sexta-feira, 9 de abril de 2010

Proposta para Laboratório de Informática e sua Contribuição no Processo Ensino Aprendizagem

COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO








PROJETO PARA O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL PEDRO ERNESTO GARLET E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM


















SEDE ALVORADA – CASCAVEL – PR


1 INTRODUÇÃO

O fato do governo do estado do Paraná entre outros estados, implantar o sistema em rede (Linux) nas instituições públicas de ensino (incluindo ensino fundamental e médio) fez com que tais escolas recebessem certo número de computadores (no mínimo 12 e no máximo 40) de acordo com o porte da escola, para serem usados em rede pelos alunos e educadores em geral. Esse sistema é gratuito e pode substituir facilmente o windows, além de dar autonomia para educandos e profissionais da educação programarem o próprio ambiente computacional.
O governo instalou computadores em rede nas instituições, constituindo o laboratório de informática, além disso, também ampliou o nº de computadores na secretaria escolar. Após a instalação, estes computadores passaram a ser administrados por um profissional indicado da própria escola, responsável por manter a rede ativa.
Assim, para melhor desenvolver e focar os aspectos abordados neste estudo, optou-se pela investigação no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ensino Fundamental e Médio.
No Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, o governo disponibilizou 4 computadores para a secretaria escolar e 12 computadores para constituir o laboratório de informática, possibilitou também o acesso à internet através de uma antena via satélite. Para tanto, além de ter o apoio do Núcleo Regional de Educação, através da Coordenação Regional de Tecnologia Educacional (CRTE), a responsabilidade em projetar a organização e funcionamento do laboratório é da instituição de acordo com sua realidade.
Por esta razão, atento as novas exigências e às rápidas transformações que passa o sistema de informação na educação, este projeto apresenta a importância de uma proposta educacional para viabilizar a utilização do laboratório de informática no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, uma vez que o laboratório deste colégio não possui nenhum plano para seu uso e desenvolvimento.




2 PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA

As informações, o conhecimento e a produção cultural se dão hoje num sistema de redes. O mundo mudou e a escola necessita acompanhar esta mudança. Porém, na prática, percebe-se que a escola ainda continua vertical, parecendo uma linha de produção onde os alunos vão para consumir conhecimento e não para produzi-lo.
Apesar de saber que o computador trata-se de um meio de massa e também individualizado, além de ser uma biblioteca de referência rápida, compacta e passível de atualização, sendo o mais recente veículo de produção de linguagem e de distribuição de informações, muitos alunos apresentam-se desconectados do cotidiano desta contemporaneidade.
Não basta preparar os alunos para a realização de provas/vestibulares (uma vez que as oportunidades de ingressar em cursos superiores estão cada vez mais acessíveis e com maiores oportunidades de ingresso, como por exemplo, financiamentos como o PROUNI (Programa Universidade para Todos) entre outros e a abertura contínua de novas e diferentes instituições) é preciso preparar os alunos para a vida e para o mercado de trabalho que cada vez mais está se tornando competitivo, percebendo facilmente que contratos para empregos bem sucedidos ocorrem mais pela atitude que o indivíduo tem diante do conhecimento do que pelo conhecimento em si.
Para tanto, utilizando-se de maneira correta e criativa o recurso da informática, é possível obter e desenvolver de maneira prática e eficiente uma preparação de qualidade quanto aos dois aspectos acima citados.
O problema não está em o aluno receber conhecimento, a transmissão de conhecimento faz parte fundamental do processo ensino aprendizagem, porém, para o aluno realmente aprender ele precisa lidar diariamente com o prazer da descoberta. O ato de aprender está em o aluno não apenas receber conhecimento, mas principalmente em também produzi-lo ou reproduzi-lo. É necessário e de suma importância dar oportunidades aos alunos para que eles possam buscar, de maneira envolvente e produtiva, diferentes informações e saberes.
É fácil observar que os alunos só retém informações quando estas dão prazer ou tenham utilidade para os mesmos, sem esta visão a escola se torna “chata” e “inútil” para o aluno, devido ao fluxo de informações que os mesmos simplesmente recebem dos professores, tornando o conhecimento rapidamente absoleto, não sendo retido pelos alunos.
Segundo Brito (2006, p. 32) é necessário transformar o processo educacional, reconhecendo e adaptando as tecnologias de acordo com as finalidades educacionais. A tecnologia educacional pode ser entendida como a relação entre a tecnologia e a educação, concretizando um conjunto dinâmico e necessariamente sendo um instrumento mediador entre o homem e o mundo, o homem e a educação, a fim de se apropriar de um saber, redescobrindo e reconstruindo o conhecimento.
Dessa forma, seu simples uso não implica na eficiência ou inovação no processo ensino-aprendizagem, é preciso compromisso de quem utiliza esse recurso. Compromisso com a pesquisa, com a elaboração própria, superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem, a fim de desenvolver o senso crítico, a inovação e a criatividade. Assim como afirma Nóvoa in Brito (2006, p.37) ao dizer que “não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores”.
Ao se falar de recursos tecnológicos na educação, vale a pena lembrar que o processo ensino aprendizagem não envolve apenas o uso da informática, e sim, também a utilização contínua de outros recursos que a escola dispõe, como retroprojetor, vídeo cassete, DVD, mimiógrafo, etc, uma vez que conhecer a devida utilidade de todos esses aparatos tecnológicos é garantir a efetividade das aulas. Contudo, ao se tratar da qualidade do processo ensino aprendizagem utilizando os recursos da informática, é necessário haver um planejamento mais amplo, que integre uma boa organização e funcionalidade, por isso esse projeto pretende identificar: Como utilizar o laboratório de informática de maneira a contribuir efetivamente no processo ensino-aprendizagem.







3 JUSTIFICATIVA

A elaboração de uma proposta para melhorar a aprendizagem através do uso da tecnologia da informática em seus vários aspectos é indispensável para melhorar o rendimento e a qualidade do processo educacional.
Percebendo a necessidade de se implantar um projeto que fizesse o laboratório funcionar de maneira produtiva, iniciou-se este estudo, a fim de integrar educadores e educandos à tecnologia disponível no ambiente escolar, como ferramenta de contribuição para a melhoria ensino aprendizagem.
Com a mudança no espaço físico escolar tem-se em vista a necessidade progressiva de utilizar a tecnologia de informação e comunicação e as novas relações com o saber que estas tecnologias propiciam.
Para potencializar a transformação da escola integrando-a a outros espaços produtores do conhecimento é necessário a formação continuada de educadores. Nesse sentido, o laboratório de informática visa dar condições ao educador para incorporar a tecnologia de informação à sua prática, de modo a favorecer a criação de ambientes de aprendizagem colaborativos, valorizar o seu oriundo de sua experiência profissional, promover a articulação deste saber com teorias que ajudem a refletir e depurar essa experiência e sobretudo favorecer a sua atuação como um profissional crítico reflexivo, comprometido com uma prática transformadora, progressista e prazerosa, na qual professores, gestores e alunos se situam no espaço escolar em sua inteireza de ser humano que aprende durante toda a sua vida.
Usar a tecnologia a seu favor, é promover o desenvolvimento da autonomia em relação à própria formação, adquirindo competências necessárias para assumir a autoformação.
O educador que assume essa atitude de aprendiz pode transferir essa prática para a sala de aula e propiciar uma aprendizagem colaborativa, integrada e redimensionada no espaço escolar. Pode-se então favorecer um estado contínuo de predisposição à aprendizagem e à mudança, colocando-se lado-a-lado com a escola e com todas as pessoas que nela atuam, desenvolvendo uma cultura de formação continuada e contextualizada, fazendo do espaço escolar um articulador de outros espaços de saber.
O dinamismo e rapidez da informação demandam uma nova forma de pensar a aprendizagem e o conhecimento. Quando se pensa no sistema educacional para esta nova era, é impossível ignorar o uso da tecnologia. E, certamente as intenções podem ser as melhores quando se moderniza a escola pela aquisição de equipamentos tecnológicos como computadores ligados à internet. Entretanto isto não é suficiente para modificar o sistema de ensino com vista às necessidades atuais da sociedade.
Nesta perspectiva, verifica-se que o papel do professor é fundamental, sendo preciso investir na formação do professor, propiciando o desenvolvimento de sua capacidade crítica, reflexiva e criativa. Neste sentido, não basta o professor aprender apenas a operacionalizar o computador. Ele precisa vivenciar e compreender as implicações educacionais envolvidas nas diferentes formas de utilizar o computador, de modo a propiciar um ambiente de aprendizagem criativo e reflexivo para o aluno. Saber integrar, conscientemente, o uso do computador na prática pedagógica significa transformá-la e torná-la transformadora do processo de ensino e aprendizagem.


















4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Repensar o papel da escola, do professor, do aluno, do conhecimento e do processo ensino aprendizagem empregando a tecnologia para o desenvolvimento humano, a formação de cidadãos críticos, criativos e com autonomia para construir e reconstruir o conhecimento.

4.2 OBEJETIVOS ESPECÍFICOS

- Demonstrar a importância de incorporar as novas tecnologias de informação à educação.
- Conscientizar e orientar o professor para que ele possa transformar o seu fazer pedagógico, apoiado por um processo de formação contínua, com base em novos paradigmas de atuação, formação e investigação.
- Incentivar alunos e educadores para que extrapolem a função instrumental do computador e passem a irradiar conhecimentos através dele.
- Contribuir com a instituição ao propor ações educacionais que valorizem a utilização da informática como ambiente de aprendizagem.














5 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

5.1 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio está situado na Rua Agibe Rosalino Vivian, s/nº, no Distrito de Sede Alvorada, Município de Cascavel - Pr.
Localizado nas proximidades da BR 467 entre Cascavel e Toledo, atende a alunos do Distrito de Sede Alvorada e de localidades vizinhas (zona rural) tais como: Ipiranga, Chaparal, São Pedro, Esquina Memória, Gramado, São Roque da Lopei e Planaltina. O transporte destes alunos que moram em zona rural até Sede Alvorada é ofertado pelo município de Cascavel, assim, os alunos da Escola Estadual e da Escola Municipal utilizam o mesmo transporte escolar.
A criação da Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet foi autorizada pela Resolução nº. 464/90 em 13/02/1990, pela Secretaria do Estado da Educação, e reconhecida em 17/09/1992 pela Resolução número 3057/92 desta mesma secretaria.
Até 2005 a escola ofertava apenas o ensino fundamental (5ª a 8ª séries), recebendo reivindicações da comunidade para a implantação do ensino médio. Até então, a oferta do ensino médio vinha sendo feita no Município de Toledo, com o transporte dos alunos por parte da Secretaria de Educação do Município de Cascavel. No entanto, a escola foi comunicada de que a partir do ano de 2006 a Prefeitura Municipal de Cascavel, por meio da Secretaria Municipal de Educação, não mais faria o transporte escolar destes alunos.
Neste sentido, o oferecimento do nível de ensino médio aos alunos da comunidade e comunidades vizinhas pela Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet, se tornou uma necessidade, já que a distância de outros estabelecimentos que ofertavam o ensino médio ocasionava a impossibilidade de muitos alunos freqüentarem este nível de ensino.
A partir desta necessidade, foi iniciado o processo de implantação do Ensino Médio da escola, que a partir da implantação, no ano de 2006, passou a se chamar Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio.
Atualmente, o Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet, conta com treze professores, uma professora de sala de recursos, uma secretária, um auxiliar administrativo, dois pedagogos (um no período da manhã e outro no período da tarde), um diretor, duas responsáveis pelos serviços gerais e uma merendeira.
O Colégio atende a uma demanda de 190 alunos, distribuídos em sete turmas, sendo uma de cada série a partir da 5ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, mais uma Sala de Recursos.
As turmas de 5ª e 6ª séries têm o seu funcionamento no período vespertino, sendo que as outras turmas têm o seu funcionamento no período matutino. Isto se deve à falta de espaço físico, pois o prédio é compartilhado com a Escola Municipal Arthur Oscar Mombach - Educação Infantil e Ensino Fundamental. A sala de recursos funciona no período da manhã e da tarde, porém, pela falta de estrutura física na escola, a sala utilizada por estes alunos fica no salão comunitário cedido pela Igreja da comunidade.

5.2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO

A partir de 1990, as 04 últimas séries do 1º Grau, até então de responsabilidade do município, da Escola Arthur Oscar Mombach, passaram para a dependência administrativa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, passando a denominar-se então, Escola Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino de 1º Grau, com autorização de funcionamento e criação em 13/02/90, conforme Resolução nº. 464/90 da Secretaria do Estado da Educação. Foi reconhecida em 17/09/92 com o reconhecimento do 1º Grau pela Resolução nº. 3057/92.
Desde 1990, passaram pela direção da Escola Pedro Ernesto Garlet:
- 1990 a 1992: Marlise Schmidt (Indicada pelo Núcleo Regional de Educação).
- 1992 a 1998: Domingos Cappellesso (Indicado pelo Núcleo Regional de Educação).
- 1998 a 2003: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar).
- 2003 a 2008: Domingos Cappellesso (Eleito pela Comunidade Escolar).

5.3 BREVE HISTÓRICO DO PATRONO DO ESTABELECIMENTO

Pedro Ernesto Garlet nasceu no dia 04 de julho de 1915, no município de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. Era filho de Félix e Catarina Daronch Garlet, ambos nascidos na Itália.
No ano de 1964 adquiriu terras em Sede Alvorada, Cascavel, vindo em 1967 para este local com sua família, sendo um dos pioneiros desta localidade.
Durante a década de 70, destacou-se juntamente com outras lideranças, pela implantação de diversos benefícios em prol da comunidade, tais como: escola, igreja, estradas, eletrificação rural, lutou pela implantação e funcionamento dos clubes 4-S, sindicato e cooperativa.
Em 1975 e anos subseqüentes, notabilizou-se juntamente com Arthur Oscar Mombach (in memória) e outros líderes na encampação da luta contra a permuta de Sede Alvorada para Toledo.
Vencida patrioticamente a questão, e continuando a pertencer para Cascavel, eis que, nova batalha os esperava: a criação do distrito administrativo de Sede Alvorada, conquistada anos mais tarde.
Em 1982, constatou-se sofrer de câncer, doença na qual Pedro Ernesto Garlet, combateu com resignação e paciência.
Lamentavelmente, aos 30 dias do mês de agosto de 1989, Pedro Ernesto faleceu em conseqüência do câncer.


















6 HIPÓTESES

O grande avanço das ciências e da tecnologia provocou mudanças profundas na sociedade com reflexos na vida pessoal e das organizações. Tornou-se evidente a relatividade e provisoriedade do conhecimento, exigindo atualização constante. O conhecimento é questão central e a sua apropriação depende de um processo de busca incessante, facilitado pelo fato de as informações estarem disponíveis em toda parte, embora seja preciso saber onde e como obtê-las e selecioná-las.
Por isso, no âmbito educacional, a informática é eficaz quando o professor está envolvido, é capacitado e entende sua utilidade. A atuação do professor é primordial, sendo a ele necessário aprimorar-se nesta tecnologia sem desmerecer as outras formas de transmissão do conhecimento. Ao aluno cabe ser o participante ativo e aprender a navegar nas novas e antigas tecnologias, obtendo daí uma ampla bagagem cultural.
A presença do pai ou professor será sempre necessária no processo do aprender. O computador é apenas uma grande ferramenta de trabalho auxiliar nessa tarefa e não substituirá jamais a presença do professor que precisa estar presente para orientar e incentivar, além de transmitir o conhecimento também por outras formas, associando o uso da informática a um rico conteúdo didático.
Assim, quando o professor traz pronto um material que apenas embute o foco de seu interesse, pode ter dificuldades para encontrar motivação. Então ali está o grande desafio, que envolve negociação, competência didática e muito planejamento. Aliás, quanto mais o professor pretende usar as demandas espontâneas dos alunos, a partir das vivências que eles tenham com filmes, internet ou outros recursos tecnológicos, maior a necessidade de considerar alternativas de ação para diversas hipóteses prováveis quanto ao interesse dos alunos.
Sob esse ponto de vista, hoje, num mundo de transformações tão rápidas, percebe-se que a educação escolar deve integrar-se às tecnologias de comunicação, em especial a informática, cabendo aos educadores, a apropriação dessas mídias e, por sua vez, levando-as para suas práticas em sala de aula ou usando-as como uma extensão.
Para tanto, o professor deve estar familiarizado com as mídias a fim de orientar seus alunos na utilização daquela(s) mais apropriada(s) para os projetos e/ou conteúdos que forem desenvolver. A TV, o rádio, o jornal, a revista, o livro e a informática têm suas funções específicas. Cada mídia se presta a objetivos diferentes de leitura e representação do mundo, o que não impede que sejam integradas na prática pedagógica. Em lugar da leitura estanque de livros, jornais, filmes, a informática e às técnicas tradicionais propiciam uma leitura interativa, na qual cada indivíduo pode buscar a informação e construir o seu saber.
Entretanto, os professores precisam conhecer, manusear, experimentar as tecnologias de comunicação (tradicionais e novas) de forma confortável para que possam incluí-las nos seus planos de aula no momento apropriado e com os objetivos adequados. Não precisam ser “experts”, mas procurar conhecê-las para saber como integrá-las tanto ao seu programa de ensino quanto ao seu programa de formação contínua, autônoma ou na instituição em que atuam.
Após conhecer a tecnologia, não necessariamente a fundo, o professor deve proceder a uma análise técnica, pedagógica e de conteúdo do material informatizado que tem a disposição, sempre considerando a realidade e clientela da escola, os objetivos a atingir, a temática e os conteúdos abrangidos a fim de integrar o material.
Como hipótese é possível citar um professor de História ao propor uma pesquisa a partir de objetos/artefatos, ele deve orientar os alunos em como extrair o maior número possível de informações, orientar a pesquisa sobre o artefato e a sociedade a que pertenceu ou que sites são apropriados para a obtenção das informações.
Outra possibilidade de integrar tecnologias novas às tradicionais é que o conteúdo pode ser observado na seguinte proposta: supõe-se que o professor trabalhe com a História. Ele pode mostrar aos alunos o trecho de um filme, baixado ou não da internet, solicitar que elabore um jogo didático a partir dos conceitos históricos dali extraídos, isto após uma pesquisa dos mesmos no material indicado e previamente analisado pelo professor. Outra estratégia eficaz e sempre adaptável a qualquer conteúdo é a sugestão de uma atividade que incentive a investigação (sites, etc.) antes do assunto ser ministrado pelo professor. Por exemplo, fornecer aos alunos um roteiro com “pistas” que os incite a pesquisar até descobrirem o assunto abordado. O mais importante deste tipo de procedimento - chamado de sensibilização - é fazer com que os alunos estejam cientes dos objetivos a serem atingidos e motivados para o aprendizado.
É possível também, que alunos queiram formar equipes para produzirem trabalhos, jornais ou serem responsáveis por algum projeto da comunidade escolar.
Com base no exposto, ficam evidentes as grandes e promissoras possibilidades de uso da informática integrada às demais tecnologias de comunicação e às práticas tradicionais e a necessidade dos professores se apropriarem das novas tecnologias, de modo a incorporá-las na sua prática pedagógica.
Algumas das vertentes tecnológicas, como a Internet em computadores, ajudam muito o autodidatismo, especialmente após a conclusão da educação básica. Como contraponto, o próprio desenvolvimento tecnológico gera muitas novas necessidades de educação, para que os trabalhadores possam manter-se atualizados e competitivos. Os professores precisam considerar estes dois aspectos, para que sua ação educacional possa viabilizar em seus alunos o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais que lhes assegurem boas chances quanto ao almejado sucesso.
Para aqueles que ainda não se encontram familiarizados com informática, nas primeiras aulas são trabalhadas as tensões e os medos, o computador vai sendo desmistificado lentamente e deixando de ser o “bicho de sete cabeças”. A mão vai assumindo o controle sobre o mouse, que lhes escapa e os dedos adquirem a leveza necessária para o teclado. O computador constitui-se num desafio a ser vencido por aquele indivíduo que ainda não se encontra atualizado nesta área, à medida que isso se realiza, ele se sente capaz e potente.
O ambiente de informática é de cooperação, reflexão e socialização das descobertas entre os alunos. Estão todos aprendendo e ensinando, respeitando-se o tempo e o ritmo de cada um e as suas singularidades. O aprender acontece por meio do fazer e do compreender. A nova linguagem dos ícones, que invade o cotidiano escolar e familiar, através da tecnologia, é interpretada e (re)conhecida, possibilitando a entrada no mundo novo que se descortina.
Os(as) alunos(as) vão, gradativamente, dominando alguns recursos computacionais e simultaneamente, são instigados a criar seus próprios textos. No exercício de escrever, articulam pensamentos e fazem reflexão sobre a vida e sobre si mesmos.
O professor pode, através da informática, por exemplo, trabalhar um tema com os alunos de maneira muita atrativa, usando um dos vários recursos tecnológicos, como dar suas aulas em forma de apresentação com as opções de animação, uma vez que o conteúdo pode ser explorado e salvo no pen drive do professor, sendo apresentado para todos os alunos através da televisão. Além de tornar as aulas interessantes o aluno aprende sem perceber, pois uma aula bem elaborada se torna dinâmica e produtiva.
Contudo, além das inúmeras ferramentas encontradas no computador, que envolvem cores, movimento, boas qualidade gráfica, sons e desafios mais elaborados, tem-se a internet que se torna aliada na difícil missão de ensinar, visto ela ser de fácil acesso a informações atualizadas, oportunidade de troca de dados, consultas a especialistas, tudo isso de forma ágil e confortável, é o que a Internet proporciona. E os educadores não podem perder a chance de aproveitar estas facilidades. Adequar-se à Internet é uma questão de tempo e de pesquisa, e não mera repetição de conteúdos de livros clássicos para o ambiente multimídia, mantendo a relação entre aluno e professor intacta e distante. O uso de tecnologia no ensino não faz, ou não deve fazer do aluno um técnico em determinada área. Saber não é acumular informações, mas sim manuseá-las para compreender criticamente o mundo e as relações que o mantém.
Dinamismo, versatilidade e agilidade de decisões são características e trunfos exclusivos das páginas eletrônicas. Mas há também a liberdade. Poucos meios são tão merecedores desse adjetivo quanto a Internet, e isso antes de ser um problema, é uma preocupação dos que utilizam sites voltados à educação. Páginas e grupos de discussão na Rede devem, sobretudo, chamar e manter a atenção do usuário (aluno) para o tema que se está abordando e também, levá-lo a se interessar por temas transversais a este.
A educação do aluno não se restringe ao espaço e tempo escolar, mas vem em grande parte de sua ocupação exterior à sala de aula. A educação é permanente, exclusiva e intransferível. O professor, conhecendo seu valor e imensa responsabilidade, certamente conseguirá atuar adequadamente, aproximando em muito suas aulas à realidade de seus alunos. E as inovações tecnológicas, cada vez mais fazem parte dessa realidade.
Portanto, mais importante que a internet estar na escola é a escola estar na internet. Afinal, a informática muda a forma da comunidade e das pessoas em geral se relacionarem com as coisas da vida, uma vez que esta tecnologia está fazendo a educação passar por mudanças estruturais e funcionais. Ela não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também na forma como elaboramos conhecimento.

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Ferreira (1995, p. 82), as portas do segundo milênio estão começando a se abrir. O ser humano tem conquistado vitórias significantes em todos os ramos das ciências. As derrotas, inevitáveis, para os otimistas, são vistas como verdadeiras lições de vida. Muitos avanços surgiram depois de seguidas derrotas. Novos produtos surgem nos mercados, tecnologias são geradas aprimorando processos, a informática passou a ser fundamental, novos materiais são empregados e princípios e técnicas são desenvolvidos ou aperfeiçoados.
Slater (1996, p. 43), afirma que o ritmo das mudanças será sentido nas mais diversas áreas e a globalização deixou de se tornar um objetivo para virar um imperativo. À medida que surgem novos mercados as barreiras geográficas vão perdendo a importância. Portanto, serão vencedores aqueles que desenvolverem uma cultura que permita movimentar-se com mais rapidez, comunicar com mais clareza e envolver todas as pessoas no processo de atender uma clientela cada vez mais exigente.
Portanto, o aperfeiçoamento nos processos afeta a organização como um todo e o atendimento com maior eficácia e eficiência é um dos maiores objetivos. O ambiente e o espírito pessoal precisam estar preparados para mudanças ou transformações, é preciso atenção e obtenção de informações sobre este novo modo de fazer as coisas, de transformar processos simples e complicados para processos modernos e eficientes.
Segundo Campos (1992, p. 62), antigamente pensava-se que o salário baixo ou a proximidade com a matéria-prima ou recursos energéticos era suficiente para garantir a vantagem competitiva. Atualmente tem ficado cada vez mais claro que o uso do conhecimento humano (componente informação) é fator muito importante, pois através deste conhecimento pode-se captar as reais necessidades das pessoas, utilizando-se de métodos e instrumentos cada vez mais sofisticados.
Conforme Stair (1998, p. 4), os sistemas de informação tem um papel importante nos negócios e na sociedade atual. Para se entender o que é um sistema de informação é preciso entender primeiro o que são dados, estes são os fatos em forma primária, têm pouco valor. O processo de definição de relações entre dados requer conhecimento. O conhecimento é o corpo das regras, as diretrizes e os procedimentos usados para selecionar, organizar e manipular dados, para torná-los úteis. A organização dos dados, regras e relações entre os mesmos criam informação útil e valiosa.
Para Stair (1998, p. 17) sistemas de informação eficazes podem ter um impacto enorme na estratégia corporativa e no sucesso organizacional. As empresas que utilizam a informática estão desfrutando de maior segurança, melhores serviços, maior eficiência e eficácia, despesas reduzidas e aperfeiçoamento no controle e na tomada de decisões. As pessoas que podem ajudar seus negócios percebem que estes benefícios ainda serão solicitados em breve. A informática ou o sistema de informação são usados em quase todas as organizações e continuarão fazendo carreiras estimulantes.
Desta forma, uma organização empresarial ou educacional pode prestar seus serviços da melhor forma possível, utilizando-se de um sistema de informação adequado, onde as atividades podem ser exercidas através de processos informatizados que trazem melhor resultado por meio da maior rapidez e eficiência no serviço.
Conforme Brito (2006, p.18) as tecnologias interferem em nosso cotidiano, e por isso é primordial que a educação democratize o acesso ao conhecimento, produção e interpretação das tecnologias. A possibilidade da sociedade se transformar está nas novas ferramentas que oferecem novas formas de conhecer, de fazer e talvez de criar. O desenvolvimento tecnológico é traduzido como sabedoria de vida. Nesse sentido, está havendo uma pressão de mudanças na educação, assim como em outras organizações, pois atualmente todos devem aprender a conhecer, a comunicar, ensinar e a integrar o humano, o tecnológico, o individual, o grupal e o social.
A melhoria da qualidade na educação não depende apenas das tecnologias, a escola precisa estar inserida num processo de reflexão e ação significativa em relação as novas tecnologias da informação e da comunicação, tendo uma visão aberta do mundo, incorporando as situações pedagógicas num método de reelaboração e de reconstrução do processo ensino aprendizagem (Brito, 2006, p. 21).
De acordo com Cortelazzo (2006, p.14), a comunicação escolar precisa se transformar em educativa através de uma concepção de comunicação mais interativa e dinâmica, integrando a escola com o cotidiano do aluno. A comunicação precisa ser trabalhada e refletida com os educadores em geral, possibilitando transformar a escola em um ambiente de aprendizagem social, em que a comunicação se articula com a sociedade na qual a escola esta inserida, desenvolvendo a interação entre professores, diretores, coordenação, alunos e pais.
Com a escola equipada de computadores formando um laboratório de informática surge muitas questões entre os profissionais da educação. Muitos membros tem o desejo de mudar, mas ao mesmo tempo tem medo dessa mesma mudança. Entre o querer mudar e o não-querer, o desejar o novo e o temer, cria-se uma situação conflitante possível de ser percebido no cotidiano da escola.
Brito (2006, p. 74) acredita que o computador precisa ser incorporado no dia-a-dia da sala de aula, uma vez que inserir a informática na escola significa disponibilizar computadores para professores e alunos, sendo que estes precisam ter acesso aos equipamentos durante o período de aula, permitindo criar uma tradição de utilização dessa tecnologia.
Segundo Lopes (2002) é importante adaptar a informática ao currículo escolar, utilizando o computador como apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além de melhor preparar os alunos para a sociedade informatizada. A informática não pode ser concebida apenas como uma ferramenta, ignorando sua ampla atuação na sociedade, ela deve ser levada para toda a escola, uma vez que se tem cada vez mais a exigência de um conhecimento holístico da realidade. Por isso ela não deve ser colocada como disciplina que limita conhecimento e fronteiras, tanto de conteúdos como de prática. Ela deve promover a interdisciplinaridade e até mesmo a transdisciplinaridade na escola.
Marçal Flores in Lopes (2002) afirma que “a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino aprendizagem, enfim, ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”.








8 METODOLOGIA

Com a finalidade de atender os objetivos propostos, foi utilizado para elaboração deste trabalho, a pesquisa exploratória, sendo que o procedimento de coleta de dados utilizado, se deu pela observação participativa direta, considerando também, a troca de informações com os colaboradores da instituição, auxiliando na complementação do trabalho.
De acordo com Gil (1999, p. 76), pesquisa exploratória habitualmente envolve levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. As pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Segundo Lakatos & Marconi (1999, p. 58), uma das técnicas da pesquisa é a sistemática ou participativa. A observação sistemática é quando o pesquisador observa sistematicamente aquilo que o interessa, durante um certo período de tempo, podendo ser direta quando observa os fatos pessoalmente no local de trabalho, ou indireta, quando é feita através de outras pessoas. A observação participante, é quando o pesquisador procura permanecer no grupo que estuda, obtendo confiança e sendo participante no grupo, podendo ou não revelar sua condição de observador.
A coleta de dados é realizada através de dados primários e secundários. Como fonte primária é utilizado dados históricos, informações, pesquisas, documentação da escola, registros em geral e como dados secundários, é utilizado a pesquisa bibliográfica, através de livros e periódicos.
Conforme Malhotra (2001, p. 73), os dados primários são gerados por um pesquisador para a finalidade específica de solucionar o problema em pauta. Os dados secundários são coletados para objetivos que não os do problema em pauta. O processo de coleta de dados primários é muito envolvido e os do secundário é rápido e fácil. O custo de coleta de dados primários é mais alto que o secundário. O tempo de coleta de dados primários é longo, enquanto o de dados secundários é curto.
Os instrumentos de coleta de dados são apresentados por uma organização do material de investigação, incluindo também o arquivamento de idéias, reflexões e fatos acumulados no período da pesquisa.

8.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo é realizado no Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ensino Fundamental e Médio, localizado em zona rural, distrito de Sede Alvorada, município de Cascavel/PR, no período de fevereiro a setembro de 2008. A área pesquisada relaciona-se ao laboratório de informática desta instituição de ensino, mais especificamente, sobre seu uso para desenvolver o processo ensino aprendizagem.



























9 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

Observa-se que pela realidade da comunidade escolar, alguns alunos e professores ainda não estão familiarizados com o uso diário dos computadores, existindo certa resistência quanto ao uso desta tecnologia. Porém, sabe-se que a informática, cada vez mais, está no cotidiano das pessoas, seja no campo ou na cidade e por isso é de extrema relevância saber utilizar de maneira eficiente seus diversos recursos no campo educacional.
Conforme afirma Ferreira (1995, p. 48), na atualidade, aquele que não usar a disposição da tecnologia nas informações, estará perdendo competitividade, pois o vencedor é aquele que está na modernidade do mercado, acompanhando a tecnologia, atraindo sua clientela pela qualidade do serviço.
Deste modo, fica evidente que um professor que saiba preparar suas aulas e apresentá-las aos alunos utilizando-se dos mais diferentes recursos didáticos, estará propício a desenvolver um processo ensino aprendizagem atraente, dinâmico e de qualidade, será um vencedor como educador. Um vencedor que se preocupa em estar constantemente atualizado, que deseja apresentar aulas agradáveis, produtivas e ricas em conteúdo significativo, que não se entrega ao comodismo e continua a realizar suas pesquisas como educador em busca da formação continuada, procurando sempre fazer com que seus alunos se tornem cidadãos críticos e produtores do conhecimento.
Com a instalação de computadores no colégio, o acesso à informática se torna um direito do educando e do educador, que pode usufruir de uma educação que no momento inclua no mínimo uma alfabetização tecnológica, ou seja, aprender a ler esta nova mídia, assim, ele não deixa de estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar e desenvolver noções espaciais.
Contudo, analisando a realidade da comunidade escolar percebe-se que alguns membros (alunos ou professores) ainda não adquiriram algumas noções básicas desta tecnologia. Portanto, é fundamental a reflexão sobre essa nova realidade, pois o educador precisa repensar sua prática e construir novas formas de ação, lidando com essa nova realidade, apropriando-se dela e introduzindo-a na sala de aula.
De acordo com Almeida (2008) o professor precisa assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações, tornando-se um mediador entre as informações e os alunos, fazendo com que o computador torne seu aliado no processo da aprendizagem, uma vez que ele pode ser muito bem aproveitado se o educador mostrar-se capacitado para a sua utilização como um apoio pedagógico, proporcionando uma aprendizagem mais interativa, com significado e com os alunos construindo conhecimento.
Para tanto, uma coisa é aceitar que na realidade escolar ainda existam pessoas que não dominam a informática, mas que desejam se atualizar e aprender, afinal, nunca é tarde para buscar conhecimento, outra é inaceitável que existam educadores que se recusam a adaptar seu métodos didáticos com a utilização das novas tecnologias.
Não aceitar a informatização é mostrar o despreparo e o medo do novo que permeia as suas didáticas ou talvez a pretensão de acreditarem que seus métodos tradicionais produzem melhores resultados, sem mesmo antes tentarem se adaptar com a nova realidade. Contudo, é preciso que os educadores compreendam a informática na educação como apoio pedagógico e não como um novo método de ensino (Almeida, 2008).

9.1 PRIMEIRAS AÇÕES

Através da realidade encontrada no espaço escolar, um dos primeiros passos está em mobilizar o corpo docente e discente da escola em se preparar para o uso do laboratório de informática na sua prática diária do processo ensino-aprendizagem.
Assim se percebe duas características: por um lado, estão aqueles que já possuem o domínio da informática, pelo menos das noções básicas, e de outro lado, aqueles que ainda não obtiveram essa aprendizagem.
Nessa situação, é necessário propor primeiramente a realização de um processo de adaptação/aprendizagem através de um treinamento para que se possa compreender e usar as diferentes ferramentas referente ao programa Linux, disponível nos computadores do colégio. A proposta está em o treinamento ser realizado no próprio colégio, a clientela a ser atingida são educandos e educadores que ainda não sabem utilizar-se das ferramentas tecnológicas do computador ou que queiram fazer a capacitação com a finalidade de aprimorar seus conhecimentos. Deste modo é possível solicitar à Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE) do município um apropriado assessoramento.
Conscientizando alunos e professores sobre a importância da informática na vida pessoal e profissional, é possível fazer um levantamento do número de pessoas que necessitam passar por esse processo.
Dessa forma, em primeiro momento cria-se a oportunidade de “aprender” para aqueles que ainda não usavam desta tecnologia, permitindo aos mesmos descobrirem o potencial da informática, transformando-os em cidadãos críticos e atualizados e de “aperfeiçoar” os conhecimentos daqueles que já conheciam este recurso tecnológico, podendo fazer da escola um centro irradiador de conhecimento.

9.2 INFORMÁTICA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

É normal que ao introduzir a informática ocorra primeiramente a preocupação em observar o funcionamento das ferramentas do computador. Esse primeiro passo é muito importante, pois não se deve forçar o professor, que está em processo de aprendizagem, a fazer mudanças imediatas no seu processo didático, uma vez que este momento é de contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante da introdução da informática. Assim, ele vai observando a informática como um novo instrumento, ou seja, como um giz diferente.
A mudança surge quando o professor percebe que pode fazer mais do que está acostumado, neste instante, ele começa a refletir sua prática e percebe o potencial da ferramenta.
Depois de conhecer o que cada ferramenta tem a oferecer, o professor vai para o segundo passo da aprendizagem: explorar as ferramentas em suas diferentes situações educacionais, permitindo selecionar as ferramentas tecnológicas e as formas de trabalho como objetivo de uma atuação pedagógica de qualidade.
Familiarizado com as questões técnicas da tecnologia, básicas no processo educacional, e estando capacitado a explorar a informática em atividades pedagógicas com a interação entre os conteúdos de ensino e a desenvolver projetos educacionais com a utilização da informática como apoio pedagógico, o professor saberá desafiar os alunos para que, a partir do trabalho/projeto que cada um desenvolver, seja possível atingir os objetivos pedagógicos que foram determinados no seu planejamento de ensino (Almeida, 2008).
Nessa fase, é possível que o professor ainda esteja preocupado apenas com o conteúdo de sua disciplina, no entanto, logo surge um novo elemento: o prazer de descobrir, e isso o levará a um desafio constante, preocupando-se então com o processo de aprendizagem.
Então, o terceiro momento surge marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade. Ele sente que pode buscar alternativas para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação integral.
Assim inicia-se a superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Os educadores são capazes de articular os conhecimentos para que o todo comece a ser organizado. Essa prática interdisciplinar, certamente contribui para a formação de cidadãos conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade.
Finalmente ocorre o quarto momento, marcado pela transcendência, que ultrapassa os muros da escola. É o momento da troca, da comunicação e participação comunitária, como numa aprendizagem cooperativa. O processo de aprendizagem volta-se para uma interação social. O conteúdo é trabalho dentro de um contexto, a ênfase é dada à coletividade, a participação política e social, à cidadania.
É possível também propor o programa escola aberta, que funciona nos finais de semana para a participação da comunidade escolar.
Como se pode notar é de suma importância que a informática educacional faça parte do projeto político pedagógico da escola, definindo todas as pretensões da mesma em sua proposta educacional.
Contudo, verifica-se que desenvolver o processo ensino aprendizagem com a utilização do laboratório de informática ocorre entre etapas, momentos e processos que vão sendo formados. Além disso, é necessário o apoio da direção que oferece os recursos necessários, introduzidos num projeto pedagógico.
De acordo com Lopes (2002), o ideal é a escola dispor de um coordenador de informática para articular e gerenciar o processo, de modo a buscar os recursos necessários e mobilizar os professores. Conforme a realidade encontrada na escola, ainda não existe a presença deste profissional para sugerir atividades pedagógicas num planejamento curricular que envolva todas as disciplinas num processo informatizado.
No entanto, a escola não pode deixar de agir por falta de recursos, seja eles humanos ou econômicos, diante dos desafios sempre existirão soluções para as escolas públicas enfrentarem as dificuldades e seguir em frente com uma boa gestão escolar, valorizando os profissionais disponíveis na escola, envolvendo uma força integrada da direção, equipe administrativa, pedagógica, corpo docente e comunidade escolar em geral.

9.3 ORGANIZAÇÃO PARA ATIVIDADES NO LABORATÓRIO

O laboratório poderá ser usado para atividades individuais e também para atividades coletivas, em classe, com o acompanhamento do professor, por isso é importante estipular um cronograma de uso no contra turno para aqueles alunos que desejam fazer suas pesquisas, trabalhos ou projetos individuais, a fim dos horários individuais não coincidirem com os coletivos, causando a disputa de computadores para o uso no laboratório.
Como o Colégio oferta a 5ª e 6ª série a tarde e o restante das séries no período da manhã, é possível criar um cronograma estipulando os respectivos períodos de acordo com a série:

5ª e 6ª série - Uso Coletivo (TARDE) Uso Individual (MANHÃ)
7ª e 8ª série - Uso Coletivo (MANHÃ) Uso Individual (TARDE)
1º, 2º, 3º ano - Uso Coletivo (MANHÃ) Uso Individual (TARDE)

Seguindo os períodos disponíveis para cada turma, os usuários dos computadores podem agendar seus horários com o responsável do laboratório, colaborando com a organização da escola.

9.4 ORGANIZAÇÃO DE ACESSO

O acesso aos computadores se procede através da distribuição de senhas criadas pelo administrador da rede e que logo são recriadas particularmente pelo usuário do computador, garantindo a organização de arquivos e uma melhor segurança, tendo acesso único e restrito.
Dessa forma, cada usuário do laboratório de informática (seja educando ou educador) tem seu login e senha para abrir a tela do computador e iniciar seus trabalhos com exclusividade.
O usuário é cadastrado pelo administrador (adm local) que cria uma pasta particular conforme o nome (login) que o usuário desejar usar. Essa pasta é localizada no seu grupo, ou seja, se o usuário é um professor, a pasta é localizada no grupo de professores, se o usuário é funcionário, estará no grupo de funcionário e assim por diante. O fato de cada usuário possuir sua senha impossibilita um usuário acessar a pasta de outro, a não ser que este autorize o acesso fornecendo sua senha.
A vantagem do programa Linux é deixar organizados os arquivos e programas/ferramentas para seu uso eficiente, evitando a inserção de diversos ícones desnecessários na tela do computador.

9.5 DO DESENVOLVIMENTO DE TRABALHOS/ATIVIDADES

Os professores além de poder usar o laboratório para elaborar suas provas, trabalhos e atividades didáticas, poderão fazer pesquisa individual e coletiva, ou seja, levar também os alunos no laboratório durante suas aulas, com a finalidade de investigar algo proposto ou em estudo.
De acordo com Brito (2006, p.87), uma questão levantada por muitos professores é a maneira como poderão trabalhar, ou seja, como poderão proceder para que alunos não façam cópias e entreguem seus trabalhos sem primeiro refletir, ou até mesmo, ler, o que nele está escrito. Aqui então se observa a necessidade do professor inovar a ação pedagógica, pois receber o trabalho do aluno, lê-lo e devolvê-lo não cabe mais na educação do presente. É preciso fazer com que o aluno participe, troque suas experiências e relate o que descobriu, esse método é uma das formas de proporcionar a reflexão dele mesmo e dos demais. Para Moran in Brito (2006, p. 88 ) “A internet pode ajudar o professor a preparar melhor a sua aula, a ampliar as formas de lecionar, a modificar o processo de avaliação e de comunicação com o aluno e os seus colegas”, isso desde que não seja utilizada como recurso de cópia, isto é, o professor precisa aprender a pesquisar antes de ensinar o seu aluno.
Além do recurso da internet, o professor também poderá promover suas aulas planejando e preparando os conteúdos para os alunos de forma precisa e significativa, através do modo de “apresentação” já explanado.
Deste modo, além do trabalho docente, a metodologia aplicada deve sugerir atividades que coloquem o aluno como um manipulador de situações diante do computador, que não substituem os trabalhos de sala de aula e laboratório, mas que podem ser complementos importantes, para visualizar fenômenos do mundo microscópico até os que envolvem grandes dimensões, como por exemplo, o sistema solar.
Durante o decorrer dos trabalhos deve-se favorecer uma aprendizagem cooperativa, permitindo a interação entre alunos, professores e funcionários, no processo de construção do conhecimento, em virtude da possibilidade de compartilhar dados pesquisados, explicações formuladas, textos produzidos, publicação de jornais, livros, revistas.
Conforme relatado anteriormente, através do computador o aluno pode utilizar procedimentos de pesquisas de dados e consulta em várias fontes, seleção, comparação, organização e registro de informações, que manualmente requerem muito mais tempo e dedicação, e também a socializar informações e conhecimentos, apresentando suas produções de forma legível e com boa aparência. Pode também usar recursos rápidos e eficientes para realizar cálculos complexos, transformar dados, consultar, armazenar e transcrever informações.

9.6 DA IMPLANTAÇÃO DE UM REGULAMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

Para um melhor andamento no processo ensino aprendizagem é sugerido criar um regulamento interno, com a função de nortear as ações e procedimentos necessários ao bom funcionamento do laboratório de informática, bem como definir as penalizações para as normas não cumpridas. Analisando a realidade escolar, é possível apresentar as seguintes sugestões:



Do Uso dos Recursos Disponíveis
1. O uso do laboratório deve ser destinado especificamente à realização de aulas, trabalhos, pesquisas e estudos, não sendo admitido em hipótese alguma páginas pornográficas e troca de e-mails sem objetivos na dependência do laboratório.
2. A utilização do laboratório de informática por parte dos usuários alunos somente é permitida nos horários de funcionamento do laboratório (período diurno) com prévia marcação de horário a ser agendado com o responsável do laboratório.
3. A utilização da internet deve ser voltada principalmente para aulas, pesquisas orientadas pelos professores e trabalhos extra classes.
4. Os recursos de impressão colocados à disposição dos alunos devem ser utilizados exclusivamente para atividades ligadas diretamente com o seu aprendizado: trabalhos, pesquisas, programas e outros, conforme autorização do responsável do laboratório.
Das Proibições
5. É expressamente proibido o consumo de qualquer tipo de alimento ou bebida nas dependências do laboratório, inclusive balas e chicletes.
6. A disposição do mobiliário, bem como configuração e disposição dos equipamentos não pode ser alterada.
7. Fica expressamente proibido o emprego de cópias ilegais de programas, bem como a exclusão e instalação de qualquer espécie de software.
Das Manutenções
8. A manutenção, instalação de equipamentos, troca de dispositivos e softwares somente pode ser realizada pelo técnico designado para este fim e pelo responsável pelo laboratório.
9. Qualquer problema encontrado nos equipamentos utilizados pelos usuários do laboratório deve ser comunicado pessoalmente ao responsável pelo laboratório para devidas providências.
Das Responsabilidades
10. Considera-se como responsável pelo laboratório: a direção e o responsável local da rede (adm local).
11. É de responsabilidade do adm local a cedência e controle de horário das atividades no laboratório.
Da Conservação dos Equipamentos
12. Para o bom funcionamento dos computadores, recomenda-se que o aparelho de ar condicionado e/ou ventiladores fique ligado do início até o final das aulas.
13. A limpeza, organização e conservação dos equipamentos e mobiliários, além da zeladora, são também de responsabilidade dos usuários e atendente que estiver cumprindo o seu horário no turno correspondente, ficando o usuário, no caso comprovado de depredação de patrimônio obrigado a ressarcir a despesa correspondente.
Da Estruturação Lógica
14. Cada usuário tem uma pasta específica para salvar os seus trabalhos: dados, arquivos, programas, figuras e outros. Os conteúdos a serem armazenados nestas pastas devem se referir a conteúdos trabalhados em aula, pesquisas ou demais assuntos de cunho educacional. Arquivos em desacordo com estes critérios, como fotos inadequadas, jogos e outros devem ser automaticamente excluídos.
15. Cada usuário tem um espaço limitado para ser utilizado no servidor de dados. Caso este espaço seja ultrapassado os dados são automaticamente excluídos.
Das Penalidades e Restrições
16. Comportamentos inadequados, tal como conversar em voz alta, balbúrdias, sentar em mesas, colocar os pés sobre as mesas ou cadeiras, acarreta ao usuário a suspensão de 14 dias de uso nos horários de laboratório. Havendo reincidência, suspensão de 30 dias, numa terceira ocasião, encaminhamento direto a direção da instituição.
17. O uso de jogos não autorizados, acesso ao bate papo e a instalação de qualquer software sem a devida permissão, a utilização de imagens inadequadas e a exclusão de arquivos que não são de sua propriedade, acarreta ao usuário a suspensão e o registro da respectiva infração. Havendo reincidência, suspensão de 14 dias e o registro da respectiva infração, numa terceira ocasião encaminhamento direto a direção da escola.
Das Disposições Gerais
18. Quaisquer problemas não relacionados no regulamento devem ser decididos em conjunto com o responsável pelo laboratório, coordenação e direção da escola.
Dos Usuários do Laboratório
São atribuições dos usuários:
19. Respeitar o regulamento do laboratório de informática.
20. Cooperar na limpeza e manutenção dos computadores.
21. Prezar pelo bom uso e conservação dos equipamentos disponíveis no laboratório de informática.
22. Conferir o horário de aula e de laboratório e efetuar com prévia antecedência a reserva de um computador na data e horário desejado, apontando o objetivo do uso deste equipamento, junto ao adm local.
23. Respeitar os horários de laboratório disponíveis e às reservas realizadas previamente por professores em horários esporádicos.
24. Efetuar “Ações – Sair” e deixar o computador ligado, mesas e cadeiras devidamente arrumadas, quando em meio aos turnos de atividades agendadas. Caso contrário desligar corretamente o micro.
25. Manter o silêncio e o bom ambiente de trabalho no laboratório de informática.
26. Checar regularmente a pasta individual de trabalho, eliminando arquivos desnecessários.
27. Responsabilizar-se pela guarda e uso do login e senha.
28. Comunicar problemas enfrentados no laboratório ao responsável (adm local ou direção).
Aos Usuários e responsáveis indicados pela direção cabe:
29. Organização e limpeza dos equipamentos do laboratório.
30. Atendimento aos alunos nos horários pré estabelecidos.
31. Acompanhar as atualizações do sistema.
32. Acompanhamento dos alunos, juntamente com o professor, na execução das atividades no laboratório.
33. Efetuar a reserva para o uso do laboratório de informática por parte de professores e alunos.
34. Fazer cumprir o regulamento do laboratório de informática.
35. Limpar arquivos temporários.
36. Checar os sites visitados e bloqueio dos sites pornográficos.
37. Conferir a cada final de turno: ventiladores (desligados), ar condicionado no servidor, ligado e regulado de acordo com a temperatura, computadores desligados, portas e janelas fechadas, internet funcionando.
38. Auxiliar ao suporte técnico.
Das Atribuições dos Professores
39. Auxiliar os alunos na realização de trabalhos.
40. Esclarecer dúvidas de alunos quando solicitados.
41. Não se ausentar do laboratório enquanto os alunos estiverem realizando suas atividades.
42. Zelar pelo comportamento dos seus alunos.
43. Elaborar um plano de uso do laboratório.
Para que estas normas de funcionamento sejam utilizadas sugere-se a discussão com os alunos para possíveis adaptações deste regulamento, uma vez que a participação efetiva dos alunos na elaboração pode trazer maior comprometimento.

9.7 CONTRIBUIÇÃO DA INFORMÁTICA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

As exigências quanto ao uso de informática estão cada vez mais evidentes, fazendo com que os professores sintam a necessidade dos recursos tecnológicos como instrumento para o ensino aprendizagem.
Os bons resultados da nova tecnologia dependem do uso que se faz dela, de como e com que finalidade ela está sendo usada, não se pode esperar que o computador faça milagres, ele traz informações e recursos, cabe ao professor planejar a aplicação deles em sala de aula.
Explorar bem o imenso potencial das novas tecnologias nas situações de ensino aprendizagem pode trazer contribuições tanto para os estudantes quanto para os professores.
Deste modo, os recursos tecnológicos da informática estimulam os estudantes a desenvolverem habilidades intelectuais, também fazem com que os mesmos demonstrem maior interesse em aprender e a se concentrar mais, além de promover cooperação entre os estudantes e estimular a busca de mais informação sobre um assunto e de um maior número de relações entre as informações.
Através das novas tecnologias e de sua exploração eficiente, os professores obtêm rapidamente informação sobre diferentes recursos didáticos, interagindo com os alunos mais do que nas aulas tradicionais, assim, professores começam a ver o conhecimento cada vez mais como um processo contínuo de pesquisa.
Com as novas tecnologias é essencial que o conhecimento esteja disposto para um número cada vez maior de pessoas, e isto ocorre com a disposição de ambientes de aprendizagem em que as novas tecnologias contribuem para uma reflexão crítica, facilitando a aprendizagem de forma autônoma, possibilitando uma educação global que traga novos horizontes à escola.
Com a informática alunos e professores encontram inúmeros recursos que facilitam a tarefa de preparar as aulas, realizar trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno, podendo adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno. O processo de ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.
Com a internet, a aprendizagem se dá através da descoberta e todos são capazes de se tornar criadores de conteúdo, representando um processo de construção, reconstrução e renegociação, que depende dos envolvidos num constante processo de interatividade, promovendo a aprendizagem cooperativa, capaz de preparar o indivíduo para um novo tipo de trabalho profissional que envolva a atividade em equipe.
O trabalho com a Internet possibilita a criação de ambientes de aprendizagem voltados para a socialização, a solução de problemas, a gestão compartilhada de dados, de informações e a criação e a manutenção de uma memória coletiva compartilhada. A Internet não oferece apenas recursos de pesquisa ao interessado em estudar educação, mas se constitui numa poderosa ferramenta de trabalho para se atuar em ambientes educacionais.
Ensinar utilizando a Internet traz resultados significativos quando está integrada em um contexto estrutural de mudança do ensino aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal efetivos. De outra forma, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino.
Sabendo que estão cada vez mais evidentes as exigências quanto ao uso de informática, os professores estão sentindo a necessidade do uso dos recursos tecnológicos como instrumento para o ensino aprendizagem.






10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em geral, a tecnologia de informação pode ser utilizada em todos os níveis e modalidades de ensino para trabalhar diversos conteúdos. Quem faz a diferença é o profissional da Educação que tem compromisso com a formação do cidadão brasileiro, mediante um processo educacional dinâmico, em constante renovação e comprometimento com a qualidade.
O processo de organização e funcionamento de um laboratório de informática tem que ser planejado e não improvisado. A utilização planejada do computador na escola pode propiciar a criação de novas formas de relação pedagógica e de pensar o currículo, podendo também conduzir a mudanças no ambiente escolar. O uso do computador na educação tem um grande potencial que não está ligado diretamente com a máquina, mas sim do profissional professor que firmou um compromisso com a pesquisa, com a própria elaboração, desenvolvendo a crítica e a criatividade, superando a cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem (Brito, 2006, p. 37).
Deste modo, este estudo mostra que desenvolver uma proposta utilizando os recursos da informática educativa de acordo com a realidade escolar, abrange uma série de ações, desde a sua adaptação, da capacitação através do apoio da Coordenação Regional de Tecnologia na Educação (CRTE), do atendimento a alunos em contra turno para adquirirem conhecimentos básicos ou para se aperfeiçoarem na área da informática, da preparação e realização de aulas das diversas disciplinas no laboratório de informática com planejamento e organização prévios, de parcerias para o desenvolvimento de projetos, do uso adequado da Internet com a finalidade de apoio às pesquisas desenvolvidas por alunos e professores e outros trabalhos envolvendo a comunidade escolar.
Não se trata apenas de implantar um projeto de informática, mas sim de enxergar que a sociedade vive num mundo criado de novas formas de comunicação, novos estilos de trabalho, novas maneiras de ter acesso ao conhecimento e de produzi-lo. É necessário compreender toda a dimensão da informática para criar boas práticas de ensino na escola. Conforme cita Brito (2006, p. 93) “a situação professor versus computador não tem mais lugar em nossas escolas. É hora de pensarmos em professor + computador + recursos pedagógicos + livros + quadros-de-giz = professor que age, planeja e integra conhecimentos”.
Romana Andréa Barbian


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Ronaldo Garcia. A Utilização da Informática como Recurso Pedagógico. Disponível em: recursopedagogico>, 2008. (acesso em: 06 maio 2008)

BRITO, Gláucia da Silva & PURIFICAÇÃO, Ivonélia; Informática na Educação. Curitiba: Editora Ibpex, 2006.

CAMPOS, Vicente Falconi. Controle de Qualidade Total. 5 ed. Belo Horizonte: Bloch Editores S/A, 1992.

CORTELAZZO, Iolanda B. C. Multimídia Educativa. Curitiba: Editora Ibpex, 2006.

FERREIRA, José Roberto & GOMES, José Carlos. Gerenciamento de laboratórios. Viçosa: Fundação Arthur Bernardes, 1995.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1999.

GABARDO, Mauro. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet - Ensino Fundamental e Médio. Cascavel, 2007.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1999.

LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no Ambiente Escolar. Universidade Estadual Paulista – Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Disponível em: , 2002. (acesso em: 11 abril 2008)

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing – Uma Orientação Aplicada. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001.

SLATER, Robert. Liderança de Alto Impacto: 31 Segredos Gerenciais de Jack Welch/Robert Slater. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

STAIR, Ralph M. Princípios de Sistemas de Informação. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1998.

Organização Escolar

ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA


Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ensino Fundamental e Médio
Localidade: Distrito de Sede Alvorada - Cascavel - Pr.

1 MANTENEDORA E SEUS COMPROMISSOS

Sendo a escola de ensino público, sua entidade mantenedora é o Governo do Estado do Paraná, dessa forma, a escola depende dos orçamentos /recursos da mantenedora para desenvolver seus trabalhos (aquisição de materiais, cadeiras, equipamentos, etc), administrando as verbas recebidas para esclarecer os gastos para manter a escola.
Os recursos humanos da instituição é composto por professores concursados, pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério – QPM, que tem suas aulas como padrão na escola, possibilitando avançar no seu plano de carreira e também, é composto por professores contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS). Do mesmo modo ocorrem com os funcionários na escola, uma vez que a secretária, os pedagogos e o auxiliar administrativo são concursados, as zeladoras e a merendeira são contratados por um processo seleção, mas aguardam chamada de concurso.
Durante o ano letivo, principalmente no início do 1º semestre e no início do 2º semestre são desenvolvidos na escola cursos de capacitação, com a finalidade de promover a formação continuada dos professores e funcionários. Além disso, o Núcleo Regional de Educação informa a escola o acontecimento de outros cursos direcionados a área do educador, afim de que cada um possa aprimorar seus conhecimentos.
Atualmente a escola conta com um total de 14 professores, um diretor, uma secretária, uma pedagoga no período da manhã e outro pedagogo no período da tarde, um auxiliar administrativo, duas zeladoras (serviços gerais) e uma merendeira.
Para estar constantemente melhorando a estrutura física da escola, os recursos pedagógicos, o laboratório, a biblioteca, os materiais e a infra-estrutura para a prática de esportes, a escola além de contar com os recursos recebidos do governo (PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola e do Programa Fundo Rotativo) conta com a contribuição espontânea e participativa da comunidade e dos órgãos colegiados.
Dessa forma, os recursos financeiros que mantém o funcionamento da escola também são provenientes de promoções realizadas pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e contribuições espontâneas dos associados e da comunidade, assim, no decorrer do ano são realizadas promoções como jantar e festa junina.
Nesse sentido percebe-se que a APMF desempenha um papel fundamental junto à escola, não apenas em arrecadar recursos financeiros, mas também em acompanhar todo o funcionamento da escola, participando de forma ativa do trabalho da comunidade escolar.
A indicação do diretor da escola é realizada através da escolha democrática entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor. Ocorre através de eleição (votação) com a participação da comunidade e dos membros da escola.


2 DOCUMENTOS QUE REGULAMENTAM A ESCOLA

2.1 Plano de Ação da Escola
O plano de ação da escola para este ano baseia-se nos pontos com mais problemas devendo ter uma ação para mudanças. Pode ser apresentado de acordo com os tópicos descritos abaixo, permitindo levantar seus problemas e executar suas ações no período atual.
-Projeto Político Pedagógico
Problema: O plano de ação quanto ao Projeto Político Pedagógico, tem como principais problemas levantados o seu desconhecimento, principalmente pela maioria dos professores e serviços gerais que pouco se envolvem com o projeto.
Ação da escola/Período: Fornecer, no primeiro trimestre do ano, o conteúdo da proposta pedagógica em cd-room, para cada educador da escola, a fim de que todos possam ter conhecimentos mais amplo dos assuntos, conscientizando-os de sua importância para o andamento dos trabalhos.
- Regimento Escolar
Problema: Pouco conhecido, carece da participação dos professores.
Ações da Escola/Período: Propor, durante o ano, nos momentos de hora atividade, a leitura do regimento, incentivando sugestões.
- Instâncias Colegiadas
Problema: O Colégio é constituído pelo Conselho Escolar e pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários, assim, o colégio pretende contar também com a criação e participação do Grêmio Estudantil.
Ações da Escola/Período: Tentar implantar o Grêmio estudantil, no primeiro semestre anual.
-Avaliação Escolar
Problema: a avaliação deve ser revista constantemente para melhorar os trabalhos prestados.
Ações da Escola/Período: A escola propõe discutir a avaliação tendo a participação de todos os setores da escola, pelo menos uma vez por ano/2º semestre.
-Conselho de Classe
Problema: dificuldade de contar com maior número de professores.
Ações da Escola/Período: Facilitar, durante o ano, horário para que maior número de professores compareçam.
- Recuperação de Estudos
Problema: Aproveitar melhor o tempo para a realização da recuperação na escola.
Ações da Escola/Período: sendo a recuperação paralela, a escola propõe trabalhar durante o ano com a conscientização e importância de ser bem aproveitado este tempo, ressaltando o tempo disponível no calendário da hora atividade o qual possibilita também, o atendimento de alunos com maiores problemas de aprendizagem na respectiva disciplina.
- Sala de Apoio/ Sala de Recursos
Problema: Quanto a sala de apoio não há demanda, tendo apenas uma 5ª série. Quanto a sala de recursos, falta espaço físico (sala) para atender estes alunos, assim como recursos pedagógicos. Outro problema é a participação dos pais na vida escolar do aluno.
Ações da Escola/Período: Durante o ano, verificar a possibilidade da sala não vinculada ao nº de séries, mas sim a demanda de alunos. Aumentar os materiais pedagógicos para o atendimento dos alunos e ampliar/ reorganizar o espaço físico da Escola.
- Registro e Acompanhamento de Alunos Incluídos
Problema: Dificuldade dos professores na avaliação dos alunos em situação de inclusão.
Ação da Escola/Período: Acompanhamento pedagógico dos alunos em situação de inclusão, ainda no 1º semestre do ano. Orientação para os professores através da sala de recursos.
-Reuniões Pedagógicas/Semanas Pedagógicas
Problema: Esses encontros não são bem aproveitados em vista do pequeno número de professores do quadro próprio do magistério (QPM) lotados na escola no início do ano, além da contratação de outros professores em data posterior as datas de capacitação previstas no início do ano, fazendo com que estes não consigam participar dos encontros.
Ações da Escola/Período: A possibilidade de em todo início de ano começar as aulas após a capacitação com o pessoal do QPM e fazer o planejamento e reunião pedagógica depois da 1ª semana de aula, para que esses encontros aconteçam de maneira mais proveitosa, em função do quadro de professores estarem formado.
- Jornadas Pedagógicas
Problema: Não há um dia fixo, mudando todo ano. Dificulta a equipe poder se organizar, principalmente quando o pedagogo é professor regente também.
Ações da Escola/Período: Procurar, durante o ano, solicitando ao núcleo regional de educação, a possibilidade de marcar a Jornada num dia mais ou menos fixo, mudando só em caso de necessidade extrema.
- Grupos de Estudo
Problema: Falta de interesse em fazer Grupo de Estudos, uma vez que fazer aos sábados em Escola do Campo tem a questão do transporte (distância em se deslocar até a escola) além da mesma ficar sempre fechada nos finais de semana.
Ações da Escola/Período: Durante o ano, utilizar-se dos horários após as aulas, horário de almoço, mais uma parte da hora atividade, em caráter somatório. Utilizar parte do horário da Noite, juntando com a tarde após a saída dos alunos.
- Semana Cultural e Esportiva
Problema: Melhorar a qualidade das apresentações, principalmente referente a mostra de música e danças.
Ações da Escola/Período: Os professores devem orientar e direcionar os trabalhos no período previsto dos ensaios, não deixando totalmente a cargo dos alunos as escolhas das músicas.
- Educação do Campo
Problema: Desconhecimento das Diretrizes. O Não reconhecimento da condição de Escola do Campo.
Ações da Escola/Período: Durante o ano, ter formação nas reuniões pedagógicas. Fornecimento das Diretrizes do Campo para todos os professores.
- Trabalho com Temas Transversais
Problema: Há necessidade de abordar os principais temas (Educação Ambiental, Sexualidade, Violência, Ética, Drogas, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, entre outros) de forma dinâmica, envolvendo alunos, professores e comunidades.
Ações da Escola/Período: Promover durante o ano, projetos de trabalho que vão culminar com as mostras culturais. Palestras com equipe da unidade básica de saúde (UBS) local, convite a palestrantes de diversas áreas dentro dos temas abordados.
Em linhas gerais, o plano de ação da escola também envolve:
- Gerenciar constantemente os equipamentos e materiais pedagógicos, os aspectos físicos da escola, administrando e arrecadando os recursos financeiros para manter as despesas da instituição;
- Diminuir “aproximadamente em zero” cada vez mais o índice de repetência no ensino da escola;
- Com o auxílio dos professores, distribuir os alunos por sala, garantindo a heterogeneidade;
- Trabalhar com a diversidade cultural, valorizando a predominância cultural da região, através de projetos envolvendo danças, contos, pratos típicos, vestuário, dentre outros;
- Planejar organizadamente e proporcionar de forma proveitosa, momentos de confraternização, de palestras sobre temas atrativos e importantes para os pais ou responsáveis dos alunos, de forma a instigar nestes, o compromisso em participar da vida escolar dos filhos;
- Garantir aos alunos atividades atrativas, pedagógicas, vinculadas a uma postura política crítica e emancipadora, tanto no cotidiano da sala de aula quanto nos eventos periódicos da escola, sendo estes últimos momentos de integração e união de toda Comunidade Escolar;
- Requerer às autoridades competentes, em conjunto com a comunidade, melhorias nas estradas, possibilitando aos alunos o acesso ao colégio, inclusive nos dias de chuva;

2.2 Regimento Escolar
É o documento que normatiza a organização escolar regulamentando os propósitos e as intenções descritos no seu PPP, ou seja, é o instrumento legal que regula e disciplina toda a organização didática-pedagógica e administrativa da escola.
No regimento do Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet consta explanado os seguintes itens:
- Identificação, localização e mantenedora.
- Finalidades e Objetivos da instituição.
- Organização do Trabalho Pedagógico, envolvendo o Conselho Escolar; a Direção; Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar; Conselho de Classe; Equipe Pedagógica; Docente; Administrativa; Assistente de Execução e a Equipe Auxiliar Operacional.
- Organização Didático-Pedagógica, que envolve os Níveis e Modalidades de Ensino da Educação Básica; os Fins e Objetivos da Educação Básica de cada Nível e Modalidade de Ensino; a Organização Curricular, Estrutura e Funcionamento; a Matrícula; o Processo de Classificação; o Processo de Reclassificação; Transferência; Progressão Parcial; Freqüência; Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e da Promoção; o Aproveitamento de Estudos; Adaptação; Revalidação e Equivalência; Regularização de Vida Escolar; Calendário Escolar; Registros e Arquivos Escolares; Eliminação de Documentos Escolares; Avaliação Institucional; Espaços Pedagógicos.
- Direitos e Deveres da Comunidade Escolar.
- Direitos, Deveres e Proibições dos Docentes, Equipe Pedagógica e Direção.
- Direitos, Deveres e Proibições da Equipe Administrativa, Assistentes de Execução e da Equipe Auxiliar Operacional.
- Direitos, Deveres, Proibições e Medidas Disciplinares dos Alunos.
- Direitos, Deveres e Proibições dos Pais ou Responsáveis.
- Disposições Gerais, Transitórias e Finais.

2.3 Regulamento de Funcionamento da Escola
A Escola não possui um documento a parte que regula seu funcionamento, pois ela segue as normas contidas no Regimento Escolar, as quais constam todas as normas da escola, principalmente os deveres, direitos e proibições dos alunos e educadores, os quais a Escola segue como regras de funcionamento escolar.


3 ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

3.1 Projeto Político Pedagógico – PPP
O Projeto Político Pedagógico da Escola busca explicitar as ações pedagógicas desenvolvidas pelo corpo de professores, funcionários, equipe pedagógica, área administrativa, alunos e pais, entendendo todos estes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem como integrantes da Comunidade Escolar, e responsável pelo êxito da formação plena dos alunos.
Além de nortear o trabalho do colégio, o Projeto Político Pedagógico visa envolver a Comunidade Escolar no compromisso político e pedagógico da formação dos alunos.
Neste sentido, quanto maior a participação da Comunidade Escolar na elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico, maior será o seu compromisso em levar adiante as prescritivas do mesmo.
Por se tratar de um documento que não se apresenta de forma acabada, uma vez que o trabalho didático-pedagógico precisa constantemente ser reavaliado e repensado, o Projeto Político Pedagógico necessita estar na pauta cotidiana de trabalho dos envolvidos com o processo educativo, para que a contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária possa se efetivar.
Sabemos, contudo de limitações do trabalho da escola, em relação às intervenções na sociedade, pois:
A relação entre ensino e aprendizagem é um fenômeno complexo, pois diversos fatores de ordem social, política e econômica interferem na dinâmica da sala de aula, isto porque a escola não é uma instituição independente, está inserida na trama do tecido social. Desse modo, as interações estabelecidas na escola revelam múltiplas facetas do contexto mais amplo em que o ensino se insere. 1
Mesmo tendo os fatores sociais, políticos e econômicos como seus principais determinantes, a escola é, como afirma Saviani, determinada pela sociedade na qual está inserida, porém também pode apresentar-se como determinante desta mesma sociedade:
... sendo esta determinada de forma absoluta pela sociedade, isso significa que se ignora a categoria de ação recíproca, ou seja, que a Educação é, sim, determinada pela sociedade, mas que essa determinação é relativa e na forma da ação recíproca – o que significa que o determinado também reage sobre o determinante.2
Neste sentido, impõe-se o desafio à Comunidade Escolar, de lutar por condições físicas, materiais, políticas e pedagógicas, a fim de tornar o espaço escolar apto a instrumentalizar e preparar de forma real e possível o educando, para que a escola deixe de ser somente determinada e passe a ser determinante.
O Projeto da Escola é composto por sua parte Introdutória; Identificação; Trajetória Histórica da Instituição; Objetivos Gerais e Específicos; Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino; Marco Situacional ; Gestão Democrática; Marco Conceitual; Marco Operacional; Avaliação do Projeto Político Pedagógico; Qualificação dos Recursos Humanos e Referências Bibliográficas. Além disso, contém os anexos das propostas curriculares de todas as disciplinas e de todos os projetos promovidos pelo Colégio.

3.2 Currículo Escolar
A organização do trabalho pedagógico da instituição em todos os níveis e modalidades de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.
O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a seguinte organização:
- Por séries, nos anos finais do Ensino Fundamental;
- Por série, no Ensino Médio;
- Por serviços e apoios especializados, conforme especificidade de cada área, na modalidade da Educação Especial;
O Profuncionário é o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação oferecendo Cursos Técnicos Profissionalizantes subseqüentes ao Ensino Médio ou equivalente, ofertados à distância, na forma modular. É um programa que contém quatro cursos técnicos, destinando-se aos funcionários da educação da rede pública. Este Programa de Valorização exige a realização de prática profissional supervisionada, conforme carga horária constante do plano de curso, concomitante ao desenvolvimento de cada módulo.
O Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, poderá ser ofertado nas seguintes habilitações: Gestão Escolar, Alimentação Escolar, Meio Ambiente e Infra-estrutura Escolar e Multimeios Didáticos.
Quanto aos conteúdos curriculares na Educação Básica observam o seguinte:
- Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática.
- Respeito à diversidade.
- Orientação para o trabalho.
- As dinâmicas próprias da organização dos trabalhos e da vida no campo.
O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Fundamental organizado em:
anos finais, em regime de série/ano, com 4 (quatro) anos de duração, perfazendo um total de 3.200 horas.
Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais, sendo organizados por área de conhecimento, ou seja, por disciplinas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O estabelecimento de ensino oferta: Sala de Recurso à Aprendizagem para os anos finais do Ensino Fundamental, conforme orientações da SEED.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos distúrbios de aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, e pelos recursos e apoios proporcionados, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem e participação e o enriquecimento curricular para alunos superdotados ou altas habilidades.
A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades educacionais especiais de seus alunos.
Quanto a organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta:
I.Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Artes, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna - Inglês;
II.Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo;
III.História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Assuntos relativos a vida no campo, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;
IV.Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.
O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas.
Na organização curricular do Ensino Médio consta:
I.Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química, Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna - Inglês;
II.História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas;
III.Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

3.3 Planos de Ensino/Planejamentos
Os planos de ensino devem corresponder com as disciplinas da matriz curricular da instituição, respeitando a base nacional comum e a parte diversificada, conforme a lei nº 9.394/96.
Como a instituição é de ensino fundamental/séries finais e ensino médio, os planejamentos devem ser elaborados pelos professores de acordo com as diretrizes curriculares de cada área e entregues a equipe pedagógica no período solicitado (primeiro bimestre de cada ano).
Assim sendo, na escola os planos para o ensino fundamental devem ser respectivos com as áreas de Artes, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e L.E.M Inglês. A disciplina de ensino religioso é elaborada apenas para 5ª e 6ª séries e as demais para todas as séries, ou seja, de 5ª a 8ª séries.
Para o ensino médio os planos de ensino são respectivos com as disciplinas de arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa, matemática, química, sociologia e L.E.M Inglês. A disciplina de filosofia é elaborada apenas para o 1º ano e a disciplina de sociologia apenas para o 2º ano e as demais disciplinas para todas as séries do ensino médio, ou seja, do 1º ao 3º ano.
Quanto ao ensino fundamental o plano de ensino anual das disciplinas deve ser planejado distribuindo os conteúdos de cada área de acordo com sua carga horária total de horas aula de 4000 h (anual) distribuída da seguinte forma: Artes – 320 h; Ciências – 480 h; Ed. Física – 320 h; Ens. Religioso – 80 h; Geografia – 640 h; História – 560 h; Língua Portuguesa – 640 h; Matemática – 640 h; L.E.M Inglês – 320 h.
Quanto ao ensino médio o plano de ensino anual das disciplinas devem corresponder a um total de horas aula de 3000, distribuída conforme abaixo: Arte – 240 h; Biologia – 320 h; Educação Física – 240 h; Física – 280 h; Geografia – 240 h; História – 240 h; Língua Portuguesa – 400 h; Matemática – 360 h.
Os planejamentos elaborados pelos professores das respectivas áreas devem conter fundamentação teórica, objetivos gerais e específicos da disciplina, metodologia, avaliação, especificação de conteúdos para cada série e referências bibliográficas. Além disso é levado em consideração as diretrizes educacionais do campo e a legislação referente a inclusão nos conteúdos da cultura afro-descendente, assim como a inclusão dos elementos da cultura indígena.




4 ORGANIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR

4.1 Normas para a Matrícula
A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de ensino, conferindo-lhe a condição de aluno.
Na escola é vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula.
O estabelecimento de ensino assegura matrícula inicial ou em curso, conforme normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da SEED.
A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou seu responsável, quando menor de 18 (dezoito anos), sendo necessária a apresentação dos seguintes documentos:
- Certidão de Nascimento e Carteira de Identidade – RG, para alunos maiores de 16 (dezesseis) anos, cópia e original;
- Comprovante de residência, prioritariamente a fatura de energia elétrica, cópia e original;
- Histórico Escolar ou Declaração de escolaridade da escola de origem, esta com o Código Geral de Matrícula – CGM, quando aluno oriundo da rede estadual;
- Matriz Curricular, quando a transferência for para o 2º ou 3º ano do Ensino Médio.
O aluno oriundo da rede estadual de ensino deve apresentar também a documentação específica, disposta nas Instruções Normativas de matrícula emanadas anualmente da SEED.
Na impossibilidade de apresentação de quaisquer documentos citados neste artigo, o aluno ou seu responsável é orientado e encaminhado aos órgãos competentes para as devidas providências.
A matrícula é deferida pelo diretor, conforme prazo estabelecido na legislação vigente.
No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável é informado sobre o funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos Internos.
No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável deve auto-declarar seu pertencimento Étnico-Racial e optar pela freqüência ou não da disciplina de Ensino Religioso.
O período de matrícula é estabelecido pela SEED, por meio de Instruções Normativas.
Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino assegura-se a possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta a processo de classificação, aproveitamento de estudos e adaptação, previstos no presente Regimento Escolar, conforme legislação vigente.
O controle de freqüência far-se-á a partir da data da efetivação da matrícula, sendo exigida freqüência mínima de 75% do total da carga horária restante da série ou ciclo.
O contido neste artigo é extensivo a todo estrangeiro, independentemente de sua condição legal, exceto para a primeira série/ano do Ensino Fundamental.
O ingresso no Ensino Fundamental será de acordo com a legislação vigente no estado.
O ingresso no Ensino Médio é permitido:
- Aos concluintes do Ensino Fundamental ou seu correspondente legal, ofertado por estabelecimento de ensino regularmente autorizado a funcionar.
- Aos concluintes de estudos equivalentes aos de Ensino Fundamental reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação.
Os alunos com necessidades educacionais especiais serão matriculados em todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento adequado, pelos serviços e apoios especializados.

4.2 Freqüência
É obrigatória, ao aluno, a freqüência mínima de 75% do total da carga horária do período letivo, para fins de promoção.
É assegurado o regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento pedagógico do estabelecimento de ensino, como forma de compensação da ausência às aulas, aos alunos que apresentarem impedimento de freqüência, conforme as seguintes condições, previstas na legislação vigente:
- Portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismos ou outras condições mórbidas;
- Gestantes.
É assegurado o abono de faltas ao aluno que estiver matriculado em Órgão de Formação de Reserva e que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de exercícios ou manobras, ou reservista que seja chamado para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônias cívicas, do Dia do Reservista.
Estas faltas devem ser assentadas no Livro Registro de Classe, porém, não são consideradas no cômputo geral das faltas.
A relação de alunos, quando menores de idade, que apresentarem quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei, será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município, ou ao Juiz competente da Comarca e ao Ministério Público.

4.3 Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
É dada relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos curriculares, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico. Sendo que de acordo com o Projeto da escola, o aluno não pode receber, durante o bimestre, nota inferior a 3,0 em cada disciplina.
As notas devem ser distribuídas em mais de um modelo de avaliação e deve-se atribuir ponto por participação. Entende por participação não somente a presença ou o aluno que mais fala, mas sim, um conjunto de atributos que vão desde o esforço, atenção, boa vontade, ente outros.
A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno é considerado os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos de dá de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação é organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação da aprendizagem tem os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações dos alunos são registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação são incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, são considerados aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio são considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
Ao final do ano letivo será calculada a Média Anual do aluno através da seguinte formula:
MA = 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB
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A disciplina de Ensino Religioso oferecida para a 5ª e 6ª série se dá pela frequência dos alunos, não se constituindo em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.

4.4 Regulação
O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação, conforme normas do Sistema Estadual de Ensino.
Constatada a irregularidade, o diretor do estabelecimento dará ciência imediata ao Núcleo Regional de Educação.
O Núcleo Regional de Educação acompanha o processo pedagógico e administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão.
Ao Núcleo Regional de Educação cabe a emissão do ato de regularização.
Tratando-se de transferência com irregularidade, caberá à direção da escola registrar os resultados do processo na documentação do aluno.
No caso de irregularidade detectada após o encerramento do curso, o aluno será convocado para exames especiais a serem realizados no estabelecimento de ensino em que concluiu o curso, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação.
Na impossibilidade de serem efetuados os exames especiais no estabelecimento de ensino em que o aluno concluiu o curso, o Núcleo Regional de Educação deve credenciar estabelecimento devidamente reconhecido.
Sob nenhuma hipótese a regularização da vida escolar acarretará ônus financeiro para o aluno.
No caso de insucesso nos exames especiais, o aluno poderá requerer nova oportunidade, decorridos, no mínimo, 60 (sessenta) dias, a partir da publicação dos resultados.


4.5 Registros e Arquivos Escolares
A escrituração e o arquivamento de documentos escolares têm como finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação de identificação de cada aluno; regularidade de seus estudos; autenticidade de sua vida escolar.
Os atos escolares, para efeito de registro e arquivamento, são escriturados em livros e fichas padronizadas, observando-se os Regulamentos e disposições legais aplicáveis.
Os livros de escrituração escolar contêm termos de abertura e encerramento, imprescindíveis à identificação e comprovação dos atos que se registrarem, datas e assinaturas que os autentiquem, assegurando, em qualquer tempo, a identidade do aluno, regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
O estabelecimento de ensino deve dispor de documentos escolares para os registros individuais de alunos, professores e outras ocorrências.
São documentos de registro escolar Requerimento de Matrícula; Ficha Individual; Parecer Descritivo Parcial e Final; Histórico Escolar; Relatório Final; Livro Registro de Classe.
Da Eliminação de Documentos Escolares:
A eliminação consiste no ato de destruição por fragmentação de documentos escolares que não necessitam permanecer em arquivo escolar, com observância às normas de preservação ambiental e aos prazos dispostos na legislação em vigor.
A direção do estabelecimento de ensino, periodicamente, determinará a seleção dos documentos existentes nos arquivos escolares, sem relevância probatória, a fim de serem retirados e eliminados.
Podem ser eliminados os seguintes documentos escolares:
I Pertinentes ao estabelecimento de ensino:
a) Livro Registro de Classe, após 5 (cinco) anos;
b) Planejamentos didático-pedagógicos, após 2 (dois) anos;
c) Calendários escolares, com as cargas horárias anuais efetivamente cumpridas, após 2 (dois) anos.
II Referentes ao corpo discente:
a) Instrumentos utilizados para avaliação, após1 (um) ano;
b) Documentos inativos do aluno: Requerimento de Matrícula, após 1 (um) ano; Ficha Individual, após 5 (cinco) anos; e Ficha Individual com requerimento de transferência, após 1 (um) ano.
Para a eliminação dos documentos escolares será lavrada Ata, na qual deve constar a natureza do documento, o nome do aluno, o ano letivo e demais informações que eventualmente possam auxiliar na identificação dos documentos destruídos.
A referida Ata deve ser assinada pelo diretor, secretária e demais funcionários presentes.


5 ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR

5.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o diretor escolar do Colégio Estadual Pedro Ernesto Garlet – Ens. Fundamental e Médio.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados, presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, ocorre em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
I Diretor (a);
II Representante da equipe pedagógica;
III Representante da equipe docente (professores);
IV Representante da equipe técnico-administrativa;
V Representante da equipe auxiliar operacional;
VI Representante dos discentes (alunos);
VII Representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII Representante do Grêmio Estudantil;
IX representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).
O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de seus integrantes.

5.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou série e presidido pelo diretor(a), por meio de:
I Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe ocorre ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de Classe:
I Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem;
II Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
V Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para série/etapa subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI Receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital.

5.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e Regulamentos próprios.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

5.4 Corpo Docente
O trabalho do professor abrange funções pedagógicas, sociais e políticas, além da transmissão do conhecimento aos alunos.
A teoria é decorrente da análise da prática, e, portanto, as categorias da historicidade, totalidade, movimento e contradição devem passar por um processo de conscientização, fazendo com que o professor reflita sobre o seu trabalho, por que faz e como faz, estabelecendo o confronto entre como está sendo desenvolvida à ação pedagógica e como reconstruí-la para fazer coisas diferentes do que sempre faz.
E isto somente é possível articulando o espaço-tempo escolar, de modo a promover a troca de experiências e informações úteis ao trabalho pedagógico, principalmente entre os docentes. A hora-atividade e grupos de estudo são espaços de tempo importantes para a contínua avaliação do trabalho desenvolvido em sala de aula.
O discurso deve ficar mais próximo da prática, uma vez que assume papel didático como possibilidade de compreender esta mesma prática, constituindo indicativos teóricos sobre o saber docente e a possibilidade de contribuir com a profissionalização e autonomia do professor e do aluno.
A discussão integrada dos profissionais faz a prática pedagógica tornar-se também um processo de reflexão e aprendizagem, ou seja, o professor ensina e aprende. É um processo interativo entre professores, que envolve alunos e conhecimento.
A prática docente é contextualizada historicamente, ou seja, os determinantes sociais interagem nas relações pedagógicas e por isso precisam ser discutidos.
Contudo, no Colégio Pedro Ernesto Garlet, a prática está caracterizada de acordo com as relações entre conteúdo e forma, objetivo e avaliação, efetivadas pelos professores durante as aulas.
Há uma interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente.
Produção, transmissão e assimilação dos conhecimentos são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do trabalho pedagógico, ou seja, o currículo propriamente dito.
A prática docente não pode ser separada do contexto social. É preciso buscar novas formas de organização curricular visando a reduzir o isolamento e a fragmentação entre as diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais amplo.
Desta forma, é necessário desenvolver um processo de ensino-aprendizagem aperfeiçoando as metodologias de ensino.
O fazer cotidiano dos professores durante as aulas, quando tomado pela rotina das atividades propostas, umas após outras, sem aprofundar-se em implicações desse fazer, fica restrito a essas ações, ou seja, é uma descrição da rotina do professor como se resumisse em formar as filas dos alunos, explicar a matéria, propor exercícios e corrigi-los.
O trabalho docente é muito mais que isso. Portanto, os professores podem construir uma prática mais aproximada da realidade, sabendo utilizar-se do tempo para articular suas ações com as finalidades de uma educação mais emancipadora no contexto social.
Neste aspecto, é essencial aos envolvidos pelas práticas pedagógicas, administrar o tempo e o espaço onde atuam, de maneira a transformar suas práticas pedagógicas e sociais.
Na prática, a administração do espaço-tempo escolar deve ser organizado de maneira a proporcionar um maior aproveitamento das contribuições que cada um pode dar ao bom andamento do processo ensino-aprendizagem.
Assim, a hora-atividade e encontros com grupos de estudo deverão ser realizada de forma integral no colégio para um melhor aproveitamento pelos envolvidos no trabalho pedagógico do colégio, com a disposição de textos e materiais importantes para os professores, equipe pedagógica e direção.
A hora-atividade, reunião pedagógica e os conselhos de classe são espaços privilegiados para discussão e análise das práticas educativas da escola.
Os professores geralmente utilizam a hora-atividade para realização de outras atividades fora da sala de aula, como a preparação de provas, seleção de materiais de ensino, registros de avaliação, comunicação com os pais, planejamentos de aulas, etc.
Para uma melhor organização interna, a escola fixa em mural o cronograma de Hora Atividade de todos os professores, bem como o registro das ações pedagógicas, em folha própria no livro ponto do colégio.
5.5 Corpo Discente
Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:
- Tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;
- Ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;
- Ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;
- Ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação;
- Solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino;
- Utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno;
- Participar das aulas e das demais atividades escolares;
- Ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos em lei;
- Ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento;
- Ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;
- Participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico da escola;
- Ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino;
- Tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua freqüência, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem;
- Solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;
- Ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;
- Contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;
- Requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor;
- Ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;
- Solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;
- Sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades;
- Ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;
- Participar de associações e/ou organizar agremiações afins;
- Representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do Conselho de Classe;
- Realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante justificativa e/ou atestado médico;
- Receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola, sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação;
- Receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar.
São deveres dos alunos:
- Manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;
- Realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;
- Atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência;
- Participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino;
- Comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;
- Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares;
- Compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da escola, quando comprovada a sua autoria;
- Cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino;
- Providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao desenvolvimento das atividades escolares;
- Tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas;
- Comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos gerais, sempre que lhe for solicitado;
- Comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;
- Manter-se em sala durante o período das aulas;
- Apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;
- Comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor competente;
- Apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;
- Apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;
- Responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar;
- Observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;
- Respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;
- Cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.
Ao aluno é vedado:
- Tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares;
- Ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo pedagógico;
- Retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;
- Trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo;
- Ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente;
- Receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino;
- Discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;
- Expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;
- Entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor;
- Consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino;
- Fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor;
- Comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
- Utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem;
- Danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de seus colegas, funcionários e professores;
- Portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas;
- Portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de outrem;
- Divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
- Promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção.


6 DINÂMICA DA GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar procura desenvolver um modelo democrático através do trabalho cooperativo e colaborativo, distribuindo as responsabilidades de acordo com a função de cada educador/membro da escola. Assim, sua gestão é realizada de forma integrada a fim de alcançar um objetivo comum através da cooperação e participação dos colaboradores.
As relações de trabalho desenvolvidas na escola são democráticas, havendo respeito pela diversidade cultural e valores de cada um, assim como o respeito ao caráter ético da atividade de ensino.
O trabalho na escola exige e articula a participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores, alunos, funcionários, pais e outros, para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, e isto se ocorre através de reuniões, encontros e eventos promovidos pelo colégio em conjunto com a APMF.
O trabalho na escola é um processo de construção contínua, está sempre em construção, nunca é pronto e acabado, possibilitando a reorganização de trabalho com a participação efetiva de todos os membros da escola e da comunidade escolar. Fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas: econômica, social, política, educacional e cultural.
Portanto, o modelo de gestão envolve as relações de trabalho na escola caracterizadas por um processo coletivo, em constante avaliação, onde todos contribuem para a construção de um futuro a fazer.
As relações de trabalho são calcadas nas atitudes de solidariedade, reciprocidade, participação coletiva, dialógica, descentralizada do poder, emancipatória, transformadora e ética.
A participação dos pais ou responsáveis pelos alunos, articula a socialização do poder e seus pressupostos, eliminando o individualismo e formando cidadãos capazes de participar na vida sócio-econômica, cultural e política da escola e da sociedade.
Esta participação dos pais deve ser instigada através de momentos onde os pais ou responsáveis possam se sentir como parte do conjunto da comunidade escolar, como eventos, reuniões e encontros com os outros integrantes da comunidade escolar.
Desta forma, a participação dos pais pressupõe a concepção de uma sociedade mais democrática, justa, igualitária, formando um cidadão mais crítico, participativo, responsável, criativo, considerando a existência de uma escola transformadora, autônoma, emancipadora, num mundo com igualdade para todos.
Além disso, a participação dos pais assegura a transparência das decisões e legitimidade da participação na construção de instrumentos de gestão democrática, através de eleições para diretores, constituição de Conselhos, APMF e aplicação dos recursos financeiros.
A participação de todos no processo de tomada de decisão leva a uma descentralização deste processo, proporcionando uma redistribuição do poder.
Nesse sentido a função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
A Escola tendo uma gestão democrática e participativa, ouve a opinião de toda comunidade escolar, buscando cada vez mais, melhorias que propiciem o desempenho das ações formativas do aluno até aqui propostas.
É preciso construir práticas coletivas que possibilitem a participação nas decisões por parte dos envolvidos diretamente com o processo educativo, horizontalizando as relações de poder, pois através da gestão democrática, todos são considerados sujeitos no processo educativo, devendo ser tratados como tais.
Apesar de formações diferenciadas por parte dos professores, a gestão democrática intermediará as concepções filosóficas e ideológicas dos envolvidos no processo educativo, de maneira a canalizá-las para objetivos comuns, traçados coletivamente por toda Comunidade Escolar.
Assim, a gestão democrática necessita ser colocada em prática nos pressupostos do Projeto Político Pedagógico da escola, tornando possível sua implementação de maneira concreta e material, uma vez que trata-se de um documento elaborado a partir da realidade concreta e material do colégio.
O envolvimento coletivo no desenvolvimento do trabalho da escola tem de ser cobrado e implementado pela gestão democrática, com vistas a proporcionar a formação plena do aluno, lhe oferecendo condições de continuidade nos estudos, com a possibilidade de uma maior participação na transformação e melhoria do meio em que vive.


7 DINÂMICA PEDAGÓGICA

7.1 Níveis e Modalidades de Ensino da Educação Básica
O estabelecimento de ensino oferta Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries/regime de 8 anos); Ensino Médio; Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Pro funcionário; Educação Especial (sala de recurso 5ª/8ª série com deficiência mental e dificuldades de aprendizagem).
O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:
- Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
- Gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula;
- Garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
- O desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
- A compreensão do ambiente natural e socio-cultural, dos espaços e das relações socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se fundamentam as sociedades;
- O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se assenta a vida social;
- A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os contextos nacional/global;
- O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de ideologia e de condição socioeconômica, a partir e levando em consideração a valorização dos elementos da cultura e do trabalho no meio rural.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, tem como finalidade:
- A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
- A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação;
- O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética, autonomia intelectual e pensamento crítico;
- A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas.
- A valorização e o respeito pelos elementos socioculturais da realidade do campo, onde a quase totalidade estão inseridos e na qual seus familiares retiram o sustento.

7.2 Constituição de Turmas/ Horários
Na escola existem 07 turmas únicas, sendo 4 do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e 3 do ensino médio (1º a 3º ano).
As turmas são organizadas e distribuídas por turno, onde cada professor ministra suas aulas de acordo com sua especificidade. As salas de aula são compostas de aproximadamente 30 alunos para cada turma, respeitando o espaço físico.
O funcionamento dos turnos da escola está classificado em diurno (matutino e vespertino) atendendo o ensino fundamental e médio.
Em vista do prédio escolar ser compartilhado com a escola municipal, o uso das salas precisa ser planejado para estarem disponíveis para os alunos, assim as turmas de 5ª e 6ª séries são atendidas no período da tarde e o restante no período da manhã.
O horário das aulas da manhã tem início às 7:30 h, com intervalo das 10:00 às 10:15 h e término às 11:45 h. O horário das aulas vespertinas tem início às 13:15 h, com intervalo das 15:30 h às 15:45 h e término às 11:15 h.

7.3 Calendário Escolar
Quanto ao calendário escolar anual, a Secretaria do Estado da Educação fornece a escola o modelo do calendário estadual, deixando a cargo da escola a definição dos conselhos de classe, reuniões pedagógicas e reposição de aulas. O cronograma de aulas no calendário deve respeitar o mínimo de 200 dias letivos
O Calendário Escolar é elaborado anualmente, conforme normas emanadas da SEED, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência.
O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e modalidade.


8 AMBIÊNCIA DA ESCOLA
A estrutura do prédio escolar é de alvenaria, com iluminação e arejamento adequado. Apresenta uma boa imagem e respeita as normas de higienização. O pátio é arborizado, com bancos, possui alambrado para segurança dos alunos e do prédio.
O ginásio de esportes da escola possui palco, com iluminação, sanitários comuns e adequados para deficientes, banheiro com chuveiro e vestuário, o ginásio é aproveitado para realizar diversos eventos promovidos pela escola e para a prática de educação física dos alunos. Além do ginásio de esporte, há também o campo de futebol, caracterizado por seu gramado preservado e alambrado.
O ambiente das salas é apropriado para atender o número de alunos pré-estabelecido. Cada sala possui iluminação, arejamento, acústica e conservação, mantendo uma boa limpeza nesse espaço.
A secretaria da escola funciona juntamente com a sala da direção, com uma adequada iluminação, acesso fácil ao público, arejada, informatizada com plenas condições de prestar um bom trabalho a sua clientela.
A biblioteca desenvolve o trabalho, paralelo com o da sala de aula, fazendo com que o aluno tenha um bom desempenho na leitura, escrita e raciocínio. Possui seu acervo bibliográfico com 8000 livros, organizados e distribuídos em livros de literatura infantil e juvenil, pesquisa e literatura, revistas, gibis e atlas.
Sendo a biblioteca um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à disposição de toda a comunidade escolar, ela tem o nome de Goethe em homenagem ao maior poeta alemão Johann Wolfgang Von da cidade de Goethe e por nosso distrito contar com um grande número de habitantes descendentes de alemães, assim, dando origem a cultura do nosso distrito.
O laboratório de informática possui 12 computadores e uma impressora. Os professores e alunos podem desenvolver seus trabalhos utilizando-se deste recurso informatizado, a fim de ampliar seus conhecimentos e melhorar o processo ensino-aprendizagem.
Os banheiros da escola estão distribuídos em masculino e feminino, num total de 12 banheiros. As demais dependências existentes são a sala de professores, o saguão (com mesas e bancos para lanchar na hora do recreio), cozinha, depósito para merenda e lavanderia.
As salas de aulas são todas iluminadas e arejadas, limpas e conservadas, estão todas adequadas em relação à sua acústica e às suas dimensões físicas. O quadro negro apresenta um tamanho apropriado para uso, estando bem localizado e permitindo uma boa visualização. As carteiras são móveis possibilitando sua movimentação, estão distribuídas em fileiras e possuem tamanho compatível com a idade do aluno.
Quanto aos materiais, os mais utilizados pelos professores são os livros didáticos. Além do livro didático, existem outros materiais ou recursos didáticos como fotos ilustrativas, mapas, jornais, revistas, cartazes, retroprojetor, TV com vídeo-cassete e DVD, quadro negro, giz, alfabeto móvel, ábaco, lego, blocos lógicos, material dourado, quebra cabeça, bolas e outros jogos.
A escola conta com 05 salas de aulas para atender o ensino fundamental e o ensino médio. A secretaria é compartilhada com a direção e coordenação que são separadas apenas por uma divisória.
Contudo, observa-se que na escola ainda existem muitos problemas de infra-estrutura e estes precisam ser superados através do compromisso e trabalho coletivo de toda a comunidade escolar, órgãos de apoio e governo, a fim de se obter um ensino de qualidade melhorando diversos aspectos, entre os quais estão:
- Ampliação da estrutura física do colégio, com espaços adequados para a direção, coordenação, biblioteca, laboratórios, ampliação do número de salas de aula, sala de hora-atividade, dentre outros.
- Uma biblioteca com acervo ampliado de livros, revistas, materiais pedagógicos, mapas e demais materiais didático-pedagógicos, com funcionário responsável pelo atendimento à comunidade escolar.
- Laboratório e equipamentos para laboratório de físico-química/química/biologia de uso pelos professores e alunos, auxiliados por um(a) laboratorista, sendo este, responsável pela manutenção e preparação dos equipamentos utilizados nas experiências e demonstrações.
- Aquisição de mobiliários para os espaços físicos utilizados no colégio, como mesas, cadeiras, armários, estantes, dentre outros.
Desta forma entende-se a importância de existir uma infra-estrutura adequada para que os profissionais e alunos envolvidos diretamente com o processo de ensino-aprendizagem possam desenvolver adequadamente um trabalho de qualidade.

Romana Andréa Barbian