporado os conteúdos e os processos de construção, de forma provisória, chega o momento que o aluno é solicitado a mostrar o quanto aproximou da solução dos problemas, levantado anteriormente.
A CATARSE é quando o aluno conseguiu assimilar o conteúdo proposto pelo professor . Onde ele mostra a sua maneira nova de ver os conteúdos. E capaz de entender de um novo patamar, mais elevado, mais consistente e mais estruturado. (Gasparim 2002, 127-128).
O RETORNO Á PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico - critico. Representa a transformação do teórico para a pratica dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conteúdos adquiridos.
O professor desenvolvera bom trabalho com os alunos, com a preocupação em questões centrais colocadas nestas diretrizes que norteiam as ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação entende-se como um processo contínuo, permanente e cumulativo, que contribui para obter informações, diagnosticar capacidades e habilidade dos educandos, contribuindo para a orientação com fins de superação de suas dificuldades e para que façam uma apreciação crítica do seu próprio trabalho.
Entende-se que a avaliação deva ser registrada para acompanhamento do progresso do aluno no processo ensino-aprendizagem, tornando-se um momento de investigação, de pesquisa, que visa à transformação, onde o professor irá redimensionar sua prática, deixando de ter a conotação de medida, de julgamento que leva à classificação, diminuindo a desigualdades sociais e com luta por uma sociedade justa e mais humana.
O aluno tem necessidade de sentir-se reconhecido. Tornando o processo de avaliação significativo e aceito pelo mesmo, pois além de estimular a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento, adquire a maturidade favorecendo a maior compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento.
O professor de Educação Física é a pessoa chave para operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo, sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar o trabalho, contribuindo para a conscientização do seu grupo, para a modificação e a valorização da prática pedagógica numa constante reflexão crítica. A Educação Física consciente contribuirá para a Educação do indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação dinâmica e que executará sua criatividade durante todo o processo de movimentação corporal dentro dos conteúdos propostos.
O aluno deverá apropriar-se gradativamente das diversas modalidades esportivas, danças, exercícios físicos, jogos recreativos, intelectivos existente em nossa sociedade e serão avaliadas de acordo com o grau de apropriação, envolvimento, participações na ação educativas. Serão trabalhados textos, revistas, livros, artigos que serão discutidos em conjunto. Os esportes serão analisados quanto a sua origem, história, finalidade, modelo de sociedade, influência em nossa sociedade, regras, instituições, ludicidade, seus fundamentos, suas técnicas e táticas.

REFERÊNCIAS

BRACHT,Valter, A constituição das Teorias pedagógicas da Educação Física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n, 48, Agosto/99
______________. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre. Magister, 1992.
BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista Motrivivência, Ano VIII, n 09, Dezembro/96.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: historia que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino de Educação Física, São Paulo. Cortez, 1992
CORDEIRO Jr., O. Proposta Teórico – metodológica do ensino do judô escolar a partir dos princípios da pedagogia critico – superadora: uma construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.
DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados, 2004.
DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In: Revista Motrivivência, nº. 08, p. 91-100.
FALCÃO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3ed.Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 55-94
FIAMONCINI, L; SARAIVA, M. do Dança na Escola a criação e a co-educação em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 95-120
FOUCALT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 30 ed. Trado. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987
































COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL


APRESENTAÇÃO

Atualmente, entende-se o Ensino Religioso como disciplina escolar que visa o conhecimento da dimensão religiosa do ser humano, centrada na antropologia religiosa, buscando respeitar e considerar a crença dos alunos.
Por acreditar que a Educação Religiosa deva somar com a educação no seu todo, possibilitando aos alunos e aos professores o conhecimento sobre o fenômeno religioso, a escola deve colaborar, para que esta disciplina possa levar ao resgate do sagrado, ao despertar do encantamento, e a vivência de atitudes de respeito às diferenças, do diálogo e da paz.
Torna-se fundamental entender a religiosidade como autêntica dimensão humana, cujo cultivo é necessário para a plena realização do homem, então será fundamental a necessidade de contemplarmos também este aspecto na proposta do Ensino Religioso na educação.
A educação pode ser definida das mais diferentes formas e parâmetros, em que se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino Religioso fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de realização integral necessita da perfeição religiosa, também.
A Constituição Brasileira garante a liberdade de culto e a nova Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº. 9.394/96, abre espaço para um Ensino Religioso interconfessional (art. 339), caracterizando o Ensino Religioso nas escolas de Ensino Fundamental, sendo parte integrante da formação básica do cidadão, tendo matrícula facultativa e devendo ser multiconfessional, o que significa que todas as religiões devem ter as mesmas oportunidades de estudo.
A disciplina justifica-se porque, a religiosidade é inerente ao ser humano. Além de ser um ser social, político, histórico e afetivo, é também um ser religioso, por isso em todos os tempos e lugares o ser humano manifesta a necessidade de buscar e se relacionar com o sagrado.
Dadas às características dos fenômenos religiosos que compreendem um conjunto de acontecimentos, expressões e manifestações que envolvem os seres humanos nessa busca de relação com o sagrado, com o transcendente, é necessário que se priorize o estudo e compreensão das diferentes tradições religiosas, que surgiram como resultado das experiências religiosas de homens e mulheres, em diversas culturas e sociedades humanas.
O Ensino Religioso enquanto conhecimento humano, é fundamentado de crenças religiosas, assumido a partir do revelador e é acolhido pelo crente, o que supõe adesão, ato de fé, e é patrimônio da Tradição Religiosa. Segundo Holanda et al. (2006, p. 19), “por questões éticas, religiosas e até legais, não cabe à escola propor adesão e vivência desses conhecimentos enquanto princípios de conduta religiosa e confessional, mas sim veicular o conhecimento religioso”.
Dessa forma, o conhecimento do fenômeno religioso está fundamentado nas ciências humanas, sociais e na religião, suporte mínimo necessário para o desenvolvimento do Ensino Religioso como um saber. Portanto, esse conhecimento, na disciplina Ensino Religioso, remete para a “construção do saber”, entendido em suas diversas nuances, (HOLANDA et al., 2000).

OBJETO DE ESTUDO

As Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná definem como objeto de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as manifestações religiosas. Essa concepção favorece uma abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina.
Ao resgatar o sagrado, o Ensino Religioso busca explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras mais recentes.
O ser humano, além de ser social, político, histórico e afetivo, é um ser religioso. Em todos os lugares, manifesta a necessidade de buscar o sagrado e de relacionar-se com o Transcendente. O fenômeno religioso compreende um conjunto de acontecimentos, expressões e manifestações que envolvem os seres humanos. Construir mesquitas e igrejas; jejuar, meditar, entoar mantras, ritualizar, ler textos sagrados, praticar a caridade e evangelizar, tudo o que acontece no âmbito religioso faz parte deste fenômeno.
A escola deve conhecer os elementos básicos da religiosidade, para possibilitar aos educandos compreender as razões pessoais, históricas, familiares, sociais e culturais de sua opção. O conhecimento de diferentes Tradições permite ampliar a percepção, visão e nos possibilita compreender e respeitar a posição do outro.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.
Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado, os conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso no estado do Paraná são:
a paisagem religiosa;
o símbolo; e
texto sagrado.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série
Respeito à diversidade religiosa
Lugares sagrados
Textos sagrados orais e escritos
Organizações religiosas

6ª Série
Universo simbólico religioso
Ritos
Festas religiosas
Vida e morte




ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Entendendo que o ato de construção do conhecimento, se dá a partir da relação sujeito-objeto, no Ensino Religioso, o sujeito-aluno em relação ao objeto-fenômeno religioso-sagrado, considera-se que é necessário ao professor munir-se de um instrumento (método), que o auxilie nesta articulação, possibilitando de uma maior compreensão da realidade.
Refletindo sobre tal instrumento, indicamos, o tratamento didático, apoiando-se na Observação, Reflexão, Informação, tratados dialeticamente.
A Observação no caso do Ensino Religioso, diz respeito a conhecimentos prévios da história, da formação e do tempo, de um determinado símbolo religioso. O professor age aqui como orientador dessa observação seletiva para trabalhar os conceitos básicos no Ensino Religioso.
A Reflexão deve acompanhar todo o processo ensino-aprendizagem desde a observação até a informação. A reflexão se trata aqui não de um momento ou realidade isolados ou estanques, mas de passos que se entrelaçam, se interligam, numa dinâmica, num movimento constante.
O professor pode mediatizar a reflexão com questionamentos, problematização, diálogos, que promovam a conscientização, o entendimento e a decodificação de nosso objeto de estudo no caso, o fenômeno religioso.
Pela Informação, o professor coopera com o aluno para que o mesmo obtenha um conhecimento mais organizado, sistematizado, possibilitador de uma visão mais crítica, decodificadora e explicitadora da realidade.
O encaminhamento metodológico do Ensino religioso, além de determinar formas, métodos, conteúdos e materiais adotados em sala de aula, deverá repensar as ações que subsidiarão este trabalho, sendo ampliado e valorizado o universo cultural do aluno, assegurando a especificidade dos conteúdos da disciplina sem desconsiderar as demais áreas do conhecimento.
A metodologia utilizada para o trabalho desta disciplina, deve buscar a valorização do universo cultural da comunidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação do Ensino Religioso deve identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos, sua relação respeitosa com os colegas de igual ou de diferentes tradições religiosas é possível também realizar a auto-avaliação através de exposição de suas idéias.
Na dinâmica avaliativa deve-se envolver uma reflexão constante do professor sobre a funcionalidade e o alcance de transformação do conhecimento ministrado, na adequação de novas posturas, de acordo com os conteúdos trabalhados em sala de aula.
Através da observação diagnóstica cabe ao professor dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados posteriormente.
Poderemos ainda avaliar e reavaliar constantemente nossas práticas pedagógicas, bem como os resultados obtidos baseados na relação de ensino-aprendizagem, se a avaliação da disciplina de Ensino Religioso for processual, o que quer dizer que é avaliação no processo e do processo ensino-aprendizagem, ela não se caracterizará em acerto de contas ou penalização do fracasso, mas pelo estímulo e valorização das expectativas atingidas.













REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº. 9.475/97. Disponível em: , acesso em: 10.maio.2006.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. 14 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

______. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes da Educação Nacional.

_______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília/DF. 1998.

_______. Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso – Parâmetros Curriculares. Nacionais . Referencial curricular para a proposta pedagógica da escola. São Paulo,1998.


PARANÁ__. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba/PR. 2006.

CARON, Lurdes (org.) et. All. O ensino religioso na Nova LDB. Petrópolis/RJ: Vozes, 1997.

CNBB – Setor Educação: Pastoral da Educação – Reflexão e Organização: Texto Base. Brasília: 2001.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. O ensino religioso no Brasil: tendências conquistas, perspectivas. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

HOFFMANN, Jussara, Avaliação: Mito & Desafio – uma perspectiva construtiva, Editora Mediação, 34. Edição, Porto Alegre, 2000.

HOLANDA, Ângela Maria Ribeiro (coord. Fórum) et al. Ensino Religioso: capacitação para um novo milênio. Brasília/DF: Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, 2000.










COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARRET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático há mais de 2600 anos. A história desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma temática tão antiga quanto à filosofia.
O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de saber a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria um efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, ele também pensava que se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte por meio de discursos, o perigo seria outro: a filosofia favoreceria posturas nada elegantes, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
É por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de filosofia é um tema bastante debatido em sua história. A preocupação maior é garantir que as metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da filosofia. A idéia de que em áreas como, por exemplo, moral e política, praticamente não existem verdades absolutas é uma tese freqüentemente defendida pelos filósofos. Daí a importância que o ensino desses temas dá ao exercício de analisar conceitos morais antigos e modernos, medir perspectivas epistemológicas, identificar fontes de idéias etc. Ocorre que, ao levar para a sala de aula a discussão sobre esses temas, será inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provocará nos estudantes. Essa é uma característica da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito bem compreendida e, de preferência, como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico.
Apesar de a Filosofia soar como algo novo aos estudantes de hoje, seu ensino tem uma longa história em nosso país, que pode ser classificada em quatro grandes períodos:
1500 – 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis de Radio Studiorum. Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de formação moral e intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local.
1889 – 1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos oficiais inclusive figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira que, nesse período, oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura.
1961 – 1985: Com a lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo, com a lei 5692/1971, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço para o ensino e estudo da filosofia. A filosofia desaparece totalmente dos currículos escolares do Ensino Médio durante a ditadura militar, principalmente por não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento, que visavam formar um cidadão produtivo, porém não crítico. O pensamento crítico deveria ser reprimido bem como as possíveis ações dele decorrentes.
1985 aos dias atuais: durante as duas últimas décadas, o ensino de filosofia no nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais (Resolução CEB/CNE n.3/98 e PCNEM de 1999) seja mantê-lo em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.
A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários aos exercício de cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos, que aparece com bastante clareza na resolução 03/98 DCENEM, não cumpre a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para a transversalidade.
Esta disciplina, a partir de 2007, será obrigatória em âmbito nacional e certamente perderá o atual caráter de transversalidade existente em muitas escolas e assim iniciará seu processo de consolidação, já que é no espaço escolar que a filosofia pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do pensamento crítico, da resistência, da criação e re-elaboração do conhecimento. A filosofia torna vivo esse espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam sua inteligência buscando, no diálogo e no embate entre as diferenças, a sua convivência e a construção da sua história.

OBJETIVOS GERAIS

O tratamento disciplinar da Filosofia – e sua inserção no Ensino Médio – responde a uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de posições, que tenham autonomia nos julgamentos, que confrontem argumentos e respeitam a palavra do outro.
A filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um tratamento disciplinar, tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino Médio. A presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas e contribuir para reafirma-las enquanto momento de um processo de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos de educação.
Assim, a disciplina de Filosofia irá contribuir, em especial, para a ressignificação da experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores, formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre a realidade.
Contribuir na formação de sujeitos livres, pois além da abertura para a reflexão sobre temas relacionados à política, à ética, à estética, à ciência e ao conhecimento e à existência, irá possibilitar aos educandos o acesso às produções teóricas e culturais da Filosofia elaboradas pela humanidade.
Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes textos filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos consigam analisar criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os mesmos e tenham condições de compreender sua realidade a partir de estudo teórico e possam agir sobre a mesma.
Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, à tradição filosófica confrontando diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de diálogo investigado, de re-descobertas e re-criações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborarem, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos propostos estão baseados no documento “Orientações Curriculares” da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes serão os seguintes: Do Mito à Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência Sendo que: Do mito à Filosofia será o conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência.
DO MITO À FILOSOFIA
O que é mito?
Passagem do mito para a Filosofia.
Origem da Filosofia.
Condições históricas que contribuíram para o surgimento da filosofia.
Importância da Filosofia.
Definições de Filosofia.
Objeto da Filosofia.
Reflexão crítica.

TEORIA DO CONHECIMENTO
O que é conhecer?
Teoria do conhecimento na antiguidade.
Heráclito, Parmênides
Os sofistas
Sócrates, Platão e Aristóteles

Teoria do conhecimento da Idade Média
A patriótica
A escolástica

Teoria do conhecimento da Idade Moderna e Contemporânea
Racionalismo (René Descartes)
Empirismo (John Locke)
Criticismo Kantiano
Idealismo (Hegel)
Positivismo (Comte)
Materialismo histórico e dialético.

ÉTICA
Definição de ética
Objeto da ética
Diferença entre ética e moral
Juízo de valor
Virtudes e vícios
Liberdade

FILOSOFIA POLÍTICA
Estado, sociedade e poder;
Sociedade tribais;
Política normativa;
Contratualismo;
Liberalismo;
Totalitarismo (fascismo, nazismo e stalinismo)
Socialismo;
Anarquismo;
Marxismo;
Neoliberalismo;
Democracia;
Ideologia;
Alienação;
O mundo do trabalho.

ESTÉTICA
Funções da arte;
Concepções estéticas;
O naturalismo grego;
A estética medieval;
O naturalismo renascentista;
Iluminismo e academismo: a estética normativa;
A estética romântica;
A ruptura do naturalismo;
O pós-modernismo;
Arte como forma de pensamento;
Arte nos diferentes períodos históricos;
Diferentes expressões da arte (música, dança, pintura, escultura, teatro).

FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Diferença entre senso comum e conhecimento científico;
O ideal científico;
A teoria científica nos diferentes períodos históricos;
O uso das ciências na atualidade.

ONTOLOGIA
Os problemas da Ontologia;
Que é o ser?
A impossibilidade de definir o ser;
Quem é o ser?
Existência e consistência.

FILOSOFIA LATINO-AMERICANA
O conceito de filosofia Latino-Americana;
Evolução das idéias filosóficas na América Latina;
Metafísica e Ontologia do ser Latino Americano;
A filosofia contemporânea da América Latina.

METODOLOGIA

No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que tem recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também historicamente, gera em seus processos, discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.
É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos permanecem válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de Filosofia, adquire relevância no contexto do Ensino Médio.
A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula será a seguinte:
aulas expositivas e dialogadas;
debates;
trabalhos em grupo e individuais;
realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos;
estudos de textos;
exposição e análise de filmes e músicas

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. A avaliação da disciplina será progressiva e contínua, pois tem em vista os objetivos expressos nos projetos de ensino.
Para a realização das avaliações serão utilizados:
Teste de aproveitamento oral;
Apresentação de seminários;
Provas escritas com ou sem consultas;
Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo;
Tarefas específicas para fazer em casa;
Participação em sala de aula;
Produção de textos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº. 64. A filosofia e seu ensino. (São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004)
BAYER, Raymond, História da Estética. Tradução José Saramago; Lisboa; Editorial Estampa, 1979.
BORNHEIM, G. Introdução ao filosofar, o pensamento filosófico em bases existenciais. Porto Alegre; Editora Globo; 1980.
___________. O sujeito e a norma. In. NOVAES, Adauto. Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
CHÂTELET, F. et. Al. História das Idéias Políticas. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática. (obra disponível na internet)
COTTINGAN, J. A Filosofia de Descartes. Rio de Janeiro: Edições Setenta, 1989.
DUSSEL, H. Ética da Libertação. Petrópolis: vozes, 2000.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. E Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans)
ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e no Estado; Tradução Leandro Konder; Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1975.
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
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HORN, Geraldo Balduino. Por uma Mediação Praxiológica do Saber Filosófico no Ensino Médio: análise e proposição a partir da experiência paranaense. Tese de Doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2002.
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JAPIASSU, H. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992.
KANT, I. Textos Seletos. Trad. Raimundo Vier. Petrópolis; Vozes, 1974.
LEOPOLDO E SILVA, F. Currículo e formação: o ensino da Filosofia. Belo Horizonte: Síntese Nova Fase, v. 20, nº. 63, 1993.
_____________. Teoria do Conhecimento, in: CHAUÍ et al. Primeira Filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 175-195.
LEBRUN, G. Por que Filosofia? In. Estudos CEBRAP. nº. 15, Jan./Mar, 1976, p. 148-253.
MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular para o Ensino de Filosofia no 2º Grau. Curitiba, 1994.
REALE, G; ANTESERI, D. História da Filosofia. Vol. III. São Paulo: Paulus, 1991.
SÁNCHEZ V ASQUES, Adolfo. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
SEVERINO, A J. Proposta de um universo temático para investigação em filosofia da educação: as implicações da historicidade. Florianópolis: Perspectiva, UFSC/CED. (s.d.) nº. 19, p. 148-253.
SOUZA BRANDÃO, J. DE. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1997.
VAZQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1984.












COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA
ENSINO MÉDIO


APRESENTAÇÃO

O ensino de física deve propiciar ao aluno uma educação voltada para compreensão crítica do mundo em que vive, de modo que ele possa enfrentar as mudanças e atuar sobre elas. Nesse sentido a aquisição do conhecimento científico é fundamentas que permita elaborar modelos, desenvolva o senso crítico e permita reflexões acerca do saber científico.
Assim ao lado de um caráter mais prático, a física revela também uma dimensão filosófica, e seu aprendizado deve estimular os educandos a acompanhar notícias científicas, promovendo meios para a interpretação de seus significados.

OBJETIVO
Compreender os fenômenos naturais e interpretar o mundo cultural e científico como instrumento indispensável à participação social e política.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimento, Termodinâmica, Eletromagnetismo.

RELAÇÃO DE CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS

1ª SÉRIE
Leis de interação (Força de atrito, força elástica e força gravitacional);
Conceitos fundamentais: deslocamentos, velocidade, aceleração e referencial;
Cinemática e dinâmica do ponto material;
Leis de Newton;
Trabalho: Energia e sua conservação;
Momento linear e sua conservação;
Cinemática e dinâmica do movimento de rotação
Momento angular e sua conservação;
Gravitação e Hidrostática.

2ª SÉRIE
Temperatura, termômetros e escalas;
A natureza do calor;
A condução de calor e sua medição;
Calor específico;
Calor e Trabalho;
Primeira lei de termodinâmica;
Transmissão de Calor;
Propriedades dos gases ideais;
Energia Cinética de Translação;
Calor específico;
Ciclos e máquinas térmicas;
A primeira e segunda lei de termodinâmica;
Entropia;
Processos reversíveis e irreversíveis;
O princípio do aumento da entropia;
Ondas mecânicas e eletromagnéticas;
Óptica geométrica;
Noções de óptica física;
Interferência e Difração;
Noções de acústica.

3ª SÉRIE
Lei de Coulomb;
O campo elétrico;
Estudo da eletricidade e do magnetismo;
Campo elétrico, lei de Gauss;
Potencial elétrico;
Capacitância e dielétricos;
Corrente contínua e alternada;
Noções de circuitos de corrente contínua e alternada;
Campos magnéticos e suas fontes;
Lei de Faraday;
Indutância;
Introdução à Teoria da Relatividade;
Conceitos básicos de física quântica e nuclear;
Trabalhos com produtos da tecnologia (artefatos tecnológicos)

METODOLOGIA

O ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes como fruto de sua experiência de vida em seu contexto social, onde se incluem as concepções alternativa ou espontânea, sobre as quais a ciência tem um conceito científico. Que a experimentação faz parte de uma metodologia de ensino e contribui para fazer a ligação entre a teoria e a prática, propiciando uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos de aluno, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos educandos, dentro de um contexto especial que é a escola.
Professor e educando devem buscar e compartilhar significativamente a aprendizagem como processo interativo, não esquecendo a mediação do educador como agente organizador e sistematizador, do conhecimento físico considerando este como produção cultural, construído e produzido nas relações sociais.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve considerar os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias em física, a não neutralidade da ciência, o progresso de educando quanto a esses aspectos. Garantir o objeto de estudo da Física. Considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes.
Dessa forma o processo avaliativo deve ter caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um texto, seja literário ou científico, emitindo opinião que leve em conta o conteúdo físico, a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva Física.

BIBLIOGRAFIA

ZIN, S. L. B.; MASSOT, A. E. Física por experimentos demonstrativos. In. Atas do X SNEF, 25-
CHAVES, A. Física: Mecânica. V. 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000.
FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. The Feymann Lectures on Physics. London.
ROCHA, J. F. Origens e Evolução das Idéias da Física. 1ª Edição. Salvador: EDUFBA, 2002.
MARION, J. B.; THORTON, S. T. Classical Dynamics of Particules and Systems. 4ª Edição. Thomson Editores.
TIPLER, P.; LLEWELLYN, R. Física Moderna. 3ª Edição. Rio de Janeiro: LTC 2001.
GREF – Grupo de Re-elaboração do Ensino de Física. Física. Volume 1 – Mecânica. São Paulo: Edusp.
SAKURAI, J. J. Modern Quantum Mechanics. Addison Wesley Editores.
SHANKAR. Principles of Quantum Mechanics. Plenum.
NEWTON, I. The Principia. Califórnia Ed.
EISBERG, R.; RESNICK, R. Física Quântica. Rio de Janeiro: Editora Campus.
TIPLER, P. Física – Vol. 2: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Ed. S.A., Terceira Edição, 1995.
CAREY, V. P. Liquid-Vapor Phase Change Phenomea. Taylor & Francis. Ed. 1992
COHEN; TANNOUDJI. Quantum Mechanics – Vol. 2. John Wilwy Ed.
CHAVES, A. Física – Sistemas Complexos e Outras Fronteiras, Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.
UANG, K. Statistical Mechanics. John Wilwy Ed.
QUADROS, S. A Termodinâmica e a Invenção das Máquinas Térmicas. São Paulo: Editora Scipione, 1996.
PUREUR, P. Estado Sólido. Porto Alegre: Editora do Instituto de Física da UFRGS, 2001.
JACKSON, J. D. Eletromecânica Clássica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., Segunda Edição, 1983.
CHROBAK, R.; HERRERA, C. Experiência Piloto para el Desarrollo de um Nuevo Modelo Instrucional. Revista Brasileira de Ensino de Física. São Paulo, v. 18, nº. 2, p. 122-136, 1996.
COX, D. R. Planning of Experiments. New York: John Wiley & Sons, 1960, 308p.
KUTSCHER, E. Physics Research Activies. Annapolis: Alpha Publishing Company, 1988, 239p.
CHAVES, A. Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.
LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EDUBERG, 1999.
BRASIL/NEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96.
BONJORNO, J. R. Física Completa. Guarulhos, SP: Editora FTD, 2002.
SILVA, D. N. Física. São Paulo: Editora Ática, 2003.
GASPAR, A. Física, série Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 2004.
BRASIL/MEC. Parâmetros curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
BRASIL/MEC. Parâmetros curriculares Nacionais: PCN + Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
















COLÉGIO ESTADUAL PE
DRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA:

Estudos descritivos das áreas do conhecimento geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos, desde o início da história da humanidade, relacionadas à natureza, homem e sociedade.
Com as necessidades surgindo, devido à evolução das modificações do espaço geográfico, faz-se urgência discutir, pesquisar, alçar vôos e ultrapassar o conhecimento a partir das grandes navegações.
O pensamento geográfico da escola alemã, para a escola francesa, e outras, as idéias geográficas foram incorporadas nos currículos escolares sob o ponto de vista econômico, político, degradação da natureza, as desigualdades e injustiças sociais da produção e organização do espaço geográfico, as questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela internacionalização da economia e pelas relações econômicas e políticas nos espaços geográficos dos diferentes países.
Os PCN foi o marco inicial para as reformulações curriculares, mesmo com todas as dificuldades, pensamentos confusos, falta de criticidade, etc., serviu como referencial para nortear a disciplina sob uma perspectiva de contribuir com a prática pedagógica com questões epistemológicas, teóricas e metodológicas.
Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações Históricas relacionadas aos meios de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial, que na verdade interferiram no pensamento geográfico. No Brasil o percurso dessas mudanças foi afetado também pelas tensões políticas da década de 1960 , que levaram modificações no Ensino de Geografia e na organização curricular da escola.
Com o golpe militar de 1964, mudança substancia aconteceram em todos os setores sociais, uma nova reordenação econômica e política, mais uma vez são necessárias à adequação da educação aos novos moldes vigentes. Essa adequação se deu com o Ministério da Educação e Cultura, implicou reformas na educação universitária pela Lei 5540/68 e no ensino de 1.e 2o Graus pela Leio 5692/71(Penteado,1994), que tinham por finalidade adequar a educação à crescente necessidade de formação de mão-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro, conhecido como o “milagre econômico”, geraria tanto no campo como na cidade. No entanto, deveria ser entendido não mais como disciplina e sim área de estudo, ocorrendo à junção das disciplinas relacionadas às ciências humanas, então, instituiu-se a área de estudo denominada de Estudos Sociais.
Na década de 1980, ocorreram movimentos pelos desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e retorno da disciplina de Geografia e História, até porque, era um fracasso ao não atingir essa inter-relação houve um empobrecimento dos conteúdos nas áreas humanas.
O estado do Paraná iniciou esse movimento em 1983 , quando houve o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas, promovido pela Associação Paranaense de História (Apah). Desse encontro resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual de Educação, permitindo que as escolas pudessem optar por ensinar por Estudos Sociais ou as disciplinas de História e Geografia separadamente e ocorreu somente com a Resolução de n.o 06/1986 do Conselho Federal de Educação
Em 1978 no Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, promovido pela AGB-Fortaleza, que teve como tema de discussão a Geográfica Crítica, baseada na publicação do livro de Yves Lacoste, “A Geografia: Isso serve, antes de qualquer coisa para fazer a guerra”, marco da Geografia Crítica Mundial.
A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos conceitos e ao objeto de estudo, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico, sob a abordagem do método do materialismo histórico dialético.
No final da década de 1980 0 estado do Paraná em cursos de formação continuada e nas discussões sobre a reformulação curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 19900, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional, que era presa a uma metodologia de ensino, reduzida à observação, descrição e memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico, realizada de maneira fragmentada.
OBJETIVO

Compreender o espaço geográfico mundial e local, nas diferentes especialidades e temporalidade e nas formas de organização das sociedades primitivas e complexas, industrializados e não industrializadas. além das relações que se estabelecem entre a natureza- homem e sociedade. e entre os homens. Ao final do percurso que aluno possa também melhor avaliar a realidade em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÕMICA DA PRODUÇÃO DO / ESPAÇO;
GEOPOLÍTICA;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL; E
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRAFICA.

CONTEUDOS ESPECIFICOS

5ª SÉRIE
Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas capitais e informações;
(re) organização econômica do espaço rural e urbano;
Inter-relações entre o urbano e o rural;
Tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
Sistemas ( redes ) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socio-ambientais;
As eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações antrópicas e desafios para a sustentabilidade;
Ambiente urbano e rural e os impactos socio-ambientais;
Classificação e espacialidade dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
Sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação socio-ambiental;
Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço geográfico ( indústria, habitação, saúde, entre outros);
Distribuição espacial e as conseqüências socio-ambientais dos desmatamentos dos desmatamentos da chuva ácida, do buraco da camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; e
Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o espaço geográfico;
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural, distribuição espacial e configuração dos países.

6ª SERIE
(re) organização econômica do espaço rural e urbano;
Inter-relações entre o urbano e o rural;
Tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
Sistemas ( redes ) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;
O setor der serviços e a reorganização do espaço geográfico ( comércio, turismo, energia, entre outros );
Formação espacial dos Estados Nacionais;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socio-ambientais;
Movimentos sociais: unges, Movimentos dos Trabalhadores sem Terra ( MST ), Movimentos dos Trabalhadores sem Teto ( MTST ), Fórum Social Mundial ( FSM ), sua distribuição e ação na configuração dos territórios;
Ambiente urbano e rural e os impactos socio-ambientais;
Sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação socio-ambiental;
Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço geográfico ( indústria, habitação, saúde, entre outros);
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural;
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural, distribuição espacial e configuração dos países.

7ª SERIE
Acordos e blocos econômicos;
A globalização e seus efeitos no espaço geográficos;
As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do / no espaço geográfico.
Formação espacial dos Estados Nacionais;
A espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socio-ambientais;
Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, OTAN, BANCOMUNDIAL, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico;
Influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
Movimentos sociais: ONGs, Movimentos dos Trabalhadores sem Terra ( MST ), Movimentos dos Trabalhadores sem Teto ( MTST ), Fórum Social Mundial ( FSM ), sua distribuição e ação na configuração dos territórios;
Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, bio-pirataria, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico.
As eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
Distribuição espacial e as conseqüências socio-ambientais dos desmatamentos dos desmatamentos da chuva ácida, do buraco da camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; e
Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos; e
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico.

8ª SERIE
Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas capitais e informações;
Acordos e blocos econômicos;
A globalização e seus efeitos no espaço geográficos;
As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do / no espaço geográfico.
Formação espacial dos Estados Nacionais;
A guerra fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e do mapa político do mundo;
A espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socio-ambientais;
Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, OTAN, BANCOMUNDIAL, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico;
Influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
Movimentos sociais: ONGs, Movimentos dos Trabalhadores sem Terra ( MST ), Movimentos dos Trabalhadores sem Teto ( MTST ), Fórum Social Mundial ( FSM ), sua distribuição e ação na configuração dos territórios;
Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, bio-pirataria, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico.
Distribuição espacial e as conseqüências socio-ambientais dos desmatamentos dos desmatamentos da chuva ácida, do buraco da camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; e
Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos; e
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA

O objeto do estudo da geografia começa pela sua epistemologia do objeto de estudo, de entender o agir sobre o espaço geográfico, aprofundando a dicotomia entre geografia física e humana.
Espera-se que os educando construam um conjunto de conhecimentos referentes à conceituação espacial, os procedimentos e atitudes que lhes permitam ser capazes de serem críticos e dinâmicos, interligando a teoria com a prática e a vivência. E mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos. Tendo a cartografia como fio condutor ou ferramenta essencial para transitar em diferentes escalas de representações e leituras geográficas. Considerando as relações espaço e tempo, sociedade e natureza e as relações de poder entre os homens , assim, possibilitando uma análise ampla e crítica do objeto, a partir dos conteúdos Estruturastes.
O professor ao planejar os elementos ou objetos da geografia, deverá apresenta-los através de aulas expositivas, leitura e interpretação de textos, de livros didáticos, de revistas e jornais, internet, além das discussões e explanações orais, em mesa redonda , seminários, oficinas, aulas de campo.
Nessa perspectiva, o estudo do conteúdo estruturante deve possibilitar aos educandos que compreendam o espaço geográfico de maneira ampla, intrínseca e crítica. O trabalho pedagógico deve considerar recortes que enfoquem o local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço-temporal, ou seja, a interpretação histórica das relações de poder.

AVALIAÇÃO

A avaliação como parte integrante do processo pedagógico deve acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor, numa concepção que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem durante o ano letivo.
A avaliação é sempre uma situação complexa, pois o seu resultado depende de diversos fatores e nem sempre conseguimos distinguir o peso de cada um. Além disso, precisamos avaliar o que o aluno aprendeu, com aquilo que é capaz de aprender e com o que foi oferecido no processo Ensino e Aprendizagem.
É fundamental que avaliação seja mais que uma definição de uma nota ou um conceito. É imprescindível que seja diagnóstica e continuada, e que dê suporte a (re) elaboração da prática.
O processo avaliativo deve usar vários instrumentos que contemple: Leituras e interpretações de textos, gráficos, mapas,tabelas, imagens e paisagens. Produção de textos, relatórios; provas escritas, orais, pesquisas escritas, orais e construção de painéis, participação das atividades em sala de aula individual e em grupos. seminários, mesa redondas e apresentação de relatórios individuais das discussões propostas.de avaliação , participativa e percentual.
A LDB. 9394//96 determina que avaliação formativa, considerada um avanço em relação à avaliação tradicional somativa ou classificatória.

BIBLIOGRAFIA

MELHEM Adas. Panorama Geográfico do Brasil. 4a ed. Ed. Moderna. São Paulo.
LUCCI Elian Alabi. Geografia geral e do Brasil. Editora saraiva. São Paulo: 2004.
SENE Eustáquio. Geografia geral e do Brasil. Editora Scipione. São Paulo, 2002.
MAGNOLI Demétrio. Projeto de ensino de geografia. Editora Moderna. São Paulo, 2000.
James & Mendes. Geografia geral e do Brasil. Editora FTD. São Paulo, 2004.
Marina e Tércio. Geografia Geral e do Brasil
Vários Autores – Geografia Ens. Médio– SEED Curitiba- 1.Ed. Impresso no Brasil 2006.
ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Os saberes geográficos na evolução histórica foram marcados pelas relações; natureza- homem- sociedade e entre os próprios homens e que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Até o Séc.XIX, não havia sistematização da produção geográfica, encontravam-se dispersos em várias obras e ao mesmo tempo os temas geográficos estavam legitimados pela sua importância, sobre as quais cabia uma sistematização institucionalizada e considerada científica.
A partir do imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, apoiadas pelos Estados colonizadores como a Inglaterra, França e Prússia que hoje é Alemanha, que organizavam expedições para África, Ásia e América Latina, onde catalogavam e inventariavam suas riquezas naturais, culturais de seu povo. Onde que acabou por servir aos interesses das classes dominantes, na pretensa necessidade de ampliar seu território.
A produção teórica do pensamento geográfico da escola alemã, que teve como precursores Humboldt(1769-1859), Ritter (1779-1859) e Ratzel (1844-1904). E escola francesa que teve por sua vez, representante Vidal de La Blache (1845-1918), marcou a dicotomia sociedade-natureza .
Na Europa, tanto Alemanha quanto na França, a ciência Geográfica encontra-se sistematizada e presente nas Universidades desde o século XIX e no Brasil a Geografia foi institucionalizada a partir da década de 1930. As pesquisas desenvolvidas nesse momento buscavam descrever o ambiente físico nacional, mais uma vez com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico, Essa corrente metodológica conhecida como geografia Tradicional.
Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações Históricas relacionadas aos meios de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial, que na verdade interferiram no pensamento geográfico. No Brasil o percurso dessas mudanças foi afetado também pelas tensões políticas da década de 1960 , que levaram modificações no Ensino de Geografia e na organização curricular da escola.
Com o golpe militar de 1964, mudança substancia aconteceram em todos os setores sociais, uma nova reordenação econômica e política, mais uma vez são necessárias à adequação da educação aos novos moldes vigentes. Essa adequação se deu com o Ministério da Educação e Cultura, implicou reformas na educação universitária pela Lei 5540/68 e no ensino de 1.e 2o Graus pela Leio 5692/71(Penteado,1994), que tinham por finalidade adequar a educação à crescente necessidade de formação de mão-de-obra para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro, conhecido como o “milagre econômico”, geraria tanto no campo como na cidade. No entanto, deveria ser entendido não mais como disciplina e sim área de estudo, ocorrendo à junção das disciplinas relacionadas às ciências humanas, então, instituiu-se a área de estudo denominada de Estudos Sociais.
Na década de 1980, ocorreram movimentos pelos desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e retorno da disciplina de Geografia e História, até porque, era um fracasso ao não atingir essa inter-relação houve um empobrecimento dos conteúdos nas áreas humanas.
O estado do Paraná iniciou esse movimento em 1983 , quando houve o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas, promovido pela Associação Paranaense de História (Apah). Desse encontro resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual de Educação, permitindo que as escolas pudessem optar por ensinar por Estudos Sociais ou as disciplinas de História e Geografia separadamente e ocorreu somente com a Resolução de n.o 06/1986 do Conselho Federal de Educação
Em 1978 no Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, promovido pela AGB-Fortaleza, que teve como tema de discussão a Geográfica Crítica, baseada na publicação do livro de Yves Lacoste, “A Geografia: Isso serve antes de qualquer coisa para fazer a guerra”, marco da Geografia Crítica Mundial.
A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos conceitos e ao objeto de estudo, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico, sob a abordagem do método do materialismo histórico dialético.
No final da década de 1980 0 estado do Paraná em cursos de formação continuada e nas discussões sobre a reformulação curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 19900, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional, que era presa a uma metodologia de ensino, reduzida à observação, descrição e memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico, realizada de maneira fragmentada.
No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica pela escola, foi lenta e gradativa até pela falta de entendimento de muitos professores, também sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico e das condições políticas da década de 1990, quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação.
Nesse contexto neoliberal, as reformas da educação, se deram na educação básica, para a formação do novo perfil do trabalhador necessário para o capitalismo, inclusive o Banco Mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implementação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses do Banco Mundial. Uma nova readequação, que é marcada pela LDB 9394/96, juntamente com os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). No campo da Geografia, as críticas feitas pelos PCN recaíram sobre as linhas de pensamento Tradicional e Crítica.Ambas foram acusadas de terem negligenciado a dimensão sensível de perceber o mundo e a Geografia Crítica, especificamente, de enfatizar a economia e fazer política militante(PCN Ens. Fund.p.22)
Pode-se perceber que há uma ausência da criticidade e o ecletismo teórico do PCN sem clareza teórico-conceitual. No Paraná a política educacional desenvolvida após 2003 assumiu, como uma de suas prioridades pela retomada dos estudos das disciplinas de formação do professor, com estímulo ao seu papel de pensador e pesquisador. A retomar o estudo teórico epistemológicos de sua disciplina de formação, o professor de Geografia pode reorganizar seu fazer pedagógico. Nesta perspectiva as diretrizes curriculares se apresentam como documento norteador na contribuição da prática pedagógica.
Entende-se que essa concepção teórica apresentada pelos Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica, apresenta-se como “construtos”(DCE) atrelados a uma concepção crítica de educação, que passam a ter uma abordagem teórica re-elaborada em função das transformações histórico-políticas que modificaram as relações socio-espaciais em todas as escalas geográficas, inclusive perpassando outras áreas de conhecimento, tais conhecimentos são construtivos da disciplina de Geografia, porque ao mesmo tempo demarcam e articulam com o próprio conhecimento geográfico escolar.

OBJETIVO

Compreender o espaço geográfico mundial e local, nas diferentes especialidades e temporalidade e nas formas de organização das sociedades primitivas e complexas, industrializados e não industrializadas. além das relações que se estabelecem entre a natureza- homem e sociedade. e entre os homens. Ao final do percurso que aluno possa também melhor avaliar a realidade em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.


CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª SÉRIE
A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
GEOPOLÍTICA
SOCIOAMBIENTAL
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA

1º SEMESTRE

Espaço geográfico nas diferentes concepções conceituais sociedade-natureza, relações de poder .
Os grandes pensadores e as Escolas Geográficas: Alemã, Francesa, Norte Americana e Brasileira.
As Correntes da Ciência Geográfica: Geografia Tradicional, Teoretica, Quantitativa, Crítica, Humanística e Cultural, Ambiental e Geografia do Séc.XX:
Os atuais conceitos de Estado-Nação, País, fronteira e território
Redefinição de Conceituações e representação do espaço: lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade;
A importância da cartografia para o domínio da geopolítica e a representação do espaço através de mapas, plantas, croquis, globos entre outros.
Localização: Meios de orientação naturais, artificiais, coordenadas geográficas – paralelos e meridianos
Símbolos e convenções cartográficas : escalas,projeções, curvas de nível, altimetria, hipsometria;
Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais
Espaço Sideral,Astronomia e Conceitos básicos
Universo: Galáxias, Estrelas, Sistema Solar , planetas e satélites.
Teorias do surgimento do Universo - BIG-BANG, Teorias do Surgimento da Terra, do
Continentes (Deriva Continental e das Placas Tectônicas).
Os Movimentos da Terra no Universo e suas influencias para organizar o espaço geográfico, as conseqüências, os fusos horários, solstícios e equinócios.
Os diferentes Fusos Horários no mundo e no Brasil. Linha Internacional de Mudança de data;

2º SEMESTRE

As Eras Geológicas; a formação e espacialização dos recursos naturais.
Dinâmica Interna e Externa da Terra
Minerais e rochas da crosta terrestre
Os solos
Classificação e especialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas.
Atmosfera e sua dinâmica: o tempo e o clima;
Os climas do Mundo, Brasil e Paraná;
Os grandes paisagens ou domínios morfoclimáticos Do Mundo – Brasil e Paraná;
A água – continentais geleiras e oceânicas. Aproveitamento, Geopolítica e Conservação.
Bacias Hidrográficas no Brasil e no Paraná e seu
Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o solo o ar e o clima
Atividades Humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas Geográficas Mundiais, do Brasil e Paraná
Patrimônios culturais e ecológicos
Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano e rural

2ª SÉRIE
A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
GEOPOLÍTICA
SOCIOAMBIENTAL
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA

1º SEMESTRE

Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas.
Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países.
Os índice de desenvolvimento humano (idh) populacional nos países ricos- desenvolvidos e industrializados, países emergentes subdesenvolvidos e países pobres ou periféricos.
Relações entre a composição demográfica, emprego, renda e situação econômica do país, da região e do lugar.
População urbana e População rural Estrutura etária e setores da economia.
Dinâmica populacional, movimentos migratórios internos e externos.
Diversidades étnicas e o racismo, migração e desemprego.
Questão territoriais indígenas Brasil e Paraná.
Movimentos sociais e a reordenação do espaço urbano
aspectos culturais das identidades regionais.
Urbanização mundial
Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades grandes, médias e pequenas.
A rede hierárquica das cidades. - As metrópoles e as cidades globais
A dimensão econômica da produção do espaço urbano e as áreas de risco, encosta e várzeas- Problemas ambientais em grandes centros urbanos
Ambientes urbanos e rurais e as interdependências.
A questão da moradia.
Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre outros
Movimentos migratórios e suas implicações, econômico-culturais e sócio espaciais
Êxodo Rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural
Os problemas ambientais provocados pelo lixo domestico, urbano, entre outros
Crise ambiental e interesses econômicos e políticos.
Políticas Públicas e saneamento Básico.

2º SEMESTRE

Questão e luta pela terra no Brasil.
Conflitos do campo e a Estrutura Fundiária
A questão agrária e fundiária na América latina e países subdesenvolvidos
Modos de produção Agrícola e as tendências da agricultura mundial e políticas agrícolas no mundo desenvolvidos ricos e subdesenvolvido pobres
Sistemas agrícolas: Subsistência, Intensiva, Revolução Verde, Plantation, Orgânicos
A biotecnologia e a nova Revolução agrícola.
Indústria e transformações do espaço geográfico. Países altamente industrializados
Indústria e globalização.
Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográfica; Mundo no Brasil.
Paraná.
Revolução técnico - cientifico.
Infra-estrutura energética no mundo. racionamento e privatizações.
Principais fontes de energia; e a energia alternativa.
Recursos naturais, Conservacionismo (uso sustentável de bens naturais) e Preservacionismo (*Áreas protegidas)


3ª SÉRIE
A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
GEOPOLÍTICA
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA

1º SEMESTRE

Modos de produção e Formações Socio-espaciais
A Nova Ordem Mundial no início do Século XXI: o fim dos três mundos e atual oposição
Norte/Sul.
Internacionalização do Capital e Sistemas Financeiros
Novos Papéis das organizações Internacionais
Formação dos Bloco Econômicos Regionais.
Regionalização do espaço Mundial
Comércio Mundial OMC
Redefinição de Fronteiras: Conflitos de base territorial, tais como: Étnicos, Culturais, Político, econômicos, entre outros Nacionalismos, Xenofobia minorias étnicas, separatismo e; diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego.

2º SEMESTRE

Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre outros
Reestruturação do 2o Mundo e Economias de Transição
Oposição – Norte/Sul e aspectos Econômicos da produção
Fim do Estado do Bem Estar do Neoliberalismo
A noção de Espaço brasileiro no contexto mundial- Localização
O território brasileiro: a Dinâmica da natureza
Indicadores Sociais brasileiro: Saneamento básico, meio ambiente e ocorrências de doenças

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Espera-se que os educando construam um conjunto de conhecimentos referentes à conceituação espacial, os procedimentos e atitudes que lhes permitam ser capazes de serem críticos e dinâmicos, interligando a teoria com a prática e a vivência. E mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos. Tendo a cartografia como fio condutor ou ferramenta essencial para transitar em diferentes escalas de representações e leituras geográficas. Considerando as relações espaço e tempo, sociedade e natureza e as relações de poder entre os homens , assim, possibilitando uma análise ampla e crítica do objeto, a partir dos conteúdos Estruturastes.
O professor ao planejar os elementos ou objetos da geografia, deverá apresenta-los através de aulas expositivas, leitura e interpretação de textos, de livros didáticos, de revistas e jornais, internet, além das discussões e explanações orais, em mesa redonda , seminários, oficinas, aulas de campo.
Nessa perspectiva, o estudo do conteúdo estruturante deve possibilitar aos educandos que compreendam o espaço geográfico de maneira ampla, intrínseca e crítica. O trabalho pedagógico deve considerar recortes que enfoquem o local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço-temporal, ou seja, a interpretação histórica das relações de poder.

AVALIAÇÃO

A avaliação como parte integrante do processo pedagógico deve acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor, numa concepção que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem durante o ano letivo.
A avaliação é sempre uma situação complexa, pois o seu resultado depende de diversos fatores e nem sempre conseguimos distinguir o peso de cada um. Além disso, precisamos avaliar o que o aluno aprendeu, com aquilo que é capaz de aprender e com o que foi oferecido no processo Ensino e Aprendizagem.
É fundamental que avaliação seja mais que uma definição de uma nota ou um conceito. É imprescindível que seja diagnóstica e continuada, e que dê suporte a (re) elaboração da prática.
O processo avaliativo deve usar vários instrumentos que contemple: Leituras e interpretações de textos, gráficos, mapas,tabelas, imagens e paisagens. Produção de textos, relatórios; provas escritas, orais, pesquisas escritas, orais e construção de painéis, participação das atividades em sala de aula individual e em grupos. seminários, mesa redondas e apresentação de relatórios individuais das discussões propostas de avaliação, participativa e percentual.
A LDB. 9394//96 determina que avaliação formativa, considerada um avanço em relação à avaliação tradicional somativa ou classificatória.


BIBLIOGRAFIA

MELHEM Adas. Panorama Geográfico do Brasil. 4a ed. Ed. Moderna. São Paulo.
LUCCI Elian Alabi. Geografia geral e do Brasil. Editora saraiva. São Paulo: 2004.
SENE Eustáquio. Geografia geral e do Brasil. Editora Scipione. São Paulo, 2002.
MAGNOLI Demétrio. Projeto de ensino de geografia. Editora Moderna. São Paulo, 2000.
James & Mendes. Geografia geral e do Brasil. Editora FTD. São Paulo, 2004.
Marina e Tércio. Geografia Geral e do Brasil
Vários Autores – Geografia Ens. Médio– SEED Curitiba- 1.Ed. Impresso no Brasil 2006.






















COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História como disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de História se apresentam como indicativo para as Diretrizes Curriculares, bem como para a Proposta Curricular da disciplina.
A História como disciplina é importante por possibilitar ao aluno conhecimento para compreender o conjunto das transformações realizadas pelas ações humanas, seja o modo como homens e mulheres em suas relações sociais produziram e transformaram sua existência, mediadora da prática social, ou seja, das relações socais diversas construídas no cotidiano do viver em sociedade. Vai dar base de sustentação teórica para o indivíduo compreender sua realidade social, proporcionando consciência de sua real importância no contexto histórico percebendo-se como cidadão transformador da história, que não é único, valorizando e respeitando valores e práticas das várias etnias.
Pois o estudo da História contempla fatos, ideologias, lutas, interesses, costumes, cultura no tempo passado, relacionando com o momento presente nos diversos aspectos. Desenvolve de forma harmônica o crescimento intelectual, espiritual, econômico, político, conceitos e atitudes que propõe suscitar reflexões a respeito da produção do saber histórica.
Contribui para que o ser humano tenha acesso e apropriação do conhecimento científico e possa organizar-se no coletivo como sujeito histórico, incluído de forma crítica numa perspectiva transformadora. Compreende a cidadania como participação social e política exercendo seus direitos e deveres, tendo atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, posicionando-se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais utilizando o conhecimento histórico no diálogo para mediar os conflitos. Conhecendo as transformações históricas produzidas por homens e mulheres, as depredações ao meio ambiente decorrente de necessidades, busca soluções, para garantir a sua existência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL

5ª SÉRIE
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Produção do conhecimento histórico
O historiador e a produção do conhecimento histórico:
Tempo, temporalidade;
Patrimônio material e imaterial;
Pesquisa.

Articulação da História com outras áreas do conhecimento
Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia.
Arqueologia no Brasil
Lagoa Santa Luzia (MG)
Serra da Capivara (PI)
Sambaquis (PR)

Povos Indígenas no Brasil e no Paraná
Ameríndios do território brasileiro
Kaingan, Guarani, Xetá e Xokleng

A chegada dos europeus na América
(dês) encontros entre culturas
Resistência e dominação
Escravização
Catequização
Formação da sociedade brasileira
América portuguesa
Organização político-administrativa (Capitanias hereditárias, Sesmarias)
Manifestações culturais (sagrada e profana)
Organização social (família patriarcal e escravismo)
Escravização de Indígenas e africanos
Cultura afro-brasileira

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A humanidade e a História
De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações
Teorias do surgimento do homem na América
Mitos e lendas da origem do homem
Desconstrução do conceito de Pré-história
Povos ágrafos, memória e história oral

As primeiras civilizações na América
Olmecas, mochicas, tiwanacus, maias, incas e astecas

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia
Egito
Hebreus, gregos e romanos

Península Ibérica nos séculos XIV e XV, cultura, sociedade e política
Reconquista do território
Religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo
Comércio (África, Ásia, América e Europa)

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
Comércio
Organização política - administrativa
Manifestações culturais
Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a bateia, construção civil

Diáspora Africana

6ª SÉRIE
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX

CONTEÚDOS ESPECÍFICO

Expansão e consolidação do território
Missões
Bandeiras
Invasões estrangeiras

Colonização do território “paranaense”
Economia
Organização social
Manifestações culturais
Organização política – administrativa

Movimentos de contestação
Quilombos (Br e Pr)
Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo
Revoltas Nativistas e Nacionalistas
Inconfidência mineira
Conjuração Baiana
Revolta da Cachaça
Guerra da Maneta
Guerra dos Mascates

Chegada da Família Real ao Brasil
De colônia a Reino Unido
Missões artístico – científica
Biblioteca Nacional
Banco do Brasil
Imprensa Régia
Urbanização na Capital

O processo de Independência do Brasil
Governo de D. Pedro I
Constituição Outorgada de 1824
Unidade Territorial
Manutenção da Estrutura Social
Confederação do Equador
Província Cisplatina
Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha
Cultura afro-brasileira

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Consolidação dos Estados Nacionais Europeus e Reforma Pombalina
Reforma e Contra-Reforma

Independência das Treze Colônias Inglesas da América do Norte
Diáspora africana
Revolução Francesa

Invasão Napoleônica na Península Ibérica

7ª SÉRIE
PENSANDO A NACIONALIDADE DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A construção da Nação
Governo de D. Pedro II
Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850
Início da imigração européia
Definição do território
Movimento abolicionista e emancipacionista

Emancipação política do Paraná – 1853
Economia
Organização social
Manifestação culturais
Organizações política – administrativa
Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas (europeus)
Os povos indígenas e a política de terras.

A Guerra do Paraguai e ou a Guerra da escravidão

O processo de abolição da escravidão
Legislação
Resistência e negação
Discursos
Abolição
Imigração – senador Vergueiro
Branqueamento e miscigenação

Os primeiros anos da República
Idéias positivas
Imigração asiática
Oligarquia, coronelismo e clientelismo
Movimentos de contestação: campo e cidade
Movimentos messiânicos
Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro
Movimento operário: anarquismo e comunismo
Paraná:
Guerra do Contestado
Greve de 1917 – Curitiba
Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins , Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim
Cultura Afro- brasileira

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
ludismo
socialismo
anarquismo
Relacionar: Taylorismo e Toyotismo
Colonização da África e da Ásia
Guerra civil e Imperialismo estadunidense
Carnaval na América Latina: entrudo, mora e candomblé.
Questão Agrária na América Latina
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa

8ª SÉRIE
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA COMTEMPORANEIDADE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
economia
organização social
organização política – administrativa
manifestações culturais
coluna Prestes

A Revolução de 30 e o Período Vargas (1930 – 1945)
leis trabalhistas
voto feminino
ordem e disciplina no trabalho
mídia e divulgação do regime
criação do SPHAN, IBGE
futebol e carnaval
contestação da ordem
integralismo
participação do Brasil na II Guerra Mundial
Populismo no Brasil
Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart
Construção do Paraná Moderno
Governos de Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Neto e Ney Braga.
Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa
Copel, Banestado, Sanepar, Codepar
Movimentos culturais
Movimentos sociais no campo e na cidade EX: revolta dos colonos da década de 50 – Sudoeste
Os Xetá
O Regime Militar no Paraná e no Brasil
repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação
o uso ideológico do futebol na década de 70, tricampeonato mundial, a criação da Liga Nacional, campeonato brasileiro
cinema novo
teatro
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra
Movimentos de contestação no Brasil
resistência armada
Tropicalismo
Jovem Guarda
Novo Sindicalismo
Movimento Estudantil
Paraná no contexto atual
Redemocratização
Constituição de 1988
Movimentos populares rurais e urbanos: MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia) CUT, Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
Mercosul
Alca
Cultura Afro – brasileira
O Brasil no contexto atual
A comemoração dos 500 anos do Brasil, análise e reflexão

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Crise de 1929
ascensão dos regimes totalitários da Europa
Movimentos populares da América Latina
Segunda Guerra Mundial
Independência das Colônias Afro – Asiáticas
Guerra Fria
Guerra Fria e os regimes militares na América Latina
Política de boa vizinhança
Revolução Cubana
11 de Setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende
Censura dos meios de comunicação
O uso ideológico do futebol na década de 1970
A copa na Argentina – 1978

Movimento de contestação no mundo
Maio de 68 – França
Movimento Negro
Movimento Hippie
Movimento homossexual
Movimento feminista
Movimento ambiental
Movimento punk

Fim da Bipolarização Mundial
Desintegração do bloco socialista
Neoliberalismo
11 de Setembro nos EUA
Globalização

África e América Latina no contexto atual

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia deve ser fundamentada em uma abordagem interacionista possuindo por consequência como ponto dechegada à prática exercida no contexto escolar. Considerando a faixa etária, necessidades de cada um, capacidade de compreensão, consciência e ação transformadora sobre o mundo, desenvolvendo responsabilidades morais e políticas.
Faz necessário na abordagem histórica à adoção de procedimentos que facilitem e estabeleçam relações de discernimento, compreensão, construção, análise, crítica, temporalidade, mudança e permanências nos diversos momentos históricos. Para trabalhar os conteúdos de história contamos com livros didáticos e clássicos, criação de mini – museus, música, instrumentos musicais como material didático pedagógico. Todos os recursos serão utilizados tendo a dialética como principal método entre as correntes históricas. Também serão utilizados atividades coletivas depoimento relatando experiências de alunos do seu cotidiano, partindo-se da leitura de textos levando ao conhecimento elaborado, em seminários, confecções de cartazes e, pesquisa. Visita a locais histórico, entrevista, produção de texto, aula expositiva, discussões, utilização de música, teatro, poesias, dança, vídeos, filmes, jornais, revistas, etc.
A leitura de textos científicos, os livros didáticos e para didáticos serão utilizados como recursos para mostrar ao aluno a constante necessidade da leitura para atualização e desenvolvimento intelectual. Será através dessas leituras que surgirão confrontos de diferentes concepções de mundo, de valores na qual estas concepções dá ao educando condições de percepção das diferentes idéias, atitudes e valores sempre visando o respeito ao outro.
AVALIAÇÃO

Será contínua, buscando superar suas dificuldades.
Dispondo de leitura, interpretação, produção de textos, seminários, de relatos de experiências, partindo do senso comum para o científico. Apresentação de painéis e murais, debates, criação de cartazes, charges, história em quadrinhos, textos, poesias, plagio de músicas, reflexão de áudios visuais, filmes e documentários, reportagem, notícias, avaliação oral e escrita.

BIBLIOGRAFIA

DOBIO, N.; METTEUCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. 5. ed. Brasília: Ed. da UNB, 1995.
BURNS, E. M. História da civilização ocidental: do homem das cavernas até a bomba atômica: o drama da raça humana. Porto Alegre: Ed. Globo, 1968.
GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ANDERSON, P. Linhagem do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985.
HOBSBAWN, E. J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
BOURBON, R.; BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática, 1993.
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil Nunca Mais. Petrópolis: Vozes, 1985.
HELLER, M. I. Resistência democrática: a repressão política do Paraná. Rio de Janeiro: Paz e Terra; Curitiba: Secretaria de Cultura do Estado do Paraná, 1988.
FURQUIN, G. História econômica do ocidente medieval. Rio de Janeiro: Edições 70, 1991, p.265.
FREDERIKSEN, M. W. Cidades e habitações. In: BALSDON, J. P. V. (Org). O mundo romano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
GIORDANI, M. C. História do mundo árabe medieval. Petrópolis: Vozes, 1976, p.216-217.
ARISTÓFANES. A greve dos sexos (Lisístrata): A revolução das mulheres. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
BLOCH, L. Lutas sociais na Roma antiga. Lisboa: Publicações Europa-América, 1956.
DUBY, G.; PERROT, M (Org). História das mulheres no ocidente: a Antigüidade. Porto: Edições Afrontamento, 1993, v.1.
DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1995.
MACEDO, J. R. Movimentos Populares na Idade Média. São Paulo: moderna, 1993.
MOLLAT, M. Os pobres na Idade Média. Rio de Janeiro: Campus, 1989.


ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Na década de 70 o ensino de história foi predominantemente tradicional, fato intimamente ligado à vigência do AI-5 que limitava o discurso historiográfico dentro e fora da sala de aula.
Com o processo de democratização, iniciado no final da década de 80, esperava-se que a disciplina de história recuperasse o seu vigor crítico. Lamentavelmente não foi isso que aconteceu, pois o que se viu foi à invasão dos livros didáticos de duas vertentes teóricas que pouco tinham a dizer para os alunos: de um lado, um marxismo vulgar e, de outro, uma certa “história dos annales” que esteve o tempo todo “de costas para a história política”.
A teoria da história marxista que esteve na base dos livros didáticos, no início dos anos 80, tinha como centralidade, a ideia do desenvolvimento das forças produtivas como motor da história, nesse modelo não espaço para a ação dos sujeitos. O contraponto feito a esse modelo foi à teoria da história elaborada pelos “annalistes”, para muitos dos quais, a ideia de “estrutura social”, suplanta a ideia de sujeito histórico. Na ressaca da ditadura tivemos, portanto, UMA HISTÓRIA SEM SUJEITO!
No início dos anos 90, quando a onda neoliberal se abateu sobre a sociedade brasileira, com a competência de uma machadada de brucutu, uma parte considerável da esquerda acadêmica, estava desarmada intelectualmente para enfrentar a novíssima pauta política. Muitos chegaram a ler a experiência neoliberal como algo inexorável, parte do desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo! Ensinar uma história sem sujeitos deu nisso!
A história que queremos ensinar é outra! Para nós, o motor da história são os conflitos de classes. Nesses conflitos o sujeito tem um papel central. Esse sujeito, tanto pode ser um indivíduo, um grupo ou uma classe social.
Ensinar história dentro desse paradigma, implica pensar toda a história ocidental como uma narrativa do sistema capitalista que ao desenvolver-se, desarticula os outros modos de produção. Então, a melhor modalidade para ensinar história, de acordo com esse entendimento, é a história temática, tendo a história do capitalismo e a resistência a ele, como temáticas centrais e norteadoras de toda a reflexão. Dizendo de outra maneira: estudaremos a história da humanidade para melhor entender a história do capitalismo.

OBJETIVO GERAL
Ensinar história rompendo com um certo saber enciclopédico, fechado em si mesmo. A idéia é mostrar ao aluno do segundo grau que é possível recuperar um a outra história, analisando a própria narrativa histórica tradicional.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS – 1ª SÉRIE

Possibilitar que o educando perceba o conhecimento histórico como um produto humano, por isso mesmo, frágil e provisório.
Desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e sistematização dos conhecimentos;
Perceber que há uma relação entre sujeito histórico e tempo histórico.
Preparar o educando para o convívio com a diversidade cultural.
Entender que as relações de trabalho são historicamente condicionadas pelas relações de poder e propriedade;
Entender que a escravidão NUNCA FOI NATURAL, mas produto de relações de poder;
Entender a escravidão que vigorou e vigora nos trópicos como parte integrante de um “dado modelo de modernidade”excludente;
Entender o trabalho assalariado como produto de uma dada construção histórica;
Entender o desemprego como uma construção histórica que tem como ponto de partida a separação entre trabalhadores e meios de produção.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 1ª SÉRIE

RELAÇÕES DE TRABALHO

Conceitos de trabalho
O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
Revolução neolítica e o surgimento da propriedade;
Revolução neolítica e a alteração na forma de trabalhar;
Revolução neolítica e as relações de trabalho entre os gêneros;
Revolução neolítica e o surgimento das classes sociais;
Filosofia e escravidão;
Transcrição do trabalho escravo para o trabalho livre: mão – de – obra no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;
Capitalismo e escravidão, uma combinação possível?
Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (século XVIII e XIX);
Urbanização e industrialização no Brasil;
A construção do trabalho assalariado;
O trabalho na sociedade contemporânea;
O mundo do trabalho no Brasil e no Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS – 2ª SÉRIE

Possibilitar que o educando perceba o conhecimento histórico como um produto humano, por isso mesmo, frágil e provisório.
Desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e sistematização dos conhecimentos;
Perceber que há uma relação entre sujeitos históricos e tempo histórico;
Preparar o educando para o convívio com a diversidade cultural;
Entender que o ESTADO tem uma história e sofre transformações ao longo do tempo;
Entender que o ESTADO representa os interesses de um grupo social que é hegemônico na sociedade;
Entender as relações entre hegemonia política e poder econômico;
Perceber as relações entre ESTADO, POLÍTICA E RELIGIÃO no Egito antigo, entre os persas, na Mesopotâmia, na sociedade judaica e no mundo atual;
Comparar a democracia grega com a democracia atual, percebendo os perigos e possibilidade de cada modelo;
Entender os mecanismos políticos que estiveram na base da formação do Estado moderno;
Entender o perfil de classes da revolução maquiavelana;
Comparar o pensamento de Hobbes, Maquiavel e J., Bossuet, percebendo as semelhanças e diferenças entre eles;
Comparar a formação do Estado Nacional com a formação do Estado brasileiro;
Perceber as contradições no processo de construção da nação brasileira;
Relacionar a VIOLÊNCIA DO ESTADO com os interesses da classe social hegemônica. Perceber a primeira e segunda guerras mundiais, como uma violência entre Estados imperialistas.
Perceber a violência dos ESTADOS durante a GUERRA FRIA, como produto da lutas de classes;
Perceber que o PODER não está apenas nas ações do ESTADO, mas em todas as relações humanas;
Perceber que o conjunto das relações de poder são produtos de um metabolismo social, que na atualidade, é condicionado pelos códigos do capitalismo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 2ª SÉRIE

O conceito de Estado
Estado na antiguidade oriental: poder político e poder religioso;
A Mesopotâmia;
O Egito;
Religião e política no Egito antigo;
Os hebreus: Estado ou comunidade religiosa?
O Estado na Grécia antiga;
Características da escravidão em Atenas e Esparta;
Classes e luta de classes na Grécia antiga;
A democracia grega;
A concepção de política de Aristóteles;
As reformas políticas da democracia ateniense;
Democracia grega e democracia de massas, dilemas e virtudes.

Relações de poder: conquistadores e conquistados
O Expansionismo Persa;
O Expansionismo Macedônico;
O Estado na Idade Média: privatização do pode?
Sociedade Feudal na Europa Ocidental;
Religião e política: o Estado Islâmico em discussão.

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados nacionais;
A formação do Estado Moderno;
Teóricos do Estado Nacional absolutista;
Do Estado absolutista ao Estado – Nação;
Teóricos do Estado – Nação;
Independência do Brasil e a formação do Estado nacional;
A construção da ideia da nação brasileira;
Símbolos nacionais brasileiros;
Relações de poder e violência no Estado;
O Estado e as relações de poder;
As Guerras revolucionárias e nacionais;
As Guerras Mundiais;
Totalitarismo e violência;
A Guerra Fria e a violência;
Relações de poder e formas de violência;
A tortura como “argumento” político.

O Estado Imperialista e a sua crise
O imperialismo e a construção da miséria no continente africano;
O imperialismo e o racismo na África do Sul;
A formação de império e colônias no século XIX;
A formação dos impérios colônias e a Diáspora negra;
O papel da escravidão na construção da acumulação primitiva de capitais no Brasil e no mundo;
Imperialismo e cultura: as teorias que justificam o imperialismo;
Imperialismo e cultura: os negros nos filmes americanos;
Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais;
A crise do Estado imperialista;
A formação dos regimes totalitários: ameaça à liberdade;
A arte nos regimes totalitários na Alemanha e Itália;
A indústria cultural e as nações imperialistas;
Os Estados e a bipolarização do mundo contemporâneo;
Crise do socialismo na União Soviética;
O ataque ao Império estadunidense.

Urbanização e industrialização no Paraná
As primeiras vilas e cidades do Paraná;
O caminho de Viamão;
A contribuição da erva – mate para a formação de vilas e de cidades no Paraná;
O tráfego interprovincial de escravos no Paraná;
A diáspora negra: a construção do silêncio;
A ocupação do interior: o surgimento de novas cidades vinculadas ao agro extrativismo;
A diversidade da agropecuária e da industrialização espalhada pelo território paranaense.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS – 3ª SÉRIE

Possibilitar que o educando perceba o conhecimento histórico como um produto humano, por isso mesmo, frágil e provisório.
Desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e sistematização dos conhecimentos;
Perceber que há uma relação entre sujeito histórico e tempo histórico.
Preparar o educando para o convívio com a diversidade cultural;
Perceber que a cidade é um ambiente plural, repleto de relações de poder;
Perceber que muitas das relações de classes presentes nas cidades antigas, estão presentes nas cidades contemporâneas;
Identificar os mecanismos de dominação e resistência presentes na cidade antiga;
Identificar os mecanismos de dominação e resistência na cidade contemporânea;
Identificar como as relações de classe estão presente nas divisões e re-divisões do espaço urbano;



CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 3ª SÉRIE

As cidades na história
As cidades neolíticas: o caso de Çatalhöyük;
As cidades antigas : urbanismo em Grécia e Roma;
O Islã: civilização urbana;
As cidades na América pré – colombiana;
A expansão urbana na Europa dos séculos XI – XIII;
Cidades e catedrais: românica e gótica;

Relações culturais nas sociedades grega e romana
Mulheres, plebeus e escravos;
As mulheres na sociedade grega;
A representação das mulheres na filosofia grega;
A imagem da mulher grega nas Artes;
As mulheres na sociedade Romana;
A luta por direitos da plebe na sociedade romana;as revoltas dos escravos;

Relações culturais na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos, mulheres hereges e doentes
O (pré) conceito de Idade Média;
Sociedade medieval: uma reflexão sobre a sociedade feudal;
Algumas manifestações de dominação e resistência entre os camponeses;
Algumas manifestações de dominação e resistência nas cidades;
Uma mapa da exclusão social na Idade média;
Algumas reflexões sobre as mulheres na Idade Média;
Algumas reflexões sobre os hereges na Idade Média;
Algumas reflexões sobre os doentes na Idade Média;
A Hanseníase;
A Peste Negra

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
Transformações do mundo moderno;
Reforma protestante e o fim do monopólio religioso da igreja católica;
França Antártica: uma experiência protestante ou uma experiência indígena na América portuguesa?
Revolução gloriosa e o triunfo da burguesia sob o absolutismo;
O pensamento Iluminista, Razão e Modernidade;
As novas ideias e as contestações dos trabalhadores.

METODOLOGIA

Há uma forte disposição em ensinar contextualmente, conforme determina à nova LDB. Isso significa que os novos conceitos serão apresentados aos alunos como situações da vida real, procurando fazer uma conexão entre o cotidiano do educando e a herança histórica.
Além do que, os exemplos e os exercícios serão apresentados no contexto vivido pelo educando, de modo que ele perceba as conexões existentes entre a história da cidade, do Estado e do Brasil como restante da história da humanidade.
Conforme a teoria da aprendizagem contextual, esta ocorre somente quando o aluno processa a informação ou conhecimento novo, de tal maneira que tenham sentido em sua bagagem de referência (seu próprio mundo interno de memória, experiência resposta). Esse enfoque de aprendizagem e ensinamento supõe que o aparelho cognitivo do aluno busque o significado no contexto, ou seja, em torno de onde a pessoa se localiza, e busque relações que tenham sentido e pareçam úteis.



AVALIAÇÃO

A avaliação não pode mais ser um mecanismo de controle externo do aluno, mediante notas e conceitos, mas ser entendida como parte integrante de um complexo processo educacional. Assim, o processo avaliativo não se restringe a mensurar o fracasso ou o sucesso dos alunos, mas orientar o professor na escolha das estratégias a serem adotadas para o processo de ensino – aprendizagem, acontecendo contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.
Vista dessa forma, a avaliação possibilita conhecer o quanto o educando se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor e a família tem em função da intervenção pedagógica realizada.
A avaliação, portanto, possui duas facetas: uma para o professor, outra para o aluno. Para o primeiro é um mecanismo valioso para subsidiar a reflexão sobre sua prática pedagógica, possibilitando a criação de novos mecanismos de trabalho, novas abordagens, novas linguagens. Para os educandos, a avaliação serve como instrumento de tomada de consciência de suas conquistas e dificuldades, muitas vezes não aceitas, mas também não superadas. Já para o estabelecimento de ensino, a avaliação é um mecanismo estratégico usado para definir e, ou, redefinir prioridades. Por isso, o processo de avaliação será feito de forma diagnóstica, formativa, somativa, cumulativa e participativa através de:
Participação nos trabalhos apresentados individuais e/ou em grupos;
Pesquisa dos temas propostos;
Realização de passeios, relatórios e seminários;
Construção de maquetes, texto, pesquisas;
Interpretação e compreensão dos textos e músicas apresentados como sendo sujeitos e produtos do processo.




RECURSOS

O ensino contextualizado atribui ao professor a tarefa de fazer uma ligação entre os conteúdos discutidos em ala de aula e a vida do aluno. Acreditamos que uma forma de fazer isso é através da exibição de filmes relacionados com os conteúdos estudados.
Além disso, as grandes sínteses serão apresentadas em forma de transparências, mediante o uso de retro projetor, como mecanismo de apoio ao livro didático.





BIBLIOGRAFIA

BOBIO, Norberto; METTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 5. ed. Brasília. Ed. Da UNB, 1995.
BURNS, Edwaed McNall. História da civilização ocidental: do homem das cavernas até a bomba atômica: o drama da raça humana. Porto Alegre. Ed. Globo, 1968.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasileense, 1985.
HOBSBAWN, Eric J. nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz na Terra, 2002.
BOURDON, Raymond; BOURRICAUD, François. Dicionário crítico de sociologia. São Paulo: Ática, 1993.
ARQUIDIOCESSE DE SÃO PAULO Brasil Nunca Mais. Petrópolis: vozes, 1985.
HELLER, Milton Ivan. Resistência democrática: a repressão política do Paraná. Rio de Janeiro: Paz na Terra; Curitiba: Secretaria de Cultura do Estado do Paraná, 1988.







COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Sabemos que, para grande parte de alunos, a língua padrão a ser ensinada representa quase uma língua estrangeira, pois o vocabulário que a maioria conhece é bem diferente daquele que passa a ver a partir das primeiras palavras lidas e escritas na escola. Nesse contexto, ficam evidentes as dificuldades encontradas pelos professores de língua estrangeira que devem ter bem claros os objetivos que almejam alcançar, bem como e para que se está ensinando outra língua.
Nessa abordagem deve-se levar em consideração o indivíduo que está aprendendo, a sua classe social e suas relações sociais. E a escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto instrumento.
A língua estrangeira, assim como a língua materna deve ser encarada como um elemento básico da vida social sem a qual não seria possível qualquer tipo de organização e sem a qual não haveria transmissão e acúmulo de conhecimentos. Ao contrário do que se vê, a língua não é um conjunto abstrato de signos, ela está em permanente evolução. É por isso que não temos segundo Bakhtin, no livro Marxismo e Filosofia da Linguagem, uma língua ensinada, mas sim várias formas de discurso que a compõem dentro de uma sociedade, a falta comum de todo dia, o discurso publicitário, o jurídico, o político, etc., fazer o aluno tomar consciência da realidade que ele vive, ao entrar em contato com vários discursos, deveria ser um dos objetivos do ensino da língua, de compreensão da realidade social e de atuação crítica e democrática para a transformação da realidade.
Assim, a língua estrangeira deve contribuir na formação do aluno do Ensino Público para que tenha noção do seu lugar no mundo e maior acesso às informações, pois através do conforto com o novo, com a língua e a cultura do outro, ele terá mais facilidade em se posicionar, reconhecendo a situação geográfica, econômica e cultural do seu próprio país ao analisar e respeitar as diferenças entre duas culturas.


OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Reconhecer que o aprendizado de outras línguas possibilita o acesso a bens culturais da humanidade.
Identificar no universo que o cerca, as línguas estrangeiras utilizadas no sistema de comunicação e sentir-se como parte integrante de um mundo que fala várias línguas.
Fazer uso da língua estrangeira que está aprendendo para desenvolver não somente sua consciência lingüística, mas também uma consciência crítica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Constituirá o conteúdo estruturantes para o ensino de língua estrangeira moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. Pois, como afirma Bakhtin: “... o essencial na tarefa de decodificarão não consiste em se conhecer a forma utilizada, mas compreende-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”.
O aluno do ensino médio já possui experiência no trabalho com a linguagem de língua estrangeira e, o professor deve levar em conta esse conhecimento de que o aluno já dispõe e subsidiá-lo para que perceba as novas referências culturais para assim, Ter condições de interagir em nova discursividade.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em que prática for:
conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio – programáticos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A partir do conteúdo estruturante deve-se abordar questões lingüísticas, sócio – programáticas, culturais, e discursivas, assim como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois darão suporte para que o aluno interaja com os textos. No entanto é preciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal – que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. São os erros resultantes das atividades dos alunos que permitirão ao professor relacionar seus conteúdos e orientar sua prática em sala de aula. Para isso é importante o conhecimento sócio – programático, bem como as questões político – ideológicas e reconhecimento das diversidades culturais.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação segue uma continuidade, um progresso, pois o aluno é avaliado no seu todo, no dia a dia. Ela não será um ato isolado, mas contínuo, permanente e coerente em suas partes, seguindo o critério de capacidade crítica sobre determinada situação (habilidade de julgar, apreciar, examinar).
Deste modo, expressão oral e escrita estarão sendo avaliadas através de interpretação de textos, questões objetivas e subjetivas sobre um texto apresentado, para verificar o grau de compreensão por parte do aluno sobre o conteúdo ministrado e o grau de conhecimento linguístico.
Testes sobre o conhecimento trabalhado verificando a apropriação da gramática da Língua Inglesa. Teste oral.
Desempenho nas atividades propostas em sala de aula, dramatização, dublagem, jogral, confecção de cartazes, trabalhos de pesquisa, etc., que resultem no uso e na compreensão de Língua Inglesa.
Entende-se portanto, que a avaliação será considerada através das diferentes naturezas, ou seja, diagnóstica, somativa e formativa que se articulam com os objetivos específicos e conteúdo definido na escola, respeitando as diferenças individuais e escolares. Assim, espera-se diversidade, nos formatos de avaliação, de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.
BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

__________ Estética da criação verbal. Cidade, 1992.

BRASIL. Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

__________ Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

DCE Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba 2006

LOPES, Luiz Paulo M. A nova ordem mundial, ao parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA & RAMOS (Orgs.). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

SILVEIRA, M. I. M. Línguas estrangeiras: uma visão histórica das abordagens, métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Catavento, 1999.



















COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO

O ensino da matemática vive hoje um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a sociedade pleiteia e justifica a sua presença de uma forma marcante nos currículos escolares – percebe-se que a maioria dos conteúdos ensinados nos bancos escolares, é considerada desinteressante e inútil, por não estar vinculado à realidade social. Dentro desta perspectiva, o ensino da matemática, encarado como sendo a transmissão de um conjunto estático de conhecimentos e técnicas, como um produto acabado, contribui - através de praticas que se utiliza de conteúdos fragmentados, sem significado, impostos de cima para baixo sem a participação dos alunos, de processos de avaliação classificatórios e de instrumentos disciplinadores que cerceiam o direito de manifestação dos alunos – com isolamento dos mesmos, “domesticando-os” para as relações produtivas do mundo capitalista. É a matemática pela matemática, ciência fechada em si mesma, concretizando uma visão parcial de ciência.
Uma tentativa de rompimento com esse modo de conceber a prática pedagógica em matemática implica na proposição de metodologia que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos e significados, o estabelecimento de relações com experiências anteriormente vivenciadas. Proporciona, portanto, construção de seus conhecimentos como solução de problemas significativos, respondendo ás exigências do contexto que está inserido e não apenas às expectativas do professor.
Os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática – natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004, p. 70): “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.” Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público (id. 2004, p. 71)”.
Este campo de investigação prevê a formação de um estudante critico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles, o matemático.
Desta forma, o ensino da matemática tratará a construção do conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
Um dos objetivos da disciplina da Matemática é transpor, para a prática docente o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.
Pela construção histórica do objeto matemático é possível identificar e organizar alguns campos do conhecimento matemático, aqui denominados de conteúdos estruturantes. A seleção de conteúdos e a abordagem dos mesmos são pontos imprescindíveis na organização curricular.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.
Para o ensino fundamental da rede pública, os conteúdos estruturantes são:
Números, operações e álgebra;
Medidas;
Geometria
Tratamento da Informação;
Esses conteúdos estruturantes estão assim divididos:

5ª SÉRIE

Números, Operações e Álgebra:
Sistemas de Numeração;
Números Naturais e racionais positivos
Problemas envolvendo as Quatro Operações;
Múltiplos e Divisores;
Noções de Porcentagem;
Potenciação e Radiciação (raiz quadrada).

Medidas:
Sistema de Medidas;
Comprimento, áreas, volume, capacidade, massa, tempo, sistema monetário;

Geometria:
Ângulos, polígonos e circunferência;
Formas geométricas espaciais;
Formas geométricas planas;
Simetria;

Tratamento da Informação:
Possibilidades;
Noções Básicas de Estatística;

6ª SÉRIE
Números, Operações e Álgebra:
Números Inteiros;
Números racionais;
Equações;
Razão, Porcentagem e Proporcionalidade.

Medidas:
Perímetro, área, volume, massa, tempo e capacidade;

Geometria:
Formas Geométricas;
Ângulos, polígonos, e circunferências;
Construções Geométricas;
Simetria.

Tratamento da Informação:
Coleta de dados;
Plano cartesiano e construção de gráficos.

7ª SÉRIE
Números, Operações e Álgebra:
Conjuntos numéricos e suas aplicações;
Potências e raízes;
Expressões Algébricas, equações e inequações;
Polinômios (fatoração) e produtos notáveis;
Sistemas de equação do 1º grau.

Medidas:
Propriedade das figuras geométricas planas;
Perímetros, áreas e volumes;
Proporcionalidade em geometria.

Geometria:
Estudo das retas;
Diagonais de um polígono;
Elementos e classificação de triângulos;
Circunferência e círculo;
Nomenclatura e representação dos sólidos;
Planificação dos sólidos.

Tratamento da Informação:
Histograma;
Gráfico de setores;

8ª SÉRIE
Números, Operações e Álgebra
Conjuntos Numéricos;
Operações em R;
Equações do 2º grau;
Inequação do 1º grau;
Sistema de equações;
Funções.

Medidas:
Semelhança e Proporcionalidade;
Relações Métricas e trigonométricas no Triângulo Retângulo;
Perímetro, áreas e volumes.

Geometria:
Circunferências e Círculos.

Tratamento da informação:
Probabilidade e Estatística;
Juros simples.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO

Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes são:
Números e Álgebra;
Geometrias;
Funções;
Tratamento da Informação;
Estes conteúdos estruturantes estão assim divididos:

1º ANO
Números e Álgebra
Teoria dos Conjuntos;
Conjuntos dos números reais;

Funções
Função do 1º grau;
Função Quadrática;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica;

Geometrias
Representação cartesiana.

Tratamento da informação
Juros compostos;
Interpretação de gráficos.

2º ANO

Números e Álgebra
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas Lineares;

Funções
Funções Trigonométricas.

Geometria
Ciclo-trigonométrico;
Triângulos retângulos

Tratamento da Informação
Análise Combinatória;
Probabilidade;
Binômio de Newton.

3º ANO

Números e Álgebra.
Números Complexos.

Funções
Funções polinomiais.

Geometrias
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria Analítica.

Tratamento da Informação
Estatística;
Matemática Financeira;

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades de natureza prática para lidar com a atividade matemática, o que lhe permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões, conhecer e registrar questões de relevância social, levando em conta que não existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que o outro. Quando essa capacidade é potencializada pela Escola, a aprendizagem apresenta melhores resultados.
Ao relacionar ideias matemáticas entre si, podem reconhecer princípios gerais, como proporcionalidades, igualdade, composição, decomposição, inclusão e perceber que processos como estabelecimento de analogia, indução e dedução estão presentes tanto no trabalho com números e operações como no trabalho com espaço, forma e medidas.
Os recursos didáticos que serão utilizados durante o ano letivo serão os mais diversos possíveis, atendendo a uma clientela que está em constante desenvolvimento, sócio-político-cultural, levando o aluno ao exercício da análise e da reflexão conscientizando-o a respeito da transformação de onde vive.
Não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina e particularmente matemático, por isso lançamos mão de varias metodologias.
A resolução de problemas torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino da matemática a modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios.
Através da etno matemática são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
A modelagem matemática convida os alunos a indagar e/ou investigar por meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade.
O uso das mídias tecnológicas tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, a experimentação matemática, as possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas.
A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividade, na criação de situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

AVALIAÇÃO

Na disciplina de matemática, numa perspectiva tradicional, é comum professores avaliarem seus alunos, levando-se em consideração apenas o resultado final de operações e algoritmos, desconsiderando todo processo de construção.
Com vistas à superação desta concepção de avaliação, é importante o professor de Matemática ao propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para que explicitem os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas, entre outras. Alem disso, é necessário que o professor reconheça que o conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus conhecimentos.
Na proposta de Educação Matemática, aqui defendida, o professor é o responsável pelo processo de ensino e da aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem. Desta forma o professor poderá problematizar: Por que o aluno foi por este caminho e não por outro? Que conceitos utilizou para resolver uma atividade de uma maneira equivocada? Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos? Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos? Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa mecânica de resolução?
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o aluno domina não é coerente com a proposta da Educação Matemática. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento.
Além disso, uma pratica avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas avaliativas, se necessários.
A avaliação abrangerá todo o trabalho realizado pelo aluno, não ficando restrita a um só momento ou a uma única forma de avaliar. Ela é parte integrante do processo desenvolvido com os alunos, onde os membros serão solicitados constantemente a participar, questionar e criar.
As formas de avaliar serão realizadas de maneira diversificada, através de relatórios, produção e interpretação de textos, testes, avaliação formal e de múltipla escolha, trabalhos em grupo, debates, participação efetiva nas atividades e projetos realizados em sala ou fora dela, pesquisas de campo, construção de modelos, etc.
Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação, fornecerão ao professor, informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, utilizar a linguagem matemática adequadamente para comunicar suas idéias, desenvolver raciocínios e análises e integrar todos esses aspectos no seu conhecimento matemático.
A avaliação será feita num processo contínuo, como instrumento de diagnóstico, estimulando o avanço nos conhecimentos, por isso a importância da auto-avaliação para o aluno, que num questionamento analisa suas participações em todas as atividades diárias, trabalhos, tarefas e testes de verificações, responsabilizando-o a ter a avaliação como medida de sua evolução, com esta reflexão o professor vem a intervir na sua prática, auxiliando o aluno a superar as dificuldades apresentadas, utilizando-se da recuperação paralela, deixando claro os objetivos e critérios de avaliação e correção, com vistas a uma produtividade que se deseje em termos de uma qualidade; mesmo que estas sejam realizadas em grupo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DCE Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba 2006
MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M.
CASTRUCI, Benedito. Conquista da Matemática. São Paulo, FTD, 1992
BIGODE, Lopes J.A. Matemática Atual. São Paulo, Editora Atual, 1998
GIOVANNI, J.R. Matemática Pensar e Descobrir. São Paulo, FTD, 1996
BONGIOVANNI, Vicenzo. et al. Matemática e Vida. São Paulo, Ática, 1995
DANTE, L.R. Tudo é Matemática. São Paulo, Ática, 2004






COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX, mas a preocupação com a formação do professor dessa disciplina iniciou‑se nos anos 30 do século XX.
Após a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina as primeiras práticas de ensino se limitavam ao ensino do latim; tratava‑se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental voltado para um passado patriarcal e colonial que priorizava uma não‑pedagogia.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o seu estudo foi incluído no currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética ( a Poética abrangendo a Literatura). A Gramática ganhou a denominação de português somente no séc. XIX.
0 ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967, quando se iniciou no Brasil um processo de democratização do ensino ( ampliação de vagas, eliminação dos exames de admissão), Com isso a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a ser outras. Passavam a frequentar a escola um número maior de falantes de variedades do português distantes do modelo tradicional cultivado pela escola. Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes.
Nesse contexto o ensino da Língua Portuguesa procura novas propostas pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, à presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na escola.
Surge a Lei 5692/71 que aprofunda a vinculação da educação com a industrialização ‑ o ensino voltado para a qualificação para o trabalho, a instituição de uma pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades lingüísticas do falante.
A disciplina de português, com esta lei, passou a chamar‑se no 1' Grau: Comunicação e Expressão (nas 4 primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesas (4 últimas). A gramática deixa de ser o enfoque principal e a teoria da comunicação torna- se o referencial, embora predominasse ainda o normativismo nas salas de aulas (exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura).
Dentro desse quadro se intensifica o processo de depreciação docente, recruta‑se mais professores menos selecionados, gerando baixos salários e situações precárias de trabalho. 0 professor passa a se apoiar no livro didático que retira do professor a autonomia e a responsabilidade quanto a sua prática pedagógica.
Com base no livro didático, tem‑se um ensino de Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de textos apenas, ao invés dos textos integrais. No ensino da Língua moderna são dados exercícios estruturais. (complete as lacunas ou questionários de verificação de Aprendizagem). Esse quadro gera repetência, evasão, arrocho salarial dos professores e abertura indiscriminada de faculdades que comprometeram a qualidade do ensino.
Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua moderna chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista.
0 ensino tradicional da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso contextuais valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas ideias tomaram consistência mesmo, a partir dos anos 80, com os estudos teóricos sobre Bakhtin. Para ele, " a língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação. A língua, só se constitui pelo uso, movido pelos sujeitos que interagem.”
Quanto ao ensino de Literatura ‑ o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, como base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativa de rompimento com essa prática, a abordagem do texto literário passa a centrar‑se numa análise literária simplificada ( personagem principais e secundários, tempo, espaço da narrativa).
A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu‑se ao 2' Grau com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Aí cabia ao professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de ouvintes somente. Essa prática , ainda que exclua ( e exclui) o aluno de um papel ativo no processo de leitura, ao colocá‑lo em contato com listas de valores e resumo de obras nos quais devem ser encontrados características de época sem nenhum estímulo à reflexão crítica.
Atualmente, os livros didáticos, em grande medida, tendem a perpetuar essa situação, contudo a busca da superação desse ensino normativo, historiográfico tem alcançado os estudos curriculares, particularmente, os ensinos de Língua e Literatura seja através dos pensadores contemporâneos, seja através dos novos campos de saber ou espaços teóricos.
A partir dos anos 80, estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua moderna e para reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. ( Geraldi, João Wanderley ‑ 0 texto na sala de aula) incluindo textos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Persival Leme Britto, incluindo o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre a Língua Portuguesa, Linguística e ensino da língua moderna.
O ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar justifica-se no fato de que é através da linguagem que o homem se reconhece como ser humano, pois ao comunicar-se com os outros homens e trocar experiências certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social.
O trabalho com Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno, a conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentido ao mundo, que através dela influenciamos e somos influenciados, enfim, é preciso possibilitar uma visão geral que dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo comunicativo como um mecanismo através do qual se estabelece relação de poder.
Pensar no ensino da Língua Portuguesa implica pensar também nas contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, constituindo-o e recebendo seus influxos, estão a requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica.
A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu, historicamente, uma concepção normativista de linguagem que excluía, do processo de aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se no ensino da língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática tradicional. O tratamento dado à literatura, nesses livros, direcionava a uma prática pedagógica que privava o aluno do contato com a integralidade dos textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos, lidos nos fechados limites da historiografia literária e na perspectiva da biografia de seus autores.
Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.
Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é assim, articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo.
Um texto não é um objeto fixo num dado momento, ele lança seus sentidos no diálogo inter textual que dá curso aos enunciados que o antecederam. lança também seus sentidos adiante, no dever que as composições da literatura suscitarão como forma de dar-lhes continuidade.
Nesse processo, os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao longo das suas trocas linguísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e entre si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução. Tudo isso é potencializado no texto.
Considere-se, ainda, a perspectiva do multi letramento nas práticas a serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de suporte para todo o conhecimento exercido pela língua materna.
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem, enquanto fenômeno, de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano, potencializando na escola, a perspectiva interdisciplinar.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Levando-se em conta os conteúdos estruturantes da oralidade, leitura e escrita, deve-se observar que estes devem respeitar a maturidade e o conhecimento, adequando-se a cada série.

Entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos maiores, que irão identificar e organizar uma disciplina escolar. A partir deles virão os conteúdos específicos que serão trabalhados no cotidiano da escola.
Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da linguística, sociolinguística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica, morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso, gramáticas normativa/descritiva e de uso, que irão aprimorar a competência lingüística dos estudantes.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA
DOMINIO DA LÍNGUA ORAL

Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programa de TV, filmes, entrevistas, etc.);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc.);
Criação ( histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.)

a)No que se refere às atividades da fala:
clareza na exposição de ideias,­
sequência na exposição de ideias;
objetividade na exposição de ideias;
consistência argumentativa na exposição de ideias,
adequação vocabular.

b)No que se refere à fala do outro
reconhece as interações e objetivos;
julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa.

c)No que se refere ao domínio da norma padrão
concordância verbal e nominal;
regência verbal e nominal
conjugação verbal
emprego de pronomes, advérbios, conjunções
DOMINIO DA LEITURA
prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos
textos da cultura afro

a)No que se refere à interpretação:
Identificar as ideias básicas apresentadas no texto,­
Reconhecer no texto as suas especificidades ( texto narrativo ou informativo)‑,
Identificar o processo e o contexto de produção,
Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas‑,
Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em época diferentes, ou sob perspectivas diferentes).

b)No que se refere à análise de textos lidos:T
avaliar o nível argumentativo;
avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.­
avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

c)No que se refere à mecânica da leitura:
ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

DOMÍNIO DA ESCRITA

a)No que se refere à produção de textos:
produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.

b)No que se refere ao conteúdo:
clareza
coerência


c)No que se refere à estrutura
processo de coordenação e subordinação na construção das orações
uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes, etc.),
a organização de parágrafos
pontuação

d)No que se refere à expressão
adequação a norma padrão ( concordância verbal e nominal)

e)No que se refere à organização gráfica dos textos
ortografia
acentuação
recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.)

f)No que se refere o aspectos da gramática tradicional:
reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos e conectividade sequencial e a estruturação temática.­
refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo,
reconhecer as categorias sintéticas ‑ os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores.­
a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão,
a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;
a sintagma verbal nominal e sua flexão‑,
a complementação verbal‑ verbos transitivos e intransitivos,
as sentenças simples e complexas;
a adjunção;
a coordenação e a subordinação

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto de regras: as que devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o falante domina. Os três tipos básicos de gramática mais ligados às questões pedagógicas:
a)gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O domínio das regras dá a ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a forma escrita, apresentando uma forma considerada culta da língua. Aparece nas gramáticas e nos livros didáticos.
b)gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém à modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes linguísticas a partir do seu uso. Prefere a manifestação oral da língua, possui maior mobilidade.
c)gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a nível fonético como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os falantes de uma mesma língua.

Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio texto, os conteúdos gramáticas devem ser estudados a partir dos seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Devemos considerar não só a gramática normativa, mas também as outras: a descritiva e a internalizada, no processo de ensino da Língua Portuguesa.

LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Tem a finalidade em si mesma, sem prestar-se ao ensino gramatical. Cabendo ao professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua “passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar a leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição.

LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
O professor deve ser contínuo leitor, ser capaz de selecionar os textos a ser trabalhados, estimular associações entre um ponto e outro da leitura, estabelecendo conexões. Ler um texto, é como escrevê-lo no momento da leitura.
Enfatizar o contexto histórico da obra, estudando o autor e outras obras. Formar uma ligação com outros assuntos, textos, livros, filmes e produções correlatos, encadeando ideias. A literatura deve ter relação com arte, biologia, religião, antropologia, história, psicanálise e outros. Sugere-se um tempo para a leitura em sala de aula, e o planejamento dos conteúdos a serem trabalhados deverá ser feito em conjunto entre professor e alunos.
AVALIAÇÃO
Deve ser compreendida

Critérios De Avaliação
Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita, considerando-se a avaliação formativa e somativa.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça , informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa cotação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. ? a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.
Já a avaliação somativa será realizada ao final de um programa, é usada para definir uma nota. Os alunos que não dominam um conteúdo têm direito a uma recuperação paralela, onde o conteúdo é trabalhado novamente e é dada outra avaliação para definir e recuperar o conteúdo que não foi dominado.
Em relação ao atendimento às necessidades educacionais especiais, deve-se garantir aos alunos surdos, o apoio na comunidade escolar o ensino, o uso, e a difusão de Libras ofertada em cursos a professores, alunos, funcionários da escola e familiares; deve-se adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo singularidade linguística manifestada no aspecto formal de Língua Portuguesa; desenvolver e adotar mecanismos alternativos para avaliação de conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo e outros meios eletrônicos e tecnológicos.
Com relação aos alunos com necessidades especiais, de acordo com a dificuldade, deve acontecer uma avaliação individual e diferenciada, adequada ao aluno.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental e médio versão preliminar ‑ 2006
Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná ‑ 1990.

BAKHTIN,M Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1986.
CASTRO, Gilberto de: FARACO, Carlos Alberto: TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 200.
ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a escola pública do estado do Paraná.Curitiba, 1990.,pp. 50-82.
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3ª ed. São Paulo:Cortez, 2002.
MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org). O texto na sala de aula. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1997.
KOCH, Ingedore: TRAVAGLIA, Luiz C. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo:Contexto, 1991.
LAJOLO, Marisa, O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
____. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 5ª edição. São Paulo: Ática, 1991.
Diversos livros Didáticos do Ensino Médio.

RELATO DOS AVANÇOS E DIFICULDADES ESPECÍFICAS ENCONTRADAS NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR, LEVANDO EM CONTA A ARTICULAÇÃO ENTRE AS DISCIPLINAS, OS NÍVEIS E AS MODALIDADES DE ENSINO E A DIVERSIDADE (CULTURAL, ÉTNICO RACIAL, ECONÔMICA, ETC)

As dificuldades encontradas foram no sentido de entender como trabalhar junção de conteúdos específicos sem subdividi-los por bimestre/semestre, série ou ordem cronológica.
O livro de Língua Portuguesa e Ensino Médio não tem o encarte do professor, faltou referência dos textos e uma sequência didática dos conteúdos para as 3 séries do Ensino Médio.
Em relação à diversidade, as Diretrizes não contemplam situações especiais de ensino, como para o aluno com deficiência sensorial múltipla, auditiva, intelectual, como também os problemas acentuados de aprendizagem, que envolvem a dislexia, principalmente.
É necessária uma orientação mais específica para a atividade pedagógica da Língua Portuguesa em situações que envolvam diferenciação de comunicação, linguagem e cultura.
As questões da cultura, dentre elas, afro-brasileira, avançaram na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura, pela própria especificidade dos conteúdos. Infelizmente, segundo alguns professores (visto que nem todos tiveram acesso ou fizeram o curso), o material enviado para estudo é preconceituoso em relação às diferenças étnicas, religiosas, sexuais, gênero, necessidades especiais.
Desencontro de informações em relação aos materiais de discussão e elaboração das propostas para o dia de hoje.















COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
ENSINO MÉDIO


APRESENTAÇÃO

A Química é uma ciência que está presente em todo processo de desenvolvimento das civilizações e contribui para a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Uma das mais antigas descobertas químicas foi o domínio do fogo, que revolucionou a vida do homem.
Quando falamos da história da Química podemos citar a alquimia, apesar de ser uma ciência misturada com magia e religião, contribuiu para o desenvolvimento de técnicas da metalurgia e as primeiras vidrarias de laboratório.
A proposta curricular de Química para o Ensino Médio, busca contemplar aspectos conceituais que permitam a compreensão da constituição, propriedades e transformações dos materiais, destacando as implicações sociais relacionadas à sua produção e a seu uso.
Química é a ciência que lida com as propriedades, composição e estrutura das substâncias, as transformações que com elas ocorrem e a energia que é liberada ou absorvida durante esses processos. Toda substância, quer seja natural ou produzida artificialmente, é constituída de um ou mais das mais de cem espécies de átomos que foram identificados como elementos. Estes átomos, por sua vez, são constituídos por partículas mais elementares, que são as estruturas básicas das substâncias químicas; não existe nenhuma quantidade de ouro, oxigênio, mercúrio ou prata, por exemplo, menor que um átomo desta substância. A química, no entanto, não está preocupada com o domínio subatômico, mas com as propriedades dos átomos e as leis que governam suas combinações e como o conhecimento destas combinações podem ser usados para propósitos específicos.
A Química também se preocupa com a utilização de substâncias naturais e com a criação de novas, artificiais. Cozimento, fermentação, manufatura de vidro e metalurgia são processos químicos que datam dos primórdios da civilização. Hoje, vinil, teflon, cristais líquidos, semicondutores e supercondutores representam os frutos da tecnologia química.
No século XVII ocorreu a Revolução Química, o mágico da alquimia cedeu lugar ao científico. Com a Revolução Industrial, a indústria química apresentou um grande desenvolvimento.
No século XVIII Lavoisier deu um grande avanço na química, pode-se dizer que se iniciou a fase moderna dessa ciência e a Química ganhou uma linguagem universal.
No século XIX ocorreu à síntese da uréia (Friedrich Wohler) e a partir daí, os cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório.
Em 1860 foi estabelecida a classificação periódica dos elementos químicos por Mendeleev.
No final do século XIX com o surgimento dos laboratórios, a Química se consolidou como uma das principais disciplinas.
O século XX presenciou avanços dramáticos na compreensão da maravilhosa e complexa química dos organismos vivos, e a interpretação molecular da saúde e da doença despertam grandes expectativas. A química moderna, sustentada por instrumentos cada vez mais sofisticados, estuda materiais menores que um simples átomo e maiores e mais complexos que o DNA (Ácido Desoxirribonucleico), que contém milhões de átomos. Novas substâncias podem ser projetadas para apresentar características desejadas e então sintetizadas.
Nos anos 80, o documento de Química para a re estruturação do Ensino de 2º Grau, apresentou uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e tinha como objetivo a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente constituídos.
Nos anos 90 iniciou-se um movimento reflexivo por parte dos profissionais da educação no sentido de estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia e a avaliação para o ensino de Química.
Hoje, pode-se dizer que a abordagem no ensino da Química será norteada pela construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
É importante relacionarmos a Química com o tempo, pois como essa ciência estuda a matéria e suas transformações, é interessante que o educando tenha conhecimento e faça uma relação dos materiais utilizados antigamente e os materiais de hoje (muitos materiais como por exemplo às tintas, os vidros, as cerâmicas são utilizados desde os tempos remotos e apesar de a matéria-prima utilizada ser praticamente as mesmas, hoje, muita tecnologia foi incorporada).
Outro aspecto bastante relevante é relacionar a Química com o trabalho, ou seja, o educando precisa ter uma visão de que sem o trabalho não haveria a produção material nem a sociedade humana tal como se conhece. É interessante mostrar o trabalho manual de um determinado material e relacionar com a produção industrial (produção manufatureira e industrial).
A cultura também não pode ser deixada de lado, é preciso que esteja vinculada no desenvolvimento dos conteúdos científicos.
Portanto, se o educador ao ensinar Química relacionar essa ciência com o tempo, trabalho, cultura e tecnologia poderá, com sucesso, passar aos educandos o conhecimento científico.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Formar um educando que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual, caracterizado, sobretudo, pela presença da ciência e da tecnologia.
Possibilitar a compreensão das transformações químicas de forma abrangente e integrada, contribuindo para que o indivíduo se veja participante de um mundo em constante mudança e despertando o interesse para servir a humanidade, no desenvolvimento tecnológico, com importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico e social.
Desenvolver a capacidade de investigação e crítica, observando a evolução da ciência, juntamente com seus benefícios e prejuízos e assim formar indivíduos pensantes em busca da melhoria da qualidade de vida.
Reconhecer a Química como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos e tecnológicos.


CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º ano
Matéria e sua Natureza
Introdução ao estudo da Química
Estrutura da matéria
substância pura e mistura
substâncias simples e composta
métodos de separação de misturas
fenômenos físicos e químicos
Reações Químicas
Leis ponderais das Reações Químicas
Equação química
Balanceamento de equações
Tipos de reações químicas
Estrutura atômica
modelos atômicos
elementos químicos, número atômico, massa atômica, massa molecular e mol
isótopos (isóbaros e isótonos)
Radioatividade
Radiações alfa, beta e gama
Efeitos fisiológicos das radiações
Energia nuclear
configuração eletrônica dos átomos
Tabela Periódica
Classificação periódica moderna
Períodos
Famílias
Propriedades periódicas e aperiódicas
Ligações Químicas
Ligação iônica
Ligação covalente ou molecular
Geometria molecular
Ligação metálica
Forças inter-moleculares
Funções Químicas
Óxidos
Ácidos
Bases
Sais

2º ano
Biogeoquímica
Cosmetologia
Fórmula Percentual
Fórmula Mínima
Fórmula Molecular
Cálculos estequiométricos
Estequiometria das reações
Estudo das soluções
Tipos de solução e solubilidade
Curvas de solubilidade
Aspectos quantitativos das soluções: concentração comum, título, densidade absoluta, mistura de soluções, coloides e suspensões.
Propriedades coligativas
Tonoscopia
Ebulioscopia
Crioscopia
Osmo scopia
Termoquímica
Reações químicas e energia
Entalpia e sua variação
Lei de Hess
Cinética química
Velocidade das reações químicas
Ocorrência das reações químicas
Catalisadores.
Eletroquímica
Número de oxidação (nox)
Reações de oxidação e redução
Ajustes de coeficientes em uma reação de oxido-redução
Pilhas
Eletrólise
Equilíbrio químico
Constante de equilíbrio
Deslocamento de equilíbrio
Equilíbrio iônico da água
PH e POH
Indicadores
3º ano
Química Sintética
Trabalhar com os produtos farmacêuticos, indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos.
A Química do Carbono
Classificação do carbono
Classificação das cadeias carbônicas
Petróleo e derivados
Hidrocarbonetos
Haletos orgânicos
Funções oxigenadas
Alcoóis
Fenóis
Aldeídos
Cetonas
Ácidos carboxílicos e seus derivados
É teres
Esteres
Funções nitrogenadas
Aminas
Amidas
Nitrocompostos
Nitrilos
Reações Orgânicas
Isomeria
Polímeros
Aminoácidos, proteínas, lipídeos e glicídios.
Trabalhar hábitos alimentares nas diferentes culturas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo de ensino-aprendizagem em Química, parta do conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas, ou seja, ideias concebidas sobre o conhecimento da química, ou concepções espontâneas, a partir da qual será elaborado um conceito científico.
Podemos dizer que a concepção espontânea sobre os conceitos que o educando adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, se fazem presente no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar, que é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzido. Portanto, não é necessário um laboratório bem equipado, o educador pode utilizar materiais alternativos e de baixo custo.
Pode ser apontado também como metodologias o fato de observar e acompanhar a realização do experimento e posteriormente exigir um relatório, trabalhar com textos de jornais, revistas, rótulos de alimentos e medicamentos para que os educandos possam interpretar e identificar onde e de que forma a química está presente, indicar alguns sites e artigos científicos para que os educandos que tiverem acesso possam ler e tirar suas conclusões.
No entanto, podemos dizer que as aulas devem ser expositivas, com práticas laboratoriais, observações de fatos do cotidiano, atividades em grupos, leitura de artigos, exercícios de fixação de conteúdos e pesquisas, fazendo com que o educando tenha uma visão mais abrangente do universo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. Portanto, deve ser feita de forma processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.
Por isso, ao invés de avaliar por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliações que contemplem várias formas de expressão dos educandos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

BIBLIOGRAFIA
Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná.
Santos, Wildson Luiz Pereira; MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005.
VIDAL, B. História da Química. Lisboa. Edições 70, 1986, pp. 9 e 10.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2º ed. São Paulo: Moderna, 2004.
http://educar.sc.usp.br/quimapoio/historico.html

















COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
ENSINO MÉDIO


APRESENTAÇÃO

O estudo das Ciências Sociais no Ensino Médio tem como objetivo geral, introduzir o aluno nas principais questões conceituais e metodológicas da Sociologia, Antropologia e da Ciência Política. O ponto de partida dessas ciências foi à reflexão sobre as mudanças nas condições sociais, econômicas e políticas advindas dos séculos XVIII e XIX, a partir do processo de constituição e consolidação da sociedade moderna.
A Sociologia, no contexto do conhecimento científico, surge como um corpo de ideias voltadas para a discussão do processo de constituição e consolidação da sociedade moderna. A Sociologia propriamente dita, é fruto da Revolução Industrial, caracterizada por um intenso processo de acumulação de capital impulsionado pelo comércio internacional e o mercantilismo inglês, reorganização do processo produtivo com introdução de novas técnicas de produção, a utilização de mão-de-obra assalariada livre e a consolidação das aspirações da classe burguesa como poder hegemônico, especialmente no controle do Estado moderno. Entretanto, quando nos referimos à Revolução Industrial “não se trata apenas do crescimento da atividade fabril, (...) constituiu uma autêntica revolução social que se manifesta por transformações profundas da estrutura institucional, cultural, política e social” (SUNKEL apud CASTRO, 2001, p.03).
Este contexto histórico, como explicitado anteriormente, é marcado por profundas transformações na estrutura social “(...) na reordenação da sociedade rural, com a destruição sistemática da servidão e da organização rural, centralizada na vida e na aldeia camponesa e a consequente emigração da população rural para os centro urbanos. A transmutação da atividade artesanal em manufatureira e, por último, em atividade fabril, deu margem também às profundas reformas que conduziam à criação do proletariado urbano e do empresário capitalista: o primeiro, assalariado e sem acesso à propriedade pessoal dos meios de produção; o segundo, como função precípua de organizar a atividade produtiva na empresa”. (CASTRO; DIAS. 2001, p.04)
As contradições geradas pelo capitalismo acentuam gravemente as questões sociais, pois a burguesia reproduzia seu capital sob a exploração da classe trabalhadora (homens, mulheres e crianças), que viviam em condições de miséria, em habitações insalubres, expostos a doenças, epidemias, sem nenhuma assistência e garantias trabalhistas, o que faz com que as desigualdades sociais se tornassem cada vez maior. A Sociologia nasce no século XIX com a preocupação de interpretar a complexidade dos fenômenos sociais decorrentes da consolidação da sociedade capitalista, contribuindo essencialmente para o processo de estruturação de um conhecimento que desprende-se do senso comum e alcança a compreensão racional, ou seja, a realidade social passa a ser analisada não como determinada, mas como produto das relações sociais num tempo histórico.
Por isso, seria vão e improfícuo, separar a Sociologia das condições histórico-sociais nas quais ela se tornou possível e necessária. Ao se tornar os grandes paradigmas fundantes do campo de conhecimento sociológico – Augusto Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, temos que levar em consideração que os fundadores da Sociologia conseguiram lançar as bases de uma nova ciência, na proporção em que seus escritos refletiam as influências particulares das sociedades onde viviam, da posição que dentro de cada sociedade assumiam, dos pontos de vista filosófico em que se fundavam, enfim, na construção de parâmetros teóricos e metodológicos que permitiam a análise e interpretação dos problemas do seu tempo.
Através das teorias sociológicas clássicas, podemos destacar Augusto Comte e Émile Durkheim como pensadores preocupados em conservar a ordem capitalista, diferentemente de Karl Marx, que, numa perspectiva transformadora preocupa explicitar e superar as contradições do modo de preocupação vigente. Por fim, Max Weber compreende a sociedade de seu tempo através da racionalização da vida, onde a educação sistemática teria um papel legitimador dos fins capitalistas.
A “ciência da sociedade”, possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da cultura, dos processos de socialização – informal e formal –, as relações entre política, poder e ideologia, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processo de trabalho e produção num mundo globalizado, a violência – institucionalizada ou não –, as desigualdades sociais e, assim, ajudar os alunos a confrontar com a realidade de seu Bairro, Cidade, Município, Estado, País e Mundo. Nesse sentido, “o objeto de estudo da Sociologia constitui-se historicamente como o conjunto de relacionamentos que os homens estabelecem entre si na vida em sociedade (...) interessa para a Sociologia, portanto, não o indivíduo isolado, mas inter-relacionado com os diferentes grupos sociais dos quais faz parte, como a escola, a família, as classes sociais, etc. Não é o “homem” enquanto ser isolado da história que interessa ao estudo da sociedade, mas “os homens” enquanto seres que vivem e fazem à história”. (TOMAZI, 2000, P.16, grifos meus)

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O objetivo de ensinar Sociologia no Ensino Médio é introduzir o estudante nas principais questões conceituais e metodológicas da disciplina.
A grande preocupação é promover reflexões sobre as questões que se desenvolveram historicamente e perduram até os dias de hoje, avaliando a operacionalidade dos conceitos e categorias sociológicas utilizados pelos autores clássicos e contemporâneos, no que se refere à compreensão da complexidade da vida em sociedade no mundo atual.
Assim, com conhecimentos de sistematização sociológica, o estudante pode construir uma postura mais reflexiva e crítica diante dos problemas cotidianos, compreendendo a dinâmica da sociedade em que está inserido e o seu papel social dentro dela, percebendo-se como elemento ativo, dotado de força política e capacidade de transformar, exercitando sua cidadania.
O ensino da Sociologia está amparado ainda, no fornecimento de instrumentais teóricos, para que os estudantes entendam o processo de mundialização do capital e das revoluções tecnológicas que geraram um reordenamento da vida social, política e cultura.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas;
O processo de socialização e as instituições sociais;
A cultura e a indústria cultural;
Trabalho, produção e classes sociais;
Poder, política e ideologia;
Cidadania e movimentos sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas
O que é Sociologia? Para que Sociologia?
Contexto histórico do surgimento da Sociologia;
Conhecimento científico X senso comum;
As teorias sociológicas na compreensão da sociedade contemporânea - Augusto Comte; Émile Durkheim; Max Weber e Karl Marx.

Processo de socialização e as instituições sociais
Instituição familiar;
Instituição escolar;
Instituição financeira;
Instituição Estado, entre outros.

Cultura e indústria cultural
Diversidade cultural;
Relativismo;
Etnocentrismo;
Questões de gênero, étnicas (afro-descendentes) e de outras minorias;
Formação da cultura brasileira.

Trabalho, produção e classes sociais
Salário e lucro;
Desemprego, desemprego conjuntural, estrutural, subemprego e informalidade.
Precarização das relações de trabalho;
Reforma trabalhista e Organização Nacional do Trabalho;
Neoliberalismo;
Reforma agrária;
Relações de mercado entre muitos outros;
Globalização.

Poder político e ideologia
Ideologia e dominação capitalista;
Formação do Estado Moderno

Direitos, cidadania e movimentos sociais
Movimentos sociais urbanos;
Movimentos estudantis;
Movimentos sociais rurais;
Movimentos sociais conservadores

METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A linguagem é a mais importante forma de mediação entre o homem e o mundo, entendido nas relações sociais, culturais e de poder. Neste contexto o professor de sociologia é o mediador do conhecimento científico que possibilitará aos alunos interpretar a realidade e desenvolver um pensamento crítico, construindo uma concepção livre do senso comum.
Os conteúdos serão abordados considerando para cada trabalho, independente do recurso didático utilizado, a fundamentação teórica referenciado nos clássicos, concomitante aos fatos sociais, expressos na realidade e ainda o sentido amplo dos conceitos sociológicos. Para aprofundamento dos conteúdos utilizar-se-á diferentes técnicas e recursos de ensino, como seminários, mesas redondas, filmes, análise de textos verbais e não verbais, músicas, pesquisa de campo, dramatização, e outros recursos possíveis que venha a surgir.

AVALIAÇÃO

Compreendendo a apropriação do conhecimento como um processo contínuo, a avaliação dar-se-á de forma constante, pensada e elaborada coletivamente com transparência, levando educadores e educandos ao envolvimento neste processo pedagógico, considerando-se os objetivos propostos pela disciplina, que passa pela superação do senso comum. Para tanto, partindo da abordagem do conhecimento científico e dos fatos sociais elencados através de pesquisa de campo e bibliográfica, o aluno será avaliado através da sua produção textual observando-se coerência, concordância e fundamentação teórica: oralidade e escrita.
BIBLIOGRAFIA
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IOKI, Z. G. (Org). Movimentos sociais no Brasil contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1997.
JAKOBSEN, K.; MARTINS, R.; DOMBROWSKI, O. Mapa do trabalho informal: perfil sócio-econômico dos trabalhadores informais na cidade de São Paulo. Coleção Brasil Urgente. São Paulo: Perseu Ábramo, 2000.
KOWARICK, L. As lutas sociais e a cidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
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PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba: 2006.
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STEDILE, J. P.; FERNANDES, B. M.Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Perseu Ábramo, 2000.
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RAISON, T. (Orgs). Os Precursores das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1971.

















ANEXOS II
















1. QUANTO AO TRABALHO COM TEMAS TRANSDISCIPLINARES E INTERDISCIPLINARES
No Colégio Pedro Ernesto Garlet, os temas Estudos do Paraná, Inclusão, Agenda 21, Afro, Violência, Alcoolismo, Drogas, Exploração Sexual, Trabalho Infantil e outros, são trabalhos de forma interdisciplinar, sendo estes temas abordados pelas várias disciplinas, de maneira que o aluno possa compreender que os mesmos não podem estar separados dos estudos dos conteúdos, uma vez que estão com relação direta à realidade vivenciada.
Os Estudos do Paraná são feitos pelas várias disciplinas, com ênfase à História e Geografia, onde o professor faz uso dos recursos pedagógicos disponíveis no colégio para abordar o tema, como mapas, livros, vídeos e outros, inclusive com visitas, passeios ou excursões aos pontos turísticos do Paraná, como as Cataratas do Iguaçu.
Os estudos sobre o meio ambiente também são abordados de modo interdisciplinar, inclusive com a criação de uma horta no colégio, além do ajardinamento, ambos montados e cuidados pelos alunos, com o intermédio da professora de geografia e artes. É uma das formas de estudo do meio ambiente relacionando este estudo com a realidade vivenciada, principalmente dentro da realidade de Sede Alvorada, onde os alunos em sua maioria dependem do meio ambiente para sobreviver, pois a agricultura é o meio de sustento da maioria dos alunos.
Os temas Violência, Alcoolismo, Drogas, Exploração Sexual, Trabalho Infantil também são trabalhados de modo interdisciplinar, inclusive com a vinda de profissionais da saúde, da unidade básica de saúde da sede do distrito proferindo palestras abordando vários assuntos pertinentes aos alunos.
O trabalho interdisciplinar proporciona um melhor aprendizado aos alunos, principalmente se entendemos que os temas citados anteriormente fazem parte de nossas vidas, e estão diretamente ligados aos conteúdos trabalhados em sala de aula pelas várias disciplinas que compõem o currículo escolar, que por sua vez, estão contextualizados com a realidade vivenciada pelos envolvidos no processo ensino aprendizagem.


2. UTILIZAÇÃO DA SALA DE RECURSOS
A Sala de Recursos é um espaço pedagógico que classifica-se como um Serviço de Apoio Pedagógico Especializado, conforme orientado pela legislação vigente, tanto a nível federal como estadual, tendo como definição, “.... serviço de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.”
A regulamentação para os critérios de funcionamento estão estabelecidas na Instrução nº 5/04, para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, na área de Deficiência Mental e Distúrbio de Aprendizagem10. O atendimento estabelece como alguns dos critérios as seguintes orientações11:
Alunado: alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problema de aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitem de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum;
Ingresso: a avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe do NRE e/ou SME, quando necessário;
Organização: na Sala de Recursos, para 20 horas semanais, o número máximo é de 25 (vinte e cinco) alunos, com atendimento por intermédio de cronograma;
Recursos Humanos: para atuar na sala de recursos o professor deverá apresentar formação acadêmica na área de Educação Especial, nas modalidades de Licenciatura e/ou Estudos Adicionais e/ou Especialização a nível de Pós-Graduação; no caso do Colégio, a professora tem Licenciatura Plena e Pós Graduação em Educação Especial, conforme mencionado nos Recursos Humanos;
Recursos Materiais: o espaço físico deve estar conforme os Padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 9050/1994) e os materiais pedagógicos são de responsabilidade da escola, por intermédio de sua mantenedora; no Colégio temos um espaço específico para a Sala de Recursos com os materiais utilizados para as atividades com os alunos;
Aspectos Pedagógicos: o trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deve partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos da Classe Comum;
Acompanhamento: o acompanhamento pedagógico de cada aluno é registrado em relatório semestral, oficial do NRE, elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe técnico-pedagógica, e, sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio dos professores da Classe Comum;
Dentro das características do trabalho desenvolvido, prioriza-se as atividades pedagógicas que contemplam as habilidades psicomotoras, o raciocínio lógico, o relacionamento interpessoal, conhecimentos estes importantes para o desenvolvimento do educando.
Por se tratar de alunos numa faixa etária de transição entre a infância e a adolescência/ vida adulta, não podemos deixar de levar em conta os estágios do desenvolvimento, numa perspectiva Piagetiana, isto é, do Pensamento Pré Operatório, Operatório Concreto até as Operações Formais. Alunos com as características próprias de Sala de Recursos, provavelmente precisam ser avaliados e contemplados pedagogicamente para desenvolverem e/ou superarem as dificuldades que encontram no processo de desenvolvimento humano.
A Sala de Recursos do Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet funciona no período de contra turno, atendendo alunos de 5ª e 6ª séries, sendo atendidos aproximadamente 25 alunos, distribuídos em turmas de 9 a 10 alunos.
A atual professora que atende a Sala de Recursos é Glaucimara Pires Oliveira, com formação no nível de Mestrado em Educação e atualmente cursando Doutorado em Educação Especial, na Universidade Federal de São Carlos, no estado de São Paulo.
O atendimento é feito nas segundas e sexta-feiras, quando a professora vem para o Colégio para fazer o atendimento dos alunos, mantendo sempre o contato com os professores das salas regulares, propiciando o direcionamento principalmente nas áreas e dificuldades específicas.





3. IMPLANTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO CELEM (CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS)
A partir do segundo semestre do ano letivo de 2006 foi implantado no Colégio Pedro Ernesto Garlet, o CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas).
De início, está sendo ofertado neste ano de Implantação do CELEM, o curso de Espanhol, com a possibilidade de expansão nos anos seguintes, de outros cursos de Línguas Estrangeiras, de acordo com as disponibilidades físicas e de recursos humanos.
A duração do curso é de dois anos, período necessário para a concretização do primeiro período nesta modalidade de ensino.
O curso de espanhol tem atendido aproximadamente 40 alunos, sendo a maioria residente na própria sede de Distrito de Sede Alvorada, com alguns vindo de localidades vizinhas.
O curso funciona no período noturno, dentro do espaço físico do Colégio Pedro Ernesto Garlet, proporcionando a oportunidade de ensino aos interessados da Comunidade Escolar em aprender mais um idioma.

1. Da importância de adquirir o conhecimento de outro idioma:
A implantação do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) na comunidade de Sede Alvorada está fundamentada na necessidade de ofertar um curso de Língua Estrangeira Moderna para a comunidade escolar de Sede Alvorada, já que a distância12 dos cursos em funcionamento nas cidades de Toledo e Cascavel, bem como as dificuldades de transporte, inviabilizam o acesso da nossa comunidade escolar aos cursos do CELEM.
São muitas as transformações sociais que, muito rapidamente, vão interferindo no panorama mundial: o homem se mobiliza com facilidade, o ir e o vir tomam dimensões cada vez mais amplas e as fronteiras tendem a desaparecer; intensificam-se as necessidades de comunicação com outros povos e outras culturas.
Neste contexto, a Língua Estrangeira Moderna facilitará ao aluno sua participação nas novas relações comunicativas que se estabelecem. Daí a importância de um trabalho norteado pela abordagem comunicativa, que focaliza as relações entre locutor e interlocutor, onde o aluno é sujeito do processo de aprendizagem.
Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino de Língua Espanhola um caráter que, além de capacitar o aluno a compreender e a produzir enunciados corretos no novo idioma, propicie ao aluno a possibilidade de atingir um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe ter acesso a vários tipos de informação ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão.

4. PROJETOS INTERDISCIPLINARES E EXTRA-ESCOLARES
PROJETO “DIA DAS MÃES” UM DIA MUITO ESPECIAL
1.JUSTIFICATIVA:
Prestar uma homenagem para as mães dos nossos alunos, tendo em vista que elas são geradoras da vida.
Os alunos a partir da sua criatividade e senso crítico, orientados pelos professores prestarão diversas homenagens às mães em forma de: oratórias, teatros, mensagens, poesias, uma música coletiva, a entrega de flores.
Este projeto busca resgatar o valor real que se deve dar às mães, pois elas muitas vezes são esquecidas ou deixadas de lado. Por outro lado, procurou-se demonstrar todo o amor e admiração que os seus filhos têm e que elas são muito importantes na nossa vida.
2.OBJETIVO GERAL:
Proporcionar às mães e aos alunos momentos agradáveis de amor, de paz, de agradecimento e de admiração, demonstrados através das homenagens, tendo em vista, também maior integração entre família e escola.
3.METODOLOGIA:
O projeto acontecerá no ginásio do colégio, em data que antecede a comemoração do dia das mães, com homenagens dos alunos, através de apresentações artístico-culturais direcionadas ao tema “Mãe”, com encerramento através de entrega de flores para as mães presentes e com coquetel de confraternização para todos os participantes.
4.AVALIAÇÃO:
Será feita no decorrer da preparação das apresentações e no dia do evento, analisando o trabalho em equipe, o espírito de coletividade e participação principalmente dos alunos envolvidos.

PROJETO FESTA JUNINA
1.JUSTIFICATIVA:
Tendo em vista que a escola precisa arrecadar fundos para o bom funcionamento da mesma, aproveitamos esta data comemorativa para mais um evento cultural, promovido por este estabelecimento de ensino, junto com a escola municipal.
A partir da criatividade e do senso crítico dos alunos, eles apresentarão danças típicas diversas, o casamento caipira e a escolha da sinhazinha da festa. Com isso haverá uma maior integração entre a escola, a APMF, os pais e a comunidade.
2.OBJETIVO GERAL:
Desenvolver no aluno a atenção e a sociabilização através das apresentações artísticas feitas em público, bem como proporcionar uma maior interação entre escola e comunidade.
3. METODOLOGIA
Serão feitos ensaios com grupos de dança formados pelos alunos, além de apresentações típicas deste tipo de evento, como casamento caipira e brincadeiras diversas.
Os alunos confeccionarão cartazes convidativos para a festa junina, com a intermediação dos professores de arte, sendo que no dia do evento, será feita a escolha dos melhores cartazes, considerando a criatividade, beleza, estética, e outros itens.
4. AVALIAÇÃO:
Será feita a partir da organização e ensaios, culminando com as apresentações e acontecimento da festa, observando a criatividade, coletivismo e parceria entre todos os envolvidos com o evento.




PROJETO “DIA DOS PAIS” UM DIA MUITO ESPECIAL
1. JUSTIFICATIVA:
Prestar uma homenagem aos pais dos nossos alunos a partir da criatividade e do senso crítico, os alunos farão homenagens diversas aos pais e ainda com a ajuda dos professores promoverão uma gincana com os pais, auxiliando-os no cumprimento das tarefas propostas.
Este projeto busca resgatar a amizade, o companheirismo, o respeito e o carinho que deve existir entre pai e filho, onde cada um terá oportunidade de demonstrar estes sentimentos.
2. OBJETIVO GERAL:
Proporcionar aos pais e alunos momentos agradáveis de carinho, de admiração e de agradecimento, demonstrados através das homenagens, além de maior integração entre a família e a escola.
3. METODOLOGIA
Apresentações artístico-culturais (danças, músicas, teatro) serão ensaiadas com os alunos, com o apoio dos professores das diversas disciplinas, enfatizando o tema “Pai”, além da confecção de cartões, cartazes, mensagens, poemas e outras maneiras de manifestação do carinho aos pais.
4. AVALIAÇÃO:
Será feita no decorrer das preparações e das apresentações e homenagens, e na satisfação de ver os pais emocionados e felizes.

PROJETO “DESCOBRINDO A VIDA” FEIRA DE CIÊNCIAS
1. JUSTIFICATIVA:
O “Projeto Descobrindo a vida” busca desenvolver o interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza, tecnologia, realidade local e universal que o ensino de Ciências propõe ao aluno. Desta forma procura organizar e selecionar diferentes maneiras de aprender.
Através de observações, experimentações, comparações, elaboração de hipóteses e suposições, estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, através da busca de informações em fontes variadas e ainda a organização de desenhos, tabelas e gráficos, os alunos podem vivenciar os conteúdos trabalhados nas disciplinas afins de Ciências.
O trabalho com diferentes temas de Ciências, que serão investigados de formas distintas, permitem ampliar a compreensão da realidade local.
Certos temas podem ser objeto de observações diretas e/ou experimentação, outros poderão ser investigados por meio de entrevista ou pesquisa de opinião.
2. METODOLOGIA:
Trabalhos e experimentos serão confeccionados e elaborados pelos alunos, com a intermediação dos professores de Biologia, Química, Física e Ciências.
3. OBJETIVO GERAL:
Analisar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação no cotidiano de cada aluno.
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação dos trabalhos será feita no processo de elaboração e no decorrer da exposição, no qual serão analisados itens como participação, trabalho coletivo, a estética, interesse, organização, explanação sobre os trabalhos e outros.

PROJETO CATARATAS / ITAIPU
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Conhecer um dos mais belos e fascinantes pontos turísticos do Brasil, as Cataratas do Iguaçu e uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo: a Binacional Itaipu.
2. JUSTIFICATIVA:
Este projeto proporcionará aos estudantes uma visita a um dos principais pontos turísticos do mundo, sendo que na teoria, muito já estudaram e agora terão a oportunidade de visitá-los.
Esta aula passeio proporcionará ao aluno uma visita “in loco” destes pontos turísticos, onde, a partir da interdisciplinaridade, serão explorados todos os temas e aspectos do passeio, desde a História, mostrada no ecomuseu, a construção da Itaipu, as Cataratas, o Marco das Três Fronteiras, o Parque das Aves, e outros.
3. OBJETIVO GERAL:
Conhecer “in loco” um dos mais importantes e fascinantes pontos turísticos do Brasil e do mundo, analisando os aspectos visuais, artístico-cultural e turístico.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Desenvolver o senso crítico no aluno quanto à gigantesca obra humana que é a hidrelétrica de Itaipu.
Destacar a importância dos rios e das hidrelétricas, quanto à produção de energia elétrica para o nosso cotidiano.
Valorizar a natureza, pois ela proporcionará um espetáculo maravilhoso indiscutível, com as quedas d’água das Cataratas.
Valorizar a importância da preservação e conservação do meio ambiente natural tanto para as espécies animais como vegetais.
Caracterizar as mudanças e as transformações ocorridas no meio ambiente com a construção da usina de Itaipu, os prejuízos e os benefícios, que esta obra trouxe à humanidade.
5. METODOLOGIA:
Visitas aos principais pontos turísticos de Foz do Iguaçu, seguindo um roteiro preestabelecido:
Saída de Sede Alvorada às 5:00 horas da manhã.
Chegada na Usina de Itaipu às 8:00 horas, para visitação.
Visita ao Eco Museu.
Visita ao Parque Nacional do Iguaçu –as Cataratas.
Almoço.
Visita ao Mineral Parque, na entrada do Parque Nacional.
Visita ao Parque das Aves.
Visita ao Marco das Três Fronteiras.
Visita ao Fórum das Américas.
Visita ao aeroporto internacional de Foz do Iguaçu.
6. AVALIAÇÃO:
Espera-se que os alunos aprendam muito com esta aula/passeio, pois terão a oportunidade de visualizar “in loco” os conteúdos estudados, nas aulas teóricas, aprimorando o senso crítico, e a criatividade, responsabilidade.
Além de motivar o aluno para o interesse e a curiosidade, a partir de belezas naturais e culturais tão belas e fascinantes, as quais eles terão apreciado durante a excursão. Proporcionar um conhecimento mais apurado da construção e desconstrução da natureza provocada pelo homem.
A avaliação se dará concomitantemente ao passeio, e após as visitas, através de produções escritas em sala de aula.

PROJETO FESTIVAL CULTURAL
1. JUSTIFICATIVA:
A educação física deve conter múltiplos conhecimentos a respeito do corpo, sem dicotomia entre corpo/mente, mas sim numa perspectiva de corpo único (corpo sensível) considerando suas possibilidades e suas limitações, e do corpo consciente de suas ações e do movimento.
Considera-se fundamental contemplar as atividades culturais rítmicas de movimento, com finalidade de expressão, lazer, essenciais para a qualidade de vida do ser humano.
O objetivo da educação, tendo a dança como objeto, portanto não consistirá na transmissão de informações, demonstrações, modelos, mas sim que o aluno compreenda por si próprio através de suas experiências, a necessidade de conquistar e descobrir o seu eu.
2. OBJETIVOS:
Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações da cultura corporal (danças, dramatizações, canções) adotando uma postura não preconceituosa ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou culturais.
Conhecer os limites e possibilidades do próprio corpo, de forma a poder controlar atonamente seus movimentos corporais e valorizá-los como recurso para a manutenção de sua própria saúde.
Participar de atividades corporais, reconhecendo e respeitando algumas de suas próprias limitações, bem como a de seus colegas, adotando uma atitude cooperativa, solidária, não agressiva.
Desenvolver a criatividade, senso de responsabilidade e organização através das apresentações e criação da coreografia.
Melhorar as frustrações nas experiências de ganhar e perder nas apresentações, enriquecendo a criatividade do aluno pela compreensão e respeito as regras.
3. METODOLOGIA:
Serão ensaiadas juntamente com os alunos: danças coreografadas, dramatizações, canções, apresentações artísticos-culturais.
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação é muito importante para o ensino aprendizagem, tanto para o professor como para o aluno, será realizado de forma consciente, respeitando os limites do aluno.
Pretende-se deter informações sobre as capacidades, habilidades e progressos dos alunos. Se o aluno consegue aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e movimentos corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para melhoria do seu dia-a-dia. Se ele integra a dimensão emocional e sensível do corpo à cultura corporal de movimento ampliando sua compreensão de saúde e bem estar.

PROJETO TORNEIO DE XADREZ
1. JUSTIFICATIVA:
O jogo é um dos processos mais ricos para se atingir a educação. Nele há oportunidade para o desenvolvimento da lógica, do relacionamento humano, das responsabilidades e da criatividade.
O jogo de xadrez é um esporte intelectual. É ainda, uma arte: pode criar beleza em partidas e problemas que produzem muita emoção.
É através do jogo de xadrez que criamos algumas das possibilidades para auxiliar e superar os problemas do dia-a-dia.
2. OBJETIVOS:
Enriquecer o pensamento lógico do aluno pela compreensão e respeito às regras do jogo.
Desenvolver a atenção, raciocínio e socialização através dos jogos que desafiem.
Participar dos jogos, reconhecendo algumas de suas próprias limitações, bem como de seus colegas, adotando uma postura cooperativa, solidária, não agressiva e não discriminatória.
3.METODOLOGIA
Com o intermédio do professor de Educação Física, serão explicadas as regras do jogo do Xadrez, com treinos nas aulas desta disciplina, culminando com o torneio de Xadrez.
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará iniciando com o treino das regras do jogo de xadrez e durante os momentos de socialização, onde os participantes poderão desenvolver estratégias de raciocínio e capacidade de resolução de situações do jogo, além da socialização.

PROJETO OLIMPÍADA DA MATEMÁTICA
1. JUSTIFICATIVA:
Tendo em vista de que atualmente o ensino da matemática é considerado como bem sucedido quando os alunos compreendem aquilo que aprendem e que essa compreensão é garantida quando eles participam da construção das idéias matemáticas, é importante que os alunos possam demonstrar essa compreensão numa data especial na “Olimpíada da Matemática”.
2. OBJETIVO GERAL:
A olimpíada será elaborada através de situações problemas que levem o aluno a problematizar e relacionar os elementos envolvidos no processo de raciocínio lógico e elaborar modelos, tendo como objetivo principal proporcionar a todos os alunos (distribuídos por série) a oportunidade de mostrar seus conhecimentos matemáticos.
3. METODOLOGIA:
O professor de Matemática trabalhará os conteúdos com os alunos, enfatizando os conhecimentos relacionados com a realidade do educando.
4. AVALIAÇÃO:
Considerando que o processo educacional está intrinsecamente ligado às relações sociais, ou seja, à realidade no qual o indivíduo está inserido, e sabendo que o processo ensino-aprendizagem se dá de forma contínua e de maneira que possa proporcionar ao aluno interagir no meio onde vive, em busca de uma organização social que atenda os anseios da coletividade, a avaliação deverá ser ainda um instrumento que indicará se os objetivos propostos estão sendo atingidos ou não.
Neste sentido, a avaliação se configura como subsidiária da execução do planejamento e por isso, deve ser permanente e se ater a todos os aspectos do cotidiano escolar.
O processo avaliativo é de suma importância para o bom andamento da prática educativa, pois é a partir dele que se pode perceber os avanços, as dificuldades e as mudanças necessárias.
Esta deve ser contínua e a partir de vários instrumentos, como: pesquisa, prova escrita, produções de textos, atividades previamente elaboradas, debates, discussões, atividades extra-classe (eventos culturais e esportivos), e outros.
Contudo a avaliação não cabe somente ao aluno, mas também ao professor, que deve auto avaliar-se para se necessário, redimensionar sua prática educativa em sala, de modo a viabilizar a qualidade de ensino.
Os critérios de avaliação apontam as experiências educativas a que os alunos devem ter acesso e que são consideradas essenciais para o seu desenvolvimento e socialização.
Nesse sentido, eles devem refletir de forma equilibrada os diferentes tipos de capacidades e as três dimensões de conteúdos (conceitos, procedimentos e atitudes), e servir para encaminhar a programação e as atividades de ensino e aprendizagem.

PROJETO DE DUBLAGEM E PARÓDIA
1. JUSTIFICATIVA
Manifestar o talento e capacidade artístico-cultural dos alunos, fazendo um contraponto com os diversos conteúdos trabalhados em sala de aula, de modo interdisciplinar, se torna necessário no processo ensino-aprendizagem, de modo que os alunos possam compartilhar as várias manifestações culturais e artísticas que compõem o arcabouço da cultura brasileira.
2. OBJETIVOS GERAIS:
Promover um espaço de divulgação das manifestações artístico-culturais dos alunos;
Proporcionar momentos de socialização e compreensão das várias atitudes artístico-culturais hoje existentes;
Utilizar uma metodologia diversificada para trabalhar os vários conteúdos escolares;
Divulgar os talentos existentes no espaço escolar.
Desenvolver a capacidade estético-cultural nos alunos, de modo a aprenderem, através da sensibilização, respeitar as várias manifestações culturais.
3. METODOLOGIA:
Os professores intermediarão a elaboração de letras de músicas inserindo o conteúdo estudado, utilizando-se de melodias de músicas conhecidas pelos alunos, com ênfase à música brasileira.
4.AVALIAÇÃO:
Se dará durante o processo de produção das letras, além dos ensaios e com o evento em si, onde os participantes poderão apreciar a criatividade e capacidade artístico-cultural dos colegas de escola.
O professor poderá fazer um balanço juntamente com os alunos, após o evento, resgatando as letras mais criativas e que tenham relação com a realidade social da comunidade escolar.

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